Em 2006, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como "aloprados" os petistas que participaram do caso. O suposto documento tentava ligar o tucano com a máfia dos sanguessugas, de venda superfaturada de ambulâncias para prefeituras e órgãos públicos.
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O procurador da República Douglas Santos Araújo, um dos responsáveis por formalizar a denúncia contra os nove acusados, diz que o documento foi oferecido à Justiça no dia 14 deste mês.
Na madrugada do dia 15 de setembro de 2006, a PolÃcia Federal prendeu dois integrantes do PT em um hotel próximo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Com eles os policiais apreenderam dólares e reais, totalizando R$ 1,7 milhão.
No quarto do hotel estava o empreiteiro em Mato Grosso Valdebran Padilha, que era filiado ao PT e foi preso em flagrante com o então assessor da campanha à reeleição do presidente Lula, Gedimar Passos. Na ocasião, eles disseram à polÃcia que se encontraram para negociar um dossiê contra o PSDB.
O advogado de Hamilton Lacerda disse "estranhar a denúncia". "Causou estranheza o oferecimento da denúncia quase seis anos depois do fato. Só vou me manifestar após conhecer o teor da denúncia", afirmou o advogado Alberto Toron.
De acordo com a decisão, o magistrado concedeu prazo de dez dias para que os acusados apresentem sua versão sobre a denúncia, mesmo que por carta precatória, pelo fato de alguns não morarem em Cuiabá.