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Após sumiço de Eliza, goleiro Bruno deu festa com 15 prostitutas
11/11/2010 - Paulo Peixoto - Folha Online

Três dias após o desaparecimento de Eliza Samudio, o goleiro Bruno Fernandes de Souza patrocinou uma festa em Angra dos Reis para o seu time, chamado 100%, de Ribeirão das Neves (MG), que foi fazer turismo no Rio de Janeiro e onde também realizou um jogo.

Segundo Bruno declarou à juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, na festa havia 70 mulheres -- dentre elas, 15 prostitutas contratadas -- e 30 homens.

Quando questionado pela juíza, o goleiro disse, no entanto, que não teve relações sexuais com nenhuma das mulheres.


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"A senhora pode não acreditar, mas eu não fiz nada. Eu estava lá só para coordenar, porque a festa era dos meninos", afirmou Bruno, que disse que a viagem do time lhe custou R$ 30 mil.

Após sair de Minas, o time foi para um sítio em Campo Grande (RJ) para comemorar o aniversário de Vagner Love, então jogador do Flamengo. Lá, os jogadores do 100% participaram de uma pelada e depois rumaram para Angra, onde ocorreu a festa citada por Bruno.

Ainda de acordo com o goleiro, no dia seguinte, os atletas do time foram passear na lagoa azul, na Ilha Grande.

ARREPENDIMENTOS

Em dois momentos do seu depoimento Bruno se disse arrependido. O primeiro quando a juíza o questionou o porquê de ele ter mentido à imprensa quando disse em entrevista no Rio que fazia dois meses que não via Eliza Samudio.

"Menti talvez por medo. Falei até sem pensar. Fui para casa e falei comigo mesmo: por que menti?"

Depois, respondendo a pergunta de seu advogado Ércio Quaresma, disse ter se arrependido de ter dado declaração em defesa do jogador Adriano, que tinha batido na sua noiva.

Na ocasião, Bruno questionou quem nunca trocou tapas com mulher. "Fui infeliz na declaração", afirmou o goleiro, que revelou que recebia R$ 110 mil por mês, líquidos, do Flamengo.

Também respondendo a seu advogado, disse que conheceu Eliza em uma "orgia" e manteve relações com ela "somente por 15 minutos e mais nada".

O depoimento de Bruno terminou por volta das 20h50, após quase dez horas de fala. Foi a primeira vez que o goleiro falou sobre as acusações -- na polícia, manteve silêncio.

A Justiça já ouviu seis réus. Além de Bruno foram ouvidos Sérgio Rosa Sales, o Camelo (primo dele), Dayanne Souza (sua mulher), Elenilson Vitor da Silva (administrador do sítio), Flávio Caetano de Araújo (amigo) e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha (amigo).
Ainda serão ouvidos Luiz Henrique Romão, o Macarrão (amigo e secretário particular), Fernanda Castro (ex-namorada do jogador) e Marcos Aparecido dos Santos o Bola (suposto assassino de Eliza).

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