Assim que o apito final soar no Maracanã no próximo domingo (13), a maior parte da fatura da Copa começa a ser cobrada de Estados, empresas e clubes de futebol que se endividaram para construir ou reformar os estádios usados durante o Mundial.
O valor total do financiamento chegará a R$ 6,7 bilhões, considerando os juros que serão cobrados nos próximos 13 anos.
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A estimativa de gastos com juros -- R$ 2,4 bilhões -- foi feita à pedido da Folha por Jorge Augustowski, diretor-executivo de economia da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), com base na cópia dos contratos disponÃveis na página da Transparência do governo federal na internet.
Com esse dinheiro, seria possÃvel construir duas arenas como o Itaquerão.
Apesar da conta salgada, o governo federal destaca que as obras geraram empregos e garantiram a realização de um evento que trouxe dividendos para a economia.
Os bancos cobrarão a variação da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), calculada a cada três meses pelo governo federal, mais uma taxa de 1,9% a 3,4%.