Com 25% de obras prontas, PAC não resolve gargalo ferroviário 06/04/2014
- Gabriel Castro - Veja.com
Levantamento aponta que apenas 12 dos 48 empreendimentos na área ferroviária estavam prontos quando Dilma iniciou o quarto ano de mandato.
Quase tão antigas quanto a opção do Estado brasileiro pelo transporte rodoviário são as crÃticas de que o governo deveria dar mais atenção à malha ferroviária.
Mas as frequentes filas de caminhões em estradas esburacadas pelo Brasil mostram que o discurso ainda não resultou em melhorias significativas.
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Assim como em quase todas as suas áreas de abrangência, o Programa de Aceleraçaõ do Crescimento (PAC) 2, iniciado no mandato da presidente Dilma Rousseff, concluiu apenas 25% dos empreendimentos prometidos no setor ferroviário.
Das 48 obras, doze estavam prontas em 31 de dezembro de 2013.
Os dados integram o levantamento feito pelo site de VEJA e pela ONG Contas Abertas com base nos balanços oficiais do PAC 2.
O projeto, orçado em cerca de 40 bilhões de reais, foi anunciado em 2009, ainda durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2010, o petista chegou a ser multado pela Justiça Eleitoral porque usou a assinatura da concessão do trem-bala para fazer propaganda eleitoral antecipada.
O governo pode argumentar que os entraves burocráticos, como o vagaroso processo de licenciamento ambiental, são inimigos históricos da celeridade nas obras.
Mas, como o nome diz, o PAC deveria ser parte da solução.
A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), por exemplo, deveria estar em obras desde o final de 2010.
Os adiamentos por conta do governo foram sucedidos por uma paralisação ordenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Motivo: falhas no projeto que poderiam causar desperdÃcio de recursos públicos.