O que era para ser um dos suportes de infra-estrutura de turismo no município de Cáceres, quando da sua inauguração, em 21 de junho de 1997, o Aeroporto Nelson Martins Dantas, hoje é retrato do descaso e de abandono.

O investimento, que consumiu mais de R$ 20 milhões à epoca, inclui pista de decolagem com dimensões para receber aeronaves de grande porte, mas se encontra tomada pelo matagal, assim como os equipamentos de iluminação e balizamento noturno danificados por falta de manutenção.

As poucas aeronaves que operam no aeródromo de Cáceres contam com apoio de taxistas e voluntário que auxiliam os pilotos nas manobras de pouso e decolagem.


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No prédio onde deveria funcionar a parte administrativa as rachaduras estão por todas as paredes e pilares de concreto, as instalações sanitárias funcionam precariamente, pois dependem de um caminhão pipa para abastecer as cisterna existente no local. Não há fornecimento de água tratada no local.

Os problemas não são recentes: há vários anos o aeroporto enfrenta esse tipo de situação.

A Secretaria de Infra-Estrutura, do governo de Mato Grosso gasta, em média, 17 mil reais/mês, a título de "manutenção" e "conservação" do aeroporto.

Não bastasse o jogo de empurra entre governo e prefeitura, o município -- que estava para ser contemplado com a instalação de uma Base Aérea --, acabou perdendo o prazo para apresentar o projeto ao Ministério da Defesa.

A cidade de Cáceres, na faixa de fronteira com o territorio boliviano, tem sido alvo de ações de quadrilhas compostas por narcotraficantes, que nos ultimos anos passaram a operar com remessas de drogas através de aeronaves que lançam os entorpecentes em fazendas, aproveitando não somente do vazio demografico existente na fronteira, mas principalmente da ausência de um patrulhamento aéreo em toda a região.

O aeroporto já foi palco de quatro roubos de aeronaves, sendo duas delas pertencentes ao pecuarista Paulo Garcia Nano, mais tarde recuperadas em território paraguaio.

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