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Na TV, PMDB ataca má gestão de Dilma e fala do Plano Temer
25/02/2016 - Felipe Frazão - Veja.com

Na semana em que a Operação Lava Jato colocou na cadeia o marqueteiro da presidente Dilma Rousseff, o PMDB leva ao ar na noite desta quinta-feira um programa partidário em que se apresenta como opção para "tomar a dianteira" do Brasil.

Durante dez minutos, dirigentes da sigla fazem duros ataques à má gestão que provocou a atual crise econômica brasileira - em clara referência a Dilma.

O programa será exibido em rede nacional de rádio e televisão.


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Prestes a promover uma convenção nacional em março, quando pode debater o desembarque do governo Dilma Rousseff, o partido apresenta no comercial uma nova versão do Plano Temer, lançado no ano passado sob o título "Uma ponte para o futuro", e sinaliza uma candidatura própria à Presidência em 2018.

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirma que o país vive dias difíceis "principalmente em função dos próprios erros".

Ele afirma que a desconfiança e o pessimismo são naturais, mas não ajudam em nada.

Temer pede "união de verdade" e "diálogo" para o país sair da crise.

"O Brasil precisa de pacificação e de consenso. E é para já", afirma Temer. "Tenho plena convicção de que é possível recobrar o ânimo, resgatar a confiança e reabrir as portas para o crescimento."

"Por ser o maior partido do Brasil e ter forte representatividade em todo o território nacional o PMDB é hoje partido que reúne as melhores condições de promover uma unidade e pacificar a política", diz o deputado Hildo Rocha (MA).

Com estética soturna, o partido afirma que o país terminou 2015 e começou 2016 sem rumo por causa de desentendimentos, com crescimento de desemprego e da inflação.

"Nem a banana é vendida mais a preço de banana", destaca o PMDB. "O brasileiro empobreceu e entristeceu e o país precisa reagir já."

Parlamentares como os deputados Marcos Rotta (AM) e Osmar Serraglio (PR) se revezam na tela com críticas ao escândalo do petrolão.

O PMDB é um dos partidos acusados de saquear a Petrobras por meio do controle de diretorias da estatal, ao lado do PP e do PT.

Um dos acusados de receber propina em troca de contratos na estatal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), lembrou que o país constitui-se em um Estado de Direito.

"É numa crise como essa que vivemos que esses direitos devem, mais do que nunca, ser preservados. O que vale para um, vale para todos", afirma.

Ele tem reclamado de receber tratamento desigual do Ministério Público Federal e de ser retaliado com o avanço das investigações da Lava Jato por ser abertamente opositor de Dilma e do PT.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), diz que a "Agenda Brasil", lançada pelo partido, tem propostas e soluções para o futuro, com reunião de forças políticas e retomada do crescimento.

O Plano Temer 2 a ser lançado pela Fundação Ulysses Guimarães vai apresentar propostas "para manter e ampliar os ganhos sociais". A ideia é mostrar que o PMDB não se manteve inerte.

O partido usou o programa para exibir parlamentares que não haviam aparecido no último programa na TV, além de pré-candidatos do partido a prefeitos de capitais, como Pedro Paulo, no Rio, e Marta Suplicy, em São Paulo.

A ideia, segundo o marqueteiro do partido, Elsinho Mouco, é mostrar busca da unidade e "não esconder ninguém, nem os que não vivem o melhor momento político".

Ele explica que o programa não é de governo nem oposição, mas tem objetivo de atacar as causas da crise, "sem maquiar que o Brasil vem sofrendo com gestões equivocadas, com sucessivos desvios de conduta e tanta gente fazendo tanta coisa errada".

Mouco destaca que o PMDB deseja "criar pontes e não muros" e por isso não usa do "argumento cansado do nós contra eles" - repetido na TV na noite desta terça na boca do ex-presidente Lula.


  

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