O secretário deixa o cargo uma semana após o Estado revelar suas ligações com Li Kwok Kwen, o Paulo Li, um dos lÃderes da máfia chinesa que está preso. A PF tem indÃcios que tornam Tuma Jr. suspeito de "tráfico de influência" e de "crimes contra administração pública".
Tuma Jr. disse ontem que está "babando" de vontade de depor ao Comissão de Ética Pública, mas ainda não marcou a data. Ele poderia fazer a defesa por escrito, mas adiantou que pretende conversar com o colegiado pessoalmente para, segundo ele, esclarecer todas as dúvidas.
PUBLICIDADE
Depois de relato minucioso da PF sobre os indÃcios acumulados contra Tuma Jr. e os assessores Paulo Mello e Luciano Barbosa, coletados ao longo de quatro operações -- Persona (2007), Trovão (2008), Wei Jin (2009) e Linha Cruzada (2009) --, o Planalto abandonou politicamente o delegado.
Para evitar a crise, Barreto tentou que a PF atestasse a inocência de Tuma Jr., sem conseguir. A PF divulgou nota afirmando que só depende de autorização judicial para apurar a prática, "em tese, de crime contra a administração pública". O teor da nota foi discutido desde a semana passada com Barreto, em reuniões tensas.