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Após oito anos, polícia prende promotor que mandou matar a mulher grávida
19/10/2009 - Folha Oline

Após oito anos, a polícia de São Paulo prendeu na tarde desta segunda-feira o ex-promotor Igor Ferreira da Silva.

Ex-promotor Igor Ferreira da Silva, preso em São Paulo após oito anos foragido

Condenado em 18 de abril de 2001 a 16 anos de prisão pela morte da mulher, Silva estava foragido desde o dia 20 do mesmo ano. Em 2006, ele perdeu o cargo de promotor do Ministério Público Estadual de São Paulo.


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Apesar da condenação, Silva alegava que um assaltante havia atirado contra sua mulher. O crime ocorreu na madrugada de 4 de junho de 1998, em Atibaia (60 km a norte de São Paulo).

A polícia ainda não deu detalhes sobre a prisão, feita pela delegada Adanzil Limonta.

Crime

Patrícia Aggio Longo, que tinha 27 anos na época e estava grávida de sete meses, foi morta com dois tiros na cabeça, dentro do carro do casal.

Durante o processo, foi realizado um exame de DNA que, oficialmente, comprovou que o filho que Patrícia esperava não era de Silva, que exigiu na Justiça um novo exame de DNA.

A Procuradoria Geral de Justiça denunciou o promotor por homicídio qualificado (sem chance de defesa à vítima) e por aborto. A defesa de Ferreira Silva culpou a mídia e o Ministério Público pela condenação.

Condenação

Ferreira Silva foi julgado em abril de 2001 por um Órgão Especial do TJ (Tribunal de Justiça), que reúne 25 desembargadores.

À época da condenação, três provas foram consideradas determinantes: o fato de a polícia ter encontrado na casa dele cartuchos de balas iguais aos achados no carro; a troca de paletós feita pelo promotor, que não entregou à polícia o que usava no dia do crime; a tentativa de irmãos do promotor para que um criminoso assumisse o assassinato.

Desde que o crime ocorreu, entretanto, o então promotor alegava ter sido vítima de um assalto na entrada do condomínio. Segundo sua versão, o assaltante teria levado e matado Patrícia, deixando-o para trás.

Apesar de ter sido condenado a 16 anos de prisão, dois anos depois, ele teve sua pena aumentada em dois anos por porte ilegal de arma.

Ferreira Silva foi exonerado do cargo de promotor do Ministério Público Estadual em 2006. Naquele ano, ele passou a ser procurado também pela Interpol (polícia internacional).

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