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Testemunhas atestam ligação de Lula com tríplex reformado pela OAS
31/12/2015 - Robson Bonin e Pieter Zalis - VEJA

O ex-presidente Lula é conhecido pela capacidade retórica de vergar a realidade ao sabor de seus interesses. Quando ainda estava no Planalto, essa habilidade fez dele um líder popular.

Hoje, a capacidade do petista de retorcer os fatos parece cada vez mais reduzida. Com frequência, Lula tem sido cabalmente desmentido por eles.

Recentemente, para ficar em um exemplo, o ex-presidente ensaiou dizer que não era tão amigo assim do pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava-Jato por intermediar tenebrosas transações com personagens do petrolão em nome do próprio Lula e do PT.


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Bastaram algumas fotos encontradas entre os arquivos apreendidos com Bumlai para que a tentativa do petista de se descolar do amigo ruísse: as imagens mostravam que o pecuarista, homem de livre acesso ao gabinete mais importante da República durante o governo Lula, desfrutava a intimidade da família do ex-presidente.

Esse modo de dar de ombros a cada nova revelação desabonadora ligando Lula ao maior escândalo da história do país virou hábito.

Na semana passada, houve um novíssimo desmentido, também embalado por evidências incontornáveis.

Lula passou o ano de 2015 negando ser o dono de um apartamento tríplex de 297 metros quadrados em um prédio de frente para o mar do Guarujá, em São Paulo, construído e reformado sob medida pela OAS, uma das principais empreiteiras do petrolão.

Atraído pelo preço convidativo, o ex-presidente decidiu investir no imóvel logo depois de seu lançamento, há pouco mais de dez anos.

O edifício, àquela altura, era uma obra da Bancoop, a cooperativa ligada ao PT que, sob o comando do notório João Vaccari Neto, tesoureiro do partido, foi à bancarrota depois de se transformar em uma sucursal dos malfeitos petistas.

Com a falência da Bancoop, mais de 3.000 famílias ficaram sem receber os imóveis negociados com a cooperativa.

O mais ilustre dos petistas, porém, não ficaria no prejuízo.

Como VEJA revelou em abril, após um pedido feito pelo próprio Lula a Léo Pinheiro, seu amigo e o principal executivo da OAS, a empreiteira não apenas assumiu a construção do prédio como ofereceu uma atenção especial, repleta de mimos, à unidade reservada para o ex-presidente.

O agrado da empreiteira a Lula custou caro. A OAS gastou 700.000 reais para deixar o apartamento ao gosto da família do ex.

O tríplex, avaliado em 2,5 milhões de reais, passou por uma repaginação completa: o piso foi trocado, os acabamentos de gesso foram refeitos, a cozinha foi equipada com móveis de primeira linha e um elevador foi instalado para interligar os três andares.

A reforma foi acompanhada de perto pela família do ex-presidente -- a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o próprio Lula e Fábio Luís, o Lulinha, primogênito do casal, visitaram o local durante as obras.

Estava tudo caminhando para que o apartamento dos Lula da Silva na praia fosse finalmente inaugurado pela família.

Até que vieram a Lava-Jato e, com ela, a descoberta do privilégio bancado pela OAS.

Lula, como era de esperar, correu para tentar se descolar do imóvel. Logo passou a negar que fosse o proprietário.

Alegou que a família tinha apenas a opção de compra de um apartamento -- uma esperteza óbvia, já que o tríplex está registrado em nome da OAS.

Como versões mal-ajambradas e tentativas de manipulação da realidade têm perna curta, a negativa de Lula não demorou para ruir.

Uma investigação do Ministério Público de São Paulo colheu depoimentos de diferentes testemunhas que atestam que o apartamento do edifício Solaris foi, sim, construído e reformado pela OAS para a família do ex-presidente.

Mais do que isso, os promotores, os mesmos que já investigavam os desvios milionários na Bancoop, agora apuram se a empreiteira do petrolão usou apartamentos no prédio do Guarujá para lavar dinheiro e beneficiar indevidamente figurões como Lula.

Os depoimentos colhidos pela promotoria e revelados na semana passada pelo jornal Folha de S.Paulo confirmam o que VEJA publicou em outubro e trazem detalhes de como a reforma no apartamento de Lula estava envolta em uma aura de segredo para que ninguém suspeitasse de nada.

Um engenheiro que trabalhava para a OAS quando a obra foi executada contou que Lula fez uma "vistoria-padrão" no apartamento.

Ele disse que apenas abriu a porta do tríplex para que o ex-presidente entrasse -- lá dentro, Lula foi acompanhado pelo coordenador de engenharia da empreiteira.

O dono da empresa especializada em reformas contratada pela OAS para remodelar o apartamento disse que estava na obra quando foi surpreendido pela chegada da ex-primeira-dama Marisa Letícia e de mais três homens -- entre eles Lulinha e ninguém menos que o então presidente da OAS, Léo Pinheiro, o amigo de Lula que mais tarde viria a ser preso pela Lava-Jato.

O zelador do prédio contou aos promotores que Lula e Marisa estiveram no imóvel pelo menos duas vezes e que, para a chegada dos visitantes ilustres, a OAS ordenou que o prédio passasse por uma limpeza e fosse decorado com "arranjos florais".

O zelador disse ainda que, durante uma das visitas, seguranças de Lula travaram o elevador enquanto o petista estava no imóvel, o que fez com que moradores de outros apartamentos se queixassem.

A promotoria deve concluir em breve o inquérito e tende a ajuizar um processo contra os envolvidos no caso.

Ao mesmo tempo que agradava Lula, a OAS multiplicava o saldo devedor de outros mutuários da Bancoop que haviam adquirido apartamentos.

Do empresário Walter Didário, por exemplo, a empreiteira cobrou 600.000 reais além do que ele já tinha pago.

"Eu me sinto um completo idiota", diz ele.

A construção do edifício e a luxuosa reforma no tríplex não foram os únicos favores prestados pela empreiteira a Lula.

Como VEJA revelou, a OAS bancou ainda a reforma do sítio que a família frequenta em Atibaia (SP).


  

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