Na nova equipe de Dilma, o velho loteamento 03/11/2014
- Gabriel Castro - Veja.com
Em 5 de setembro, quando Marina Silva ainda ameaçava seriamente a reeleição de Dilma Rousseff e a Bolsa de Valores tornava evidente a desconfiança do mercado com o programa do PT, a presidente e então candidata deu o primeiro sinal de que faria mudanças significativas em sua equipe no segundo mandato:
"Eleição nova, governo novo, equipe nova", disse ela em entrevista.
Na ocasião, o que estava em pauta era a possibilidade de demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Resta escolher o sucessor -- e decidir em quantas das outras 38 pastas haverá trocas.
Dilma está de folga na Base de Aratu, na Bahia. Quando retornar de viagem, a presidente deve se reunir com aliados para fazer um balanço das eleições.
Os três primeiros nomes foram sugeridos pelo ex-presidente Lula. Mercadante seria uma escolha pessoal da presidente.
Aliados
Feita a avaliação sobre o papel dos aliados na campanha, o PMDB tem mais a perder: em estados importantes como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, o partido caminhou com a oposição.
Henrique Eduardo Alves chegou a ser cotado para assumir para a Previdência Social, hoje comandada pelo senador peemedebista Garibaldi Alves. Mas ele não deve aceitar a nomeação.
Na pasta das Minas e Energia, o desgastado ministro Edison Lobão não deve sobreviver à reforma.
Ainda insatisfeitos pela forma como o PT agiu em alguns estados durante as eleições, os peemedebistas dizem que cabe ao governo dar o primeiro passo nas conversas:
No segundo mandato, a aliança de Dilma tem algumas diferenças em relação a 2011, quando tomou posse pela primeira vez. O PSB está fora do governo.
O lÃder do PSD na Câmara, Moreira Mendes (RO), diz que o cargo está à altura do partido, que, entre os partidos aliados, tem a maior bancada depois de PT e PMDB.