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Deboche em apostilas da Copa em MT foi pura negligência, afirma polícia
04/06/2013 - Renê Dióz - G1 MT

A Polícia Civil em Mato Grosso descartou a hipótese de que os textos com deboches e xingamentos denunciados em apostilas de qualificação para o turismo do governo do estado tenham sido inseridos como forma de sabotagem dentro da empresa contratada para o serviço.

Em abril, o conteúdo das apostilas gerou repercussão e provocou investigação devido a erros histórico-geográficos e trechos difamatórios a municípios e populações do estado, como o que xinga de “porcaria” o município de Barão do Melgaço, a 121 km de Cuiabá, mas o inquérito civil aponta que tudo não passou de “pura negligência” e violação a direitos autorais.

Segundo declarou ontem o delegado Anderson Veiga, coordenador de Inteligência da Polícia Civil, as apostilas foram fornecidas por um instituto educacional contratado pelo governo do estado para confeccionar o material do curso Qualifica Mato Grosso. O instituto, por sua vez, contratou por R$ 6 mil uma pessoa sem formação em ensino superior para elaborar, revisar e enviar para impressão todo o conteúdo das 17 apostilas do curso de Hotelaria. O curso foi promovido pela Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) com vistas ao mercado do turismo na Copa do Mundo de 2014.


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Até o momento, a polícia teve acesso e analisou apenas cinco dessas apostilas, mas constatou que parte considerável do conteúdo foi simplesmente “copiada e colada” de textos disponíveis na internet.

Neste processo de reprodução ilegal e descuidada, acabaram incluídos textos de caráter jocoso ou ofensivo os quais a elaboradora não soube diferenciar dos demais. Um dos exemplos disso é o trecho em que a fundação da cidade de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, é atribuída a "um grupo de excomungados gatos de botas que carregavam bandeiras, índios tabajaras, freiras lésbicas celibatárias e fugitivos de um circo de horrores holandês”.

“O foco da nossa investigação era verificar se tratava-se de sabotagem, mas o inquérito já mostrou que tudo não passou de pura negligência. Foi realmente uma falha humana. Ela simplesmente copiava e colava. Numa dessas, copiou e colou de um site impróprio. Isso tudo foi descuido da pessoa que preparou as apostilas”, explicou Veiga. “Não houve intenção de difamar quem quer que seja”, enfatizou.

Para polícia, em meio a textos copiados ilegalmente, elaboradora acabou se descuidando e incluiu conteúdo distorcido da história e geografia de Mato Grosso.

Direitos autorais

A elaboração do conteúdo começou no ano passado com prazo de entrega em fevereiro. A polícia ainda deve apurar se houve qualquer tipo de prejuízo ao erário no processo, mas são várias as confirmações de violação a direitos autorais que chamam tanto a atenção quanto os textos ofensivos que geraram repercussão quando da publicação da apostila.

Textos inseridos nas apostilas foram copiados na íntegra de publicações disponibilizadas na internet para visualização como livros, dissertação de doutorado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e sites como o Desciclopédia (espécie de enciclopédia cômica com conteúdo distorcido) e especializados sobre os temas turismo, história e geografia locais, noções para bartender e recepcionista de hotéis, etc.

Incongruências e erros no conteúdo também chamaram a atenção da polícia para o fato de que o material, elaborado por pessoal tecnicamente inapto, sequer recebeu revisão – em um trecho, o Morro de Santo Antônio é apontado como o ponto mais alto do estado, que na realidade se trata do Morro Santa Bárbara.

A elaboradora, além de não ser funcionária da empresa, é autônoma e, apesar de não deter a devida formação, costuma prestar serviços do tipo, segundo o delegado Anderson Veiga.

Agora, o setor de Inteligência da polícia deve trabalhar na conclusão do inquérito, analisando o restante das 17 apostilas, e proceder o indiciamento da elaboradora, do presidente do instituto contratado pelo estado e seu diretor pedagógico, todos pelo crime de violação de direitos autorais. A pena varia de dois a quatro anos de reclusão, mais multa. Todos os indiciados pelo crime devem responder em liberdade.


  

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