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Zelaya agradece apoio de Lula, mas nega querer asilo político no Brasil
22/09/2009 - Folha Online

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, que retornou à capital Tegucigalpa de surpresa, ontem, e permanece abrigado na embaixada brasileira, afirmou, em entrevista concedida à TV Globo, que pediu proteção ao Brasil, mas que não pretende pedir asilo político. O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, já pediu ao governo brasileiro que asile Zelaya ou então o entregue às autoridades de Honduras para ser julgado.

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O hondurenho afirmou esperar que sua presença exerça a pressão necessária para que um acordo político saia nas próximas horas. Zelaya afirmou que não estabeleceu um prazo para sua permanência na embaixada, que já teve luz e água cortadas e, posteriormente, religadas. O serviço de telefone, contudo, continua desligado.

O Itamaraty afirmou que o corte no fornecimento de serviços, aparentemente, não atingiu apenas o prédio da diplomacia brasileira como outras embaixadas na capital Tegucigalpa.

Zelaya chegou à embaixada de surpresa nesta segunda-feira depois de uma viagem que, de acordo com o próprio, durou aproximadamente 15 horas. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, havia dito nesta segunda-feira, ao informar o retorno de Zelaya a Tegucigalpa à TV Telesur, que o hondurenho havia viajado "durante dois dias por terra, cruzando montanhas e rios, arriscando a vida, com só quatro companheiros, e conseguiu chegar à capital".

Nesta terça-feira, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o Brasil não deu cobertura à viagem. "Não incentivamos nem demos cobertura, apenas respeitamos. Isto é questão de direitos humanos fundamental", disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu mais cedo que o Brasil fez o que qualquer outro país democrático faria ao permitir o refúgio de Zelaya em sua embaixada. Por regras de relações internacionais, há uma série de restrições à entrada das forças do governo local nas embaixadas.

"O que deveria acontecer agora é os golpistas darem um lugar a quem tem direito a este lugar, que é o presidente democraticamente eleito pelo povo", disse Lula, em Nova York (EUA), onde está para a reunião da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

Lula foi um dos maiores defensores públicos de Zelaya. Além de reiterados discursos pela sua restituição imediata, Lula aprovou medidas de pressão contra o governo interino -- como o cancelamento de vistos e a suspensão de programas de cooperação bilaterais.

Chegada

Segundo o Ministério de Relações Exteriores, a viagem de Zelaya a Honduras foi comunicada por uma deputada que é partidária do presidente deposto para o encarregado de Negócios da embaixada brasileira, o diplomata Francisco Catunda Rezende. Rezende responde pela representação brasileira já que o embaixador Brian Michael Fraser Neele deixou o país pouco após o golpe de Estado de 28 de junho, que destituiu Zelaya.

Rezende comunicou a intenção de Zelaya ao chanceler Celso Amorim que conversou com o presidente deposto por telefone quando este já estava na embaixada brasileira. Segundo o Itamaraty, Zelaya disse ter buscado abrigo na embaixada para voltar para à Presidência por meio do diálogo e de forma pacífica. Amorim comunicou então o fato ao presidente Lula, que, ainda segundo o Itamaraty, reiterou o apoio brasileiro ao presidente deposto.

Segundo o Itamaraty, Amorim vê a escolha da embaixada brasileira por Zelaya "como reflexo da posição firme e responsável do Brasil em favor do retorno rápido de Zelaya à Presidência de Honduras por meios pacíficos".

Histórico

Zelaya foi deposto nas primeiras horas do dia 28 de junho, dia em que pretendia realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais que havia sido considerada ilegal pela Justiça. Com apoio da Suprema Corte e do Congresso, militares detiveram Zelaya e o expulsaram do país, sob a alegação de que o presidente pretendia infringir a Constituição ao tentar passar por cima da cláusula pétrea que impede reeleições no país.

O presidente deposto, cujo mandato termina no início do próximo ano, nega que pretendesse continuar no poder e se apoia na rejeição internacional ao que é amplamente considerado um golpe de Estado --e no auxílio financeiro, político e logístico do presidente venezuelano-- para desafiar a autoridade do presidente interino e retomar o poder.

Isolado internacionalmente, o presidente interino resiste à pressão externa para que Zelaya seja restituído e governa um país aparentemente dividido em relação à destituição, mas com uma elite política e militar --além da cúpula da Igreja Católica-- unida em torno da interpretação de que houve uma sucessão legítima de poder e de que a Presidência será passada de Micheletti apenas ao presidente eleito em novembro. As eleições estavam marcadas antes da deposição, e nem o presidente interino nem o deposto são candidatos.

  

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