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Delirante, Maduro diz que Chávez aparece nas montanhas
08/06/2013 - Veja com agências France-Presse, Reuters e EFE

Depois de dizer que o finado coronel Hugo Chávez o visitou na forma de um passarinho, Nicolás Maduro voltou a delirar ao afirmar que o caudilho "aparece nas montanhas" de Caracas.

"Cada vez que olho para a montanha, vejo Chávez aparecer, Chávez nosso de todos os dias, Chávez nosso de todas as lutas", disse Maduro em um ato público na capital.

Ele estava em um estádio de beisebol, ouvindo reivindicações sobre transporte público, quando se calou por um momento e observou a paisagem de Caracas, dominada pelo monte Avila, símbolo da capital.


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"Chávez se fez montanha, Chávez se fez canção, Chávez é o sorriso de um menino, Chávez voando como um passarinho, como apareceu para mim, feito um passarinho cantando, apesar de a direita, essa malvada e perversa, fazer piada, pois é minha crença, é meu amor e ponto".

Colômbia

Em outro ato público, o herdeiro de Chávez disse que Lula servirá de intermediário para um encontro com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. "Lula fez contatos com o presidente Santos para uma possível conversa cara a cara”. O chavista disse estar disposto a renovar as relações com a Colômbia, mas adotou um tom desafiador. “Não aceito joguinhos de ninguém porque aqui não tem bobo governando, aqui há chavistas e bolivarianos e estamos certos do que queremos”.

O governo venezuelano ficou enfurecido com o fato de Santos ter recebido o líder opositor Henrique Capriles na Casa de Nariño, em Bogotá, no final de maio. O ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua, esbravejou, o chefe da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, também. Santos classificou de "loucura" as acusações de Maduro de que ele estaria conspirando com Capriles para derrubar seu governo. Nesta sexta, o colombiano disse que nunca teve a "intenção de provocar" Maduro ao receber Capriles e que, como democrata, se reúne tanto com o governo como com a oposição. O venezuelano rebateu dizendo que Santos sabe que “foi um erro o que fez” e que os "fascistas da direita que desconhecem a democracia venezuelana" não são democratas. Capriles se encontrou com Santos em Bogotá em busca de apoio depois de perder a disputa presidencial para Maduro por apenas 1,5 ponto percentual de diferença. Ele reclama que não foi realizada uma auditoria completa dos votos e aponta irregularidades no processo eleitoral.

Escassez

Verborrágico, Maduro também tratou de um dos maiores problemas venezuelanos, a economia. Ele ordenou a liberação das reservas de alimentos do governo para combater o desabastecimento – que em sua visão é culpa dos opositores, claro. “A direita fascista acha que pode derrotar o povo venezuelano com a guerra econômica. Nós vamos mostrar a eles quem pode mais, se eles, com sua sabotagem à economia, ou nosso povo”, disse. Ele prometeu corrigir a tendência inflacionária com “mais produção” e chamou a população a não cair na “guerra psicológica” correndo aos supermercados para comprar de maneira excessiva, informou o jornal El Mundo.

A crise de escassez de produtos básicos como açúcar, farinha ou papel higiênico no país levou Jose Augusto Montiel, um estudante de engenharia química de 21 anos, a criar um aplicativo no qual os usuários avisam onde os produtos mais procurados estão disponíveis. Os usuários compartilham a informação de forma que qualquer pessoa possa encontrar em um mapa o produto que precisa, a uma distância de um, cinco, dez ou até 100 quilômetros. “Buscando papel higiênico, por favor, espere”, indica o navegador durante a busca, que também pode ser realizada especificamente em locais com preços regulados.

Herança maldita de Chávez

Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela em fevereiro de 1999 e, ao longo de catorze anos, criou gigantescos desequilíbrios econômicos, acabou com a independência das instituições e deixou um legado problemático para seu sucessor. Confira alguns dos desafios que o novo presidente terá de enfrentar:

1 - PDVSA em ruínas

O petróleo, extraído quase inteiramente pela PDVSA, a Petrobras da Venezuela, é responsável por 50% das receitas do governo venezuelano. Além do prejuízo de uma economia não diversificada, Chávez demitiu em 2003 40% dos funcionários da companhia após uma greve geral e os substituiu por aliados. A partir daí, as metas de investimento não foram cumpridas e a produção estagnou.

O plano de investimentos da PDVSA divulgado em 2007 previa a produção de 6 milhões de barris por dia este ano, mas entrega menos da metade. A exploração de petróleo caiu de 3.2 milhões de barris diários (em 1998) para 2,6 milhões (dado de 2011). O caudilho foi beneficiado, no entanto, pelo aumento do preço do produto e usou a fortuna para financiar programas assistencialistas e comprar aliados na América Latina.

Os candidatos já disseram que vão manter as 'misiones', como são conhecidos os programas assistencialistas. O desafio será fazer isso sem afetar a capacidade de investimento na petrolífera e aumentando a produção.

2 - Desmonte das instituições

Em 1999, Chávez aprovou uma nova Constituição que eliminou o Senado e estendeu seu mandato para seis anos, além de conseguir uma lei que lhe permitia governar por decreto. A concentração de poderes promovida pelo caudilho, no entanto, não se restringiu ao Legislativo. O Judiciário foi tomado por juízes alinhados ao chavismo. A cúpula das Forças Armadas também demonstrou lealdade ao coronel logo depois de anunciada sua morte, quando as tropas foram colocadas nas ruas com o objetivo declarado de "manter a ordem". "Vida longa, Chávez. Vida longa, revolução", bradou o ministro da Defesa, Diego Alfredo Molero Bellavia. A oposição em várias oportunidades pediu a obediência à Constituição.

A imprensa também não escapou do controle imposto por Chávez. Em 2007, o governo não renovou a concessão do maior canal de televisão venezuelano, a RCTV. Recentemente, a Globovisión, única emissora que ainda mantém uma linha crítica ao governo, admitiu que está negociando a venda do canal, inviabilizado pelas constantes pressões e prejudicado pelo combalido mercado de anunciantes na Venezuela.

3 - Criminalidade alta

A criminalidade disparou na Venezuela ao longo dos 14 anos de governo Chávez. Em 1999, quando se elegeu, o país registrava cerca de 6.000 mortes por ano, a uma taxa de 25 por 100.000 habitantes, maior que a do Iraque e semelhante à do Brasil, que já é considerada elevada. Segundo a ONG Observatório Venezuelano de Violência (OVV), em 2011, foram cometidos 20.000 assassinatos do país, em um índice de 67 homicídios por 100.000 habitantes. Em 2012, a organização registrou 21.672 homicídios, ou 73 a cada 100.000 habitantes.

O Ministro de Interior e Justiça divulgou a ocorrência de 16.072 homicídios no país em 2012, contra 14.092 registrados em 2011, um aumento de 14%. Com isso, a taxa de homicídios passou de 48 para 54 a cada 100.000 habitantes. Os números de outro órgão oficial são diferentes. Dados do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas, citados pelo jornal El Universal, apontam 21.600 assassinatos em 2012, contra 18.850 em 2011.

4 - Inflação galopante

A economia venezuelana tem um histórico de inflação alta, desde antes de Chávez chegar ao poder. Contudo, a gastança pública aliada a uma política expansionista e estatizante fez com que a alta dos preços atingisse níveis absurdos. Segundo o FMI, a inflação anual venezuelana fechou 2012 a 26,3%. Para 2013, a projeção é que o índice chegue a 29%. Os números poderiam ser muito piores se não fosse o controle de preços exercido pelo governo. No entanto, essa regulação afetou a produção e levou a escassez de alimentos básicos como leite e carne. A desvalorização de mais de 30% da moeda, que entrou em vigor em fevereiro, fez com que alguns preços duplicassem.

5 - Crise elétrica

Entre o final de 2009 e início de 2010, a Venezuela sofreu uma crise no setor elétrico, agravada pela estiagem que reduziu drasticamente os níveis dos rios que alimentam as hidrelétricas. Preocupado em ajudar financeiramente os aliados latino-americanos, o governo Chávez deixou de investir em novas usinas. E as companhias do setor elétrico, sob a praga da gestão chavista, tiveram queda na produção por falta de manutenção, corrupção e aumento escandaloso do número de funcionários. A crise foi tão grave que paralisou vários setores da economia e obrigou o governo a declarar estado de emergência no país.

Para contornar a situação, Chávez propôs o "banho socialista" de três minutos, pediu para os venezuelanos usarem lanternas para ir ao banheiro no meio da madrugada e exortou as grandes empresas a gerar sua própria eletricidade. Em 2012, Chávez reconheceu que a Venezuela ainda sofria com problemas elétricos, mas disse que, se não tivesse chegado ao poder em 1999, o país se iluminaria com lanternas e cozinharia com lenha.

O fato é que ainda hoje apagões são registrados em todo o país. O discurso de Nicolás Maduro agora é colocar a culpa nos "inimigos da pátria", que estariam sabotando o sistema de energia. Na reta final da campanha, o governista acusou a oposição a planejar um grande apagão e ordenou que as estações elétricas fossem ocupadas por militares.

6 - Exportação do bolivarianismo

Boa parte dos recursos do petróleo venezuelano foi usada por Chávez para comprar aliados na região e ampliar o alcance de sua 'revolução bolivariana'. O maior beneficiário é Cuba, cuja mesada vinda dos cofres venezuelanos equivale a 22% do PIB - a ilha foi o destino do coronel ao longo de todo o tratamento contra o câncer e a oposição venezuelana denuncia a interferência dos irmãos Castro na política do país. Chávez também abasteceu o caixa de campanha de candidatos presidenciais populistas na América Latina e Central, como Cristina Kirchner, na Argentina, Evo Morales, na Bolívia, e Daniel Ortega, na Nicarágua. Na última semana, o principal candidato opositor às eleições presidenciais, Henrique Capriles, afirmou que a Argentina deve 13 bilhões de dólares ao país pelos convênios para envio de petróleo.

7 - Endividamento estatal

Durante a era Chávez, o endividamento do governo subiu de 37% para 51% do PIB. A dívida pública externa oficial está em 107 bilhões de dólares, sem contar a dívida da PDVSA com fornecedores e sócios e os débitos do governo com empresas expropriadas. No total, a conta deve chegar a 140 bilhões de dólares.


  

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