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Brasil cresce só 0,9% em 2012 – pior marca desde 2009
01/03/2013 - Veja.com

O mau resultado da economia brasileira em 2012 já era esperado por analistas de mercado e pelo próprio governo. Mas os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são ainda piores do que se previa.

No ano passado, a economia brasileira registrou expansão de apenas 0,9% em relação a 2011 - o pior resultado desde 2009 quando, afetado pela crise internacional, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 0,3%. O governo esperava crescimento de pelo menos 1% da economia em 2012, ano em que a soma das riquezas produzidas pelo Brasil ficou em 4,4 trilhões de reais.

O resultado veio abaixo também do previsto no Ãndice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do PIB, que cresceu 1,35% em 2012.


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O pibinho se confirmou em meio a sucessivos esforços do governo para estimular o consumo, como a redução do quadro de juros - com baixa recorde da Selic a 7,25% ao ano -, desonerações em folhas de pagamento e redução de impostos.

Segundo o IBGE, houve aumento no consumo das famílias, de 3,1% ante 2011, e também crescimento do setor de serviços - 1,7% ante o ano anterior. Já a produção da indústria recuou 0,8% no ano e a agropecuária caiu ainda mais, 2,3%. O consumo do governo cresceu 3,2% em relação a 2011.

O PIB per capita alcançou 22.402 reais, mantendo-se praticamente estável (0,1%) em relação a 2011. Ainda segundo o IBGE, a taxa de investimento no ano de 2012 foi de 18,1% do PIB, inferior à taxa referente ao ano anterior (19,3%). A taxa de poupança foi de 14,8% em 2012 (ante 17,2% no ano anterior).

Quando o desempenho do quarto trimestre é comparado ao terceiro trimestre, a economia brasileira cresceu 0,6%. Em relação ao quarto trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 1,4% no último trimestre de 2012.

Também na comparação entre o terceiro e o quarto trimestres do ano passado, o mercado se surpreendeu, uma vez que analistas esperavam, em média, um crescimento de 0,7% neste confronto.

Sem investimentos

Um fator importante que explica a desaceleração da economia no ano passado é a taxa de investimento em queda. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador do IBGE que mede o nível de investimentos na atividade, recuou 4% em 2012 ante 2011 - a primeira queda desde 2009, quando a taxa ficou negativa em 6,7%.

“A partir do momento em que há uma estimativa de crescimento menor para a economia e nenhum sinal evidente de avanço na competitividade, as empresas acabam pisando no freio para desenvolver projetosâ€, analisa Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Entre os fatores que espantaram a ânsia de investimentos dos empresários no ano passado estão as medidas intervencionistas do governo, o protecionismo, os altos custos salariais – apesar de importantes desonerações estarem em curso -, e a falta de infraestrutura.

O "Custo Brasil" ainda não foi combatido e continua tirando a competitividade da indústria brasileira. “São muitos os fatores que justificam o fato de uma empresa pensar duas vezes antes de investir no Brasilâ€, diz Vale.

Indústria segue na berlinda

O setor industrial já teve anos melhores. A queda de 0,8% também a primeira desde 2009, quando o desempenho ficou negativo em 5,6%. O excesso de estoques remanescentes de 2011 também são responsáveis, segundo especialistas, pelo desempenho industrial ruim de 2012.

“Estimamos que a questão dos estoques deve ter roubado quase 1% do PIB de 2012â€, afirma Bráulio Lima Borges, economista-chefe da área de macroeconomia da LCA. “Além de o consumidor colocar o pé no freio, o empresário comprou menos máquinas e o resto do mundo consumiu menos produtos brasileirosâ€, explica.

Perspectivas

Com o ano novo, as expectativas são renovadas – e, pela primeira vez no governo Dilma, o Palácio do Planalto prevê um crescimento relativamente em linha com o mercado – em torno de 3%. Devido ao desempenho ruim dos investimentos no ano passado, o governo começou a tentar estimular o setor de infraestrutura - que é um dos grandes motores do crescimento - apenas na segunda metade do ano, com a retomada das concessões, redução drástica do valor energia elétrica e desoneração de folha de pagamentos. A expectativa é que essas medidas tenham impacto positivo no PIB de 2013.

Contudo, nem se a economia crescer os 3% esperados, a presidente perderá o título de "autora" do segundo pior resultado econômico dos últimos 60 anos entre os governos brasileiros. Dilma ocupa a posição com certa folga e terá de fazer mágica até 2014 - ano eleitoral - para conseguir reverter esse resultado. A corrida já começou.

Ranking

O Brasil confirmou a perda da sexta posição no ranking das dez maiores economias do mundo, caindo para sétimo lugar, com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2012 - no acumulado do ano, a economia cresceu apenas 0,9%.

A queda já havia sido alertada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril do ano passado, devido ao baixo crescimento econômico e do enfraquecimento do real ante o dolar.

Em agosto do ano passado, após a divulgação do PIB do segundo trimestre, o site de VEJA apurou junto à consultoria Economist Intelligence Unit (EIU) que, levando em conta as estimativas para o ano, já era possível considerar a perda do sexto lugar como um fato irreversível.

No começo de 2012, o país conquistou o sexto lugar logo após a divulgação dos resultados do PIB do ano anterior, que avançou 2,7%, e fez com que ficasse logo acima da Grã-Bretanha.

Ao longo do ano, porém, o mercado brasileiro foi atingido pelos efeitos da falta de investimentos e o baixo desempenho da indústria, resultando no decepcionante avanço de 0,9% no resultado anual.

Para analistas, o desenvolvimento da economia brasileira em 2012 ficou abaixo da sua taxa de crescimento potencial, sobretudo, por se tratar de um grande mercado emergente entre os Brics.

As condições menos favoráveis ​​no exterior - difundidas pela crise da dívida na Europa - tiveram um impacto sobre o desempenho brasileiro e vão continuar a ser um problema, segundo Irene Mia, diretora regional para America Latina da EIU.

Tais fatores, apesar de serem agravantes, não podem ser culpados pelo resultado ruim, avalia a economista. “O Brasil precisa enfrentar obstáculos domésticos, incluindo infraestrutura frágil, distorções no mercado de trabalho, falta de habilidade de gestão, ntre outros", disse a economista ao site de VEJA.

O ritmo de recuperação da economia brasileira, no entanto, parece ter voltado a crescer no final de 2012. “Esperamos um avanço de 3,5% em 2013, apoiado pelos investimentos esperados no paísâ€, diz Irene.

O ciclo eleitoral e os eventos esportivos, como a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, devem impulsionar a economia, na avaliação da economista.


  

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