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Advogados do acusado de matar Eliza Samudio abandonam defesa
10/07/2010 - Agência Globo

Os advogados Roberto de Assis Nogueira e Bernardo Diogo Vasconcelos deixaram durante a madrugada a defesa de Marcos Aparecido dos Santos, acusado de matar a ex-amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio. Também conhecido como Bola, Neném e Paulista , o ex-policial civil foi preso na noite de quinta-feira, depois de ser cercado no bairro Jardim Leblon, na região de Venda Nova, na capital mineira.

Nogueira alegou questões particulares, e garantiu acreditar na inocência de Marcos Aparecido. Ele também negou que o ex-policial tenha confessado o crime. Vasconcelos afirmou não ter tempo, pois precisa "estudar para um concurso". Na manhã de quinta-feira, o advogado Michel Assef Filho já havia abandonado a defesa de Bruno.

A tendência é a de que Ércio Quaresma, que está à frente da causa de Bruno, também assuma a defesa do Bola. Quaresma já atuou em outros casos polêmicos , como a defesa do mandante do assassinato da ex-missionária Dorothy Stang.


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O goleiro Bruno e o seu braço direito Luiz Henrique Romão, o Macarrão, devem realizar exames de DNA para que a polícia averigue se o sangue encontrado no carro que teria transportado Eliza possa ser deles. Por lei, eles não são obrigados a fazer o exame. Ainda não está decidido se os dois vão prestar depoimentos nesta sexta-feira no Departamento de Investigação (DI), em Belo Horizonte. A prioridade da Polícia Civil neste momento é ouvir o ex-policial.

Marcos, que entrou na polícia em março de 1991 e foi expulso pouco mais de um ano depois, é acusado de ter amarrado e estrangulado a ex-amante de Bruno. O ex-policial ainda teria esquartejado a jovem e jogado partes de seu corpo para os cães rottweiler que mantém em casa. As informações constam no depoimento de um adolescente de 17 anos que confessou participação no crime e descreveu a casa de Marcos para a polícia.

O ex-policial é, também, suspeito de ligação com uma quadrilha que atuava dentro do Grupo de Resposta Especial (GRE), uma equipe de elite da Polícia Civil mineira, acusada de assaltos, fraudes e formação de um grupo de extermínio. Marcos, inclusive, é locatário do sítio em Esmeraldas que era usado para treinamento dos integrantes do GRE, onde foram realizadas busca ontem pelos restos mortais de Eliza Samudio.

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