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Em discurso, Dilma reafirma crença no que está errado
02/01/2015 - Laryssa Borges e Gabriel Castro - Veja.com

Foi longo, mas pouco inspirador, o discurso de posse da presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato.

Não se esperava, nem se pedia, que a governante reeleita renegasse os seus quatro primeiros anos de governo.

Mas era necessário um compromisso mais claro com as correções de rumo necessárias na economia.


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E isso não veio em 45 minutos de fala -- assim como não vieram ideias auspiciosas para a política.

Usando as palavras da própria presidente, ela falou como a "encarnação de um projeto de nação" -- o projeto petista que agora deverá completar 16 anos em curso.

Nos trechos sobre economia, Dilma fez lembrar a candidata que há pouco saiu do palanque, regurgitando números que nem sempre resistem à análise e siglas que devem ter deixado perplexos os convidados estrangeiros.

A presidente mentiu ao dizer que sempre teve compromisso com a disciplina fiscal e o combate à inflação.

O esforço para conter a gastança do Estado só começou com a escolha do banqueiro Joaquim Levy para ocupar o ministério da Fazenda há cerca de um mês, e o IPCA, que mede a inflação, permanece acima da meta há pelo menos um semestre.

Em outro lance que fez lembrar o período eleitoral, Dilma, impenitente, atribuiu a estagnação da economia “a um ambiente internacional de extrema instabilidade e incerteza econômica”.

E comemorou patamares recorde de investimento estrangeiro direto no país -- quando esses permanecem estagnados no Brasil há três anos.

Um ato falho resume o espírito em que ela proferia o seu discurso:

"Vamos provar que é possível corrigir eventuais distorções e torná-las ainda melhores", disse a presidente.

No campo político, Dilma hasteou as bandeiras da reforma política, do combate à corrupção e da limpeza na Petrobras, palco do petrolão, o maior escândalo de desvio de dinheiro público já descoberto no Brasil.

Ao falar da corrupção na estatal, a presidente mencionou “predadores internos” e "inimigos externos" -- sem explicitar quem seriam esses sinistros inimigos.

"A nossa Petrobras é uma empresa que teve lamentavelmente alguns servidores que não souberam honrá-la, sendo atingidos pelo combate à corrupção. Temos muitos motivos para preservar a defender a Petrobras de predadores internos e de seus inimigos externos”, disse, mais uma vez eximindo-se de responsabilidades nas indicações, por ela ou por sua base, de ex-funcionários hoje apontados como os principais operadores da sangria da empresa.

Dilma disse que a corrupção deve ser "extirpada".

Anunciou que, ainda no primeiro semestre, pretende enviar ao Congresso um pacote de medidas para agilizar o julgamento de processos que envolvem crimes de corrupção e ampliar políticas de combate à impunidade.

Do conjunto de propostas legislativas constam uma alteração na legislação eleitoral para tornar crime a prática de caixa dois, punir com rigor agentes que enriquecem ilicitamente, criar uma nova espécie de ação judicial para permitir o confisco de bens adquiridos de forma ilícita ou sem comprovação e agilizar o julgamento de processos de desvio de recursos públicos.​

“A corrupção rouba o poder legítimo do povo, ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada”, disse ela.

Como já se fez hábito, contudo, Dilma tomou para si os méritos de investigação da Polícia Federal e o Ministério Público -- como se esses não fossem órgãos independentes, com atribuições previstas na Constituição Federal.

A presidente também voltou a defender a necessidade de uma reforma política.

“É inadiável implantarmos práticas políticas mais modernas, éticas e, por isso, mesmo mais saudáveis. É isso que torna urgente e necessária a reforma política”, afirmou.

“Uma reforma profunda que é responsabilidade constitucional desta Casa, mas que deve mobilizar toda a sociedade na busca de novos métodos e novos caminhos para nossa vida democrática. Reforma política que estimule o povo brasileiro a retomar seu gosto e sua admiração pela política”, disse ela.

Essa reforma é uma velha pretensão do PT.

Mas um fato, obviamente não mencionado pela presidente, pesava sobre todas as palavras que ela disse ontem.

Há indícios de que seu partido foi um dos maiores beneficiários do dinheiro desviado pelo petrolão, e que parte desse dinheiro entrou nos cofres da legenda como doação legal.

Essa história deve ser esmiuçada ao longo de 2015 -- e isso põe em dúvida a força e até mesmo a legitimidade do governo que começa agora pode ter para encabeçar esse projeto de reforma.


  

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