O Projovem tem finalidade de proporcionar formação no ensino fundamental de jovens entre 18 e 29 anos de idade. Em Mato Grosso, 1.569 alunos estão matriculados no programa em Alta Floresta, Sorriso, Sinop, Pontes e Lacerda, Cáceres, Tangará da Serra, Primavera do Leste, Rondonópolis e Barra do Garças.
As denúncias de atraso salarial e demais irregularidades foram formuladas em fevereiro e remetidas ao MEC. Devido ao temor de sofrer represálias vindas da Seduc, parte dos professores ouvidos pelo G1 preferiu não se identificar.
É o caso de uma profissional do polo do Projovem em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, segundo a qual o governo estadual segue desde dezembro reportando supostas pendências orçamentárias e dando respostas evasivas quanto ao salário, cujo pagamento deve ser feito com verba federal repassada pelo MEC justamente para financiar o programa.
“Sei que essa verba não tem nada a ver com o estado. Está muito na cara que eles gastaram esse dinheiroâ€, revolta-se, relatando que professores estão aos poucos deixando de comparecer à s aulas.
Tais paralisações já se tornaram coletivas no polo de Pontes e Lacerda, a 483 km da capital.
Autora das denúncias formalmente enviadas ao MEC, a professora Neuza Guedes Costa Teixeira, do setor administrativo do Projovem na cidade, relata que os dez professores do programa estão parados há uma semana devido ao atraso salarial de três meses e à falta de pagamento de 60 horas trabalhadas em 2012. Em Pontes e Lacerda, 189 alunos estão cadastrados no Projovem, mas menos de 50 são assÃduos.
Sobre a denúncia de lançamento fraudulento de presenças, a Seduc alegou que tem promovido controle rÃgido das frequências para posterior pagamento de bolsa-auxÃlio e que pouco mais de 60% dos estudantes estiveram aptos a receber o valor no último perÃodo, de 18 de dezembro a 17 de janeiro. Para receber, o estudante deve ter 75% de frequência escolar.