Aumento de preços médicos será o maior da história, segundo entidade 28/12/2015
- Maria Cristina Frias* - Folha de S.Paulo
A inflação médica deverá atingir seu recorde histórico no ano que vem, encostando em 20%, de acordo com projeções da CNS (Confederação Nacional da Saúde), a entidade dos prestadores de serviços do setor.
No jargão de mercado, inflação médica é a variação de custos médicos e hospitalares, um cálculo que inclui a mudança de preços e também o aumento da frequência de uso de serviços de clínicas, laboratórios, hospitais etc.
A expectativa para a inflação dos demais preços é de cerca de um terço disso -pelo boletim Focus, organizado pelo Banco Central, o IPCA deve ser de 7,04%.
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Essa diferença "não é exclusividade do Brasil", afirma Maurício Lopes, vice-presidente de Saúde da seguradora SulAmérica.
"A inflação médica versus a ordinária flutua entre duas vezes e cinco vezes ao redor do mundo", segundo ele.
O aumento decorre de novas tecnologias, que custam caro, e do envelhecimento da população, que passa a precisar mais de assistência médica, afirma Tércio Kasten, presidente da CNS.
"É muito preocupante. As seguradoras precisarão repassar o aumento, mas as empresas que contratam planos não vão ter dinheiro", diz ele.
Os segurados de planos coletivos que temem perder seus empregos buscam mais o serviço, o que pressiona a inflação médica, diz Irlau Machado, presidente da NotreDame Intermédica.
"E há expectativa de epidemia de dengue, que onera hospitais de forma contundente", complementa.
Embarque imediato
A espanhola Iberia foi a empresa aérea mais pontual do mundo em novembro, segundo relatório da Flight Stats, consultoria que oferece dados sobre os principais aeroportos e companhias.
Naquele mês, mais de 92% dos voos operados pela empresa estavam no horário, de acordo com o levantamento.
Em segundo lugar, aparece a japonesa ANA, com 91%, seguida pela Qatar Airways, que teve um saldo positivo de 90% nos voos operados durante o mesmo período.
Entre as piores empresas do ranking estão a Pakistan International Airlines (41º), com 35% de atraso, a Air India (42º), que descumpriu 36% dos horários de voos, e a israelense El Al (43º), em que 45% das viagens feitas no período tiveram algum atraso de mais de 15 minutos.
A TAM é a única empresa de aviação brasileira que aparece na lista e ficou em 27º lugar, com um percentual de pontualidade de 79% no mês.
Trégua de guerra fiscal traz mais investimentos a Estado de SP
O volume de dinheiro que veio para o Estado de São Paulo intermediado pela agência de desenvolvimento Investe SP foi 265% maior em 2015 do que no ano anterior e chegou a R$ 9,35 bilhões.
Os negócios são principalmente ligados a exportações, segundo o presidente da Investe SP, Juan Quirós.
"Essas companhias pensam no médio prazo porque uma fábrica demora, no mínimo, dois anos e cinco meses para colocar o produto no mercado. São negócios que tiveram ganho cambial."
Um outro fator motivou a destinação de recursos ao Estado: vizinhos do Sudeste que ofereciam incentivos tributários para sediar empresas enfrentam problemas fiscais e, em 2015, não mantiveram a mesma política de estímulos.
Nenhum dos projetos que foram instalados em municípios paulistas veio para a capital. A cidade de São Paulo "está muito congestionada" e as empresas "precisam de bastante espaço", de acordo com Quirós.
A maioria dos novos investimentos no Estado foi para o interior, e alguns para a Grande São Paulo, segundo relata o presidente da agência.
Fique em casa
Com 60% das vendas baseadas na entrega de comida a domicílio, a rede de franquias de pizzaria Domino’s diz sentir menos os impactos do arrefecimento do consumo.
"Mesmo em um ano ruim, crescemos 12%, se considerada a mesma base de lojas", diz Edwin Junior, executivo da cadeia de restaurantes.
Para 2016, a expectativa é crescer 35% e abrir 40 unidades, com faturamento previsto de R$ 300 milhões.
A marca também deve reforçar a abertura de unidades que aliem em um mesmo espaço a Domino’s e o Spoletto, de culinária italiana e parte do mesmo grupo. O modelo hoje é 10% do total de lojas.
R$ 32,5 MILHÕES é o investimento previsto, com a abertura de 40 lojas em 2016
R$ 300 MILHÕES é a estimativa de faturamento no Brasil para o ano que vem.
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*COM LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ E DOUGLAS GAVRAS