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Pedaladas fiscais confiscaram R$ 12 bi do Crédito Rural
31/12/2015 - HORA 1 - PORTO ALEGRE

O Governo Federal anunciou a quitação das dívidas conhecidas como "pedaladas fiscais", de mais de R$ 55 bilhões.

Com isso, atende a uma recomendação do Tribunal de Contas da União, que rejeitou as contas da presidente Dilma Rousseff no ano passado.

Dos R$ 55 bilhões a maior parte foi para o BNDES. Foram mais de R$ 21 bilhões, dinheiro emprestado a empresários a juros mais baixos para a compra de máquinas e equipamentos.


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Outros R$ 12 bilhões voltaram para os cofres do FGTS, de onde o governo tirou dinheiro para compensar perdas de arrecadação.

Mais R$ 12 bilhões foram devolvidos ao Banco do Brasil, dinheiro do crédito rural.

E R$ 9,8 bilhões eram dívida de benefícios trabalhistas e da manutenção de programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

A Secretaria do Tesouro Nacional disse que os recursos vieram do que o governo chama de “colchão da dívida�, um fundo de reserva do Tesouro, uma espécie de poupança para ser usada em situações de emergência.

“O Tesouro Nacional realizou os pagamentos de todos os passivos relacionados no acordo do TCU. Como fizemos em 2015, faremos de 2016 em diante, pagando tempestivamente todas as despesas, incluindo todas as despesas na programação orçamentária e financeira�, disse o secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira.

Com a quitação, como recomendou o Tribunal de Contas da União, o governo respira um pouco mais aliviado por pouco tempo. A presidente Dilma Rousseff vai começar 2016 com o maior rombo da história. Um resultado negativo de R$ 118,5 bilhões.

Além dos R$ 55 bilhões que o governo disse ter pago, ele quitou durante o ano mais R$ 17 bilhões, referentes a dívidas atuais, ou seja, deste ano. No total, foram quase R$ 72,5 bilhões.