Parece um comprimido antigo, meio tosco, lilás, do tamanho de uma jujuba. Trata-se do primeiro comprimido de ecstasy cuja produção é atribuída a um laboratório da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação é da reportagem de Mario Cesar Carvalho publicada na edição desta terça-feira da Folha de S.Paulo.
De acordo com o texto, o ecstasy do PCC mostra que a organização resolveu contra-atacar o tráfico de classe média, tentando retomar o lucro que tinha antes dessa nova concorrência. O preço da droga apreendida pelo departamento de narcóticos sugere que o ecstasy já cruzou a fronteira da classe média.
Enquanto o comprimido importado é vendido por preços que variam de R$ 30 a R$ 50, o ecstasy do PCC vale R$ 20. O lucro do produtor é espetacular. A produção de um comprimido custa R$ 0,50, segundo cálculo da Polícia Federal feito no laboratório no Paraná.