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UNE condena decisão da Uniban e defende bolsa para aluna expulsa
08/11/2009 - Folha Online com Agência Brasil

O presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Augusto Chagas, considerou "descabida" a decisão da Uniban de expulsar a aluna Geisy Arruda, 20, após o episódio em que ela foi humilhada por outros alunos por usar um vestido curto.

De acordo com Chagas, a atitude criminaliza a vítima. "É como nos casos em que se responsabiliza a vítima de um assalto por estar segurando a carteira, ou se diz que uma mulher é culpada quando sofre um assédio ou abuso por causa da sua roupa. Isso nos parece lamentável."

A UNE, segundo ele, vai chamar a atenção de outras instituições para que recebam a aluna, se for o caso, inclusive oferecendo bolsas de estudo a ela. "Não podemos permitir que ela interrompa sua trajetória escolar por causa disso."


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Ele demonstrou ainda preocupação com a possibilidade de o caso gerar reações negativas quanto à organização coletiva de estudantes. Segundo o presidente da UNE, a falta de espaço de mobilização dos alunos para assuntos importantes da vida acadêmica é um dos fatores que propiciam esse tipo de interação não saudável.

Geisy foi expulsa por meio de um anúncio da Uniban em jornais de São Paulo neste domingo. O advogado da estudante se disse "perplexo" e "atordoado" com a decisão da universidade e disse que estuda a possibilidade de entrar com um recurso contestando a decisão.

Nehemias Melo disse que ainda não foi notificado pela universidade a respeito da expulsão de Geisy. "Fui informado pela imprensa. Lendo a nota, fiquei perplexo. Estou atordoado", afirmou.

A estudante foi hostilizada e xingada nos corredores da universidade, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), por usar um microvestido rosa. O tumulto foi filmado e os vídeos acabaram na internet. Geisy havia parado de frequentar as aulas do primeiro ano do curso de turismo.

Nesta segunda-feira (9), após encontro entre a estudante e a equipe de advogados, Melo dará uma entrevista coletiva no início da tarde, anunciando qual será a estratégia da defesa daqui em diante.

A aluna da Uniban afirmou à Folha Online neste sábado (7) que a decisão da universidade de expulsá-la é absurda. "Eu fui a vítima. Como que eu posso ser expulsa? A vítima é expulsa da faculdade? Isso é um absurdo", disse.

Geisy ficou sabendo que seria expulsa por meio da imprensa e diz que está muito surpresa com a notícia. "Não tive confirmação de nada até agora, só através da mídia. É uma falta de respeito. Eu não estou acreditando que isso está acontecendo."

No anúncio da Uniban, intitulado "A educação se faz com atitude e não com complacência", a universidade afirma que a sindicância aberta para apurar o acontecimento concluiu que houve "flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade" por parte da aluna.

Segundo a nota, foram colhidos depoimentos de alunos, professores e funcionários, além da própria Geisy, para embasar a sindicância. Em seu depoimento, a Uniban diz que "a aluna mostrou um comportamento instável, que oscilava entre a euforia e o desinteresse".

As imagens gravadas no dia e divulgadas na internet também foram analisadas, e os alunos identificados foram suspensos temporariamente das atividades acadêmicas.

De acordo com a ex-aluna, na sindicância a que compareceu na última quarta-feira (4), os responsáveis pela universidade decidiram que ela voltaria às aulas nesta segunda-feira (9), com segurança a protegendo, e que sua classe seria transferida para uma sala do outro lado do prédio.

"Quarta-feira ficou tudo certo que eu voltaria a estudar na segunda. E, de repente, eles fazem isso? Eu não estou entendendo mais nada."

A estudante contou que compareceu a universidade com os advogados para ajudar a esclarecer os fatos e descobrir quem começou a manifestação. Mas disse que a experiência foi horrível e que saiu de lá chorando. Ela diz que esperou 15 minutos para entrar na universidade e mais 20 minutos para chegar a uma sala apertada em que foi bombardeada com perguntas que não sabia responder.

"Eles queriam saber as pessoas que estavam na manifestação, quem estava sentado ao meu lado esquerdo, direito, na minha frente, atrás." De acordo com a aluna, a Uniban não procurou as imagens das câmeras do dia da manifestação porque "estão querendo abafar o caso".

Geisy informou que ficou das 14h às 20h sem tomar nem um copo de água e que os responsáveis pela universidade ficavam olhando para ela com cara feia. "Respondi as perguntas um milhão de vezes. Eu não posso apontar alguém sem ter certeza. Falei para os meus advogados que eles estavam me tratando como se eu fosse a culpada."

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No anúncio, a universidade ainda afirma que a aluna frequentava a unidade com trajes inadequados "indicando uma postura incompatível com o ambiente" e chegou a ser alertada sobre o assunto, mas não mudou o comportamento.

No dia do acontecimento, segundo a Uniban, Geisy percorreu percursos maiores para aumentar sua exposição, "ensejando, de forma explícita, os apelos de alunos".

"A atitude provocativa da aluna buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar."

Em entrevista ao blog do Josias, o advogado da reitoria da Uniban, Décio Lencioni Machado, disse que a aluna "sempre gostou de provocar os meninos". "O problema não era a roupa, mas a forma de se portar, de falar, de cruzar a perna, de caminhar."

  

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