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Dólar bate R$ 2,42 e Mantega diz que não sabe onde isso vai parar
20/08/2013 - João Sorima Neto, Bruno Villas Bôas e Gabriela Valente - O GLOBO

Num dia de tensão no mercado financeiro, nem mesmo a atuação conjunta do Banco Central (BC) e do Tesouro foi capaz de impedir a escalada do dólar e a alta das taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs).

A moeda americana fechou com valorização de 0,83%, a R$ 2,416, a maior cotação desde 2 de março de 2009, quando a divisa havia alcançado R$ 2,442. Ontem, o esforço concentrado do BC e do Tesouro contra o avanço da moeda americana ultrapassou os US$ 3 bilhões.

No câmbio turismo, utilizado pelos brasileiros que viajam ao exterior, o dólar terminou negociado a R$ 2,54, uma alta de 1,60%.


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O Banco Central fez duas operações de swap cambial — operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro — que totalizaram US$ 2,6 bilhões, além de uma rolagem de contratos de US$ 986 milhões.

O Tesouro recomprou títulos prefixados para acalmar o mercado, num leilão extraordinário que movimentou R$ 1,6 bilhão (cerca de US$ 662 milhões).

E a ação está longe do fim. No fim do dia, o BC anunciou que fará dois leilões, numa operação que equivale a um empréstimo de dólares com compromisso de recompra no futuro, no valor de US$ 4 bilhões.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o mercado de câmbio está vivendo um momento de estresse, mas que a situação cambial está sob controle.

Ele recomendou que os investidores não façam apostas contra o real e reiterou que BC e Tesouro têm mais instrumentos para evitar maiores oscilações e impactos sobre a inflação.

— Nós não sabemos onde isso vai parar (a subida do dólar). Pode parar para menos ou para mais. Alguma influência (na inflação) deverá ter, mas ainda não teve. Temos alguns antídotos, que são as reduções de tarifas de importações de insumos — disse Mantega, num evento do jornal “Valor Econômicoâ€, em São Paulo.

O quadro de instabilidade levou o presidente do BC, Alexandre Tombini, a ir a público indicar que poderá vender dólares no mercado à vista, se for preciso, para acalmar a situação.

“Nesse contexto, (o BC) não deixará de ofertar proteção (hedge cambial) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercadoâ€, disse Tombini, em nota.

Desde o fim de maio, quando se intensificou o processo de valorização da moeda americana, o Banco Central já injetou US$ 37,17 bilhões em operações no mercado futuro, mas no período a moeda acumula alta de 14,3%.

Ontem, o real foi a terceira moeda com maior desvalorização frente ao dólar. Somente o peso mexicano e o rand sul-africano tiveram perdas mais intensas.

A alta do dólar fez as taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) dispararem.

O Tesouro Nacional anunciou de surpresa um leilão e comprou cerca de 2,150 milhões de unidades de Letras do Tesouro Nacional (LTNs, papéis prefixados com o resgate do valor do título na data do vencimento) e de Notas do Tesouro Nacional- Série F (NTN-Fs, papéis prefixados com pagamento de juros predefinidos semestral e resgate do principal na data de vencimento do título).

A elevação do rendimento dos títulos de dez anos, nos EUA, que estão oferecendo taxa de 2,8%, a mais alta em dois anos, também pressionou os juros dos DIs no Brasil.

A taxa do contrato de DI de janeiro de 2014 subiu de 9,2% para 9,33%. O vencimento para janeiro de 2015 passou de 10,33% para 10,66%.

— Ao entrar no mercado e recomprar esses títulos com taxas elevadas, o Tesouro mostra que não consegue se financiar com essas taxas muito elevadas, típicas de momentos de pânico. Mas vai ser difícil controlar. O Tesouro fez o papel dele. As taxas recuaram um pouco após o leilão, mas voltaram a subir e fecharam perto das máximas — disse Paulo Petrassi, responsável pelas operações de Renda Fixa da Leme Investimentos.

Impacto no 3º tri para empresas

Um técnico do Tesouro Nacional assegurou que o órgão fará quantos leilões forem necessários para reduzir a pressão. Para o Tesouro Nacional, o nível de volatilidade está alto demais.

Tombini concorda. Em nota, disse que as taxas de juros negociadas no mercado incorporam “prêmios excessivosâ€.

Sobre a turbulência no câmbio, prometeu que não faltará instrumentos de hedge para o que chamou de “processo de realinhamento global de moedasâ€.

O presidente do BC ainda fez um alerta. Lembrou que cotações oscilam e que pode haver perdas com apostas. O cuidado é para evitar que situações ocorridas em 2009, no auge da crise, se repitam.

Grandes companhias tiveram perdas bilionárias por usarem instrumentos de hedge para apostar no mercado financeiro.

A escalada do dólar preocupa a equipe econômica por seu impacto na inflação e pela busca de hedge (proteção) pelas empresas.

As companhias procuram esses mecanismos de blindagem contra a variação do câmbio e dos juros em momentos de volatilidade.

O problema é que essa demanda alimenta ainda mais a alta da moeda americana e das taxas de juros.

Em relatório, o Citibank avaliou que, mantidos os níveis atuais do câmbio, as empresas brasileiras que têm dívidas em dólar podem sofrer novo impacto nos balanços do terceiro trimestre.

Em janeiro, a expectativa do mercado era que as 63 companhias de capital aberto listadas no Ibovespa lucrassem R$ 166 bilhões.

Essa expectativa hoje é de R$ 155 bilhões, com o câmbio e o crescimento menor da economia.

Em e-mail a clientes, o representante de um grande banco disse que, superada a barreira de R$ 2,40, o próximo limite da cotação americana seria de R$ 2,62.

A nova valorização depende do comportamento dos juros nos EUA. A expectativa do mercado é que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) inicie a retirada de estímulos à economia ainda neste ano.

A perspectiva é que, após o fim desse processo, os juros subam nos EUA.

Para Antônio Correa de Lacerda, professor da PUC de São Paulo, a atuação conjunta do BC e do Tesouro pode apenas “amenizar a valorização da moeda, mas não resolve o problema".

Segundo ele, a tendência é que a pressão sobre o câmbio continue nas próximas semanas.

— O câmbio de R$ 2 é coisa do passado. Mas existe uma pressão, que vem da mudança da política monetária americana e de fatores internos, que continuará nas próximas semana, mas que vai se amenizar no futuro — avaliou Lacerda.


  

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