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Lava Jato prende ex-secretário do PT e empresário ligado ao partido
01/04/2016 - FOLHA ONLINE

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (1º) mais uma etapa da Operação Lava Jato. São cumpridos dois mandados de prisão temporária – do empresário e dono do "Diário do Grande ABC" Ronan Maria Pinto e do ex-secretário-nacional do Partido dos Trabalhadores Silvio Pereira – e dois de condução coercitiva – ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do jornalista e diretor editorial do site "Opera Mundi" Breno Altman.

Delúbio, que chegou à sede da Polícia Federal por volta das 8:20, teve sua pena do Mensalão perdoada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em março. O petista foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão, mas desde setembro do ano passado recebeu o direito à prisão domiciliar.

O lobista Fernando Antonio Guimarães Hourneaux de Moura afirmou, em depoimento à Lava Jato, em janeiro, ter sido informado que Silvio Pereira recebia R$ 50 mil "em dinheiro vivo" como "um cala-boca", ou seja, um dinheiro que garantiria seu silêncio a respeito de irregularidades, de duas empreiteiras sob investigação, a OAS e a UTC Engenharia.


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O ex-secretário-nacional do PT ficou conhecido durante a investigação do Mensalão por ter recebido um jipe Land Rover, avaliado à época em cerca de R$ 70 mil, da empresa GDK, em 2005.

Em depoimento à força-tarefa da Lava Jato em outubro de 2014, o doleiro Alberto Youssef levantou a suspeita de que Breno Altman seja um dos envolvidos em uma operação para calar um chantagista que poderia fazer novas revelações sobre o caso Celso Daniel.

"CARBONO 14"

A 27ª fase, denominada de "Carbono 14", investiga crimes de extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Ao todo, a PF cumpre 12 ordens judiciais, sendo oito mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e dois de condução coercitiva. As medidas estão sendo cumpridas nos municípios paulistas de São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André. As diligências também estão sendo realizadas na empresa de ônibus controlada por Ronan, a "Expresso Nova Santo André", e a empresa DNP eventos, em Osasco.

Segundo o Ministério Público Federal, a operação investiga um suposto esquema de lavagem de capitais de cerca de R$ 6 milhões provenientes de gestão fraudulenta no Banco Schahin, cujo rombo foi coberto depois pela Petrobras.

"Constatou-se que José Carlos Bumlai [empresário amigo do ex-presidente Lula] contraiu um empréstimo fraudulento junto ao Banco Schahin em outubro de 2004 no montante de R$ 12 milhões. O mútuo, na realidade, tinha por finalidade a 'quitação' de dívidas do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi pago por intermédio da contratação fraudulenta da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão", informou a Procuradoria.

Em depoimento à Lava Jato, Bumlai relatou que metade desse valor foi destinado ao PT de Santo André, onde o partido teria sido chantageado por Ronan Maria Pinto, empresário da cidade, que teria pedido R$ 6 milhões para não contar o que sabia sobre o caixa dois do diretório local e a relação desses recursos com o assassinato do então prefeito Celso Daniel (PT), ocorrida em 2002.

O empresário contou, também em depoimento, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "decidiu indicar" seu nome para o cargo de diretor financeiro e de serviços de uma subsidiária da estatal petroleira, a BR Distribuidora, "como reconhecimento da ajuda do declarante [Cerveró]", ou seja, por ele "ter viabilizado a contratação da Schahin como operadora da sonda".

Ronan, além de dono do "Diário do Grande ABC", também é proprietário de empresas de ônibus e foi implicado no escândalo de desvio de recursos da Prefeitura de Santo André (SP) que veio à tona logo após o assassinato de Celso Daniel.

"Para fazer os recursos chegarem ao destinatário final, foi arquitetado um esquema de lavagem de capitais, envolvendo Ronan, pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores e terceiros envolvidos na operacionalização da lavagem do dinheiro proveniente do crime contra o sistema financeiro nacional", diz a nota do Ministério Público.

A Procuradoria aponta que há evidências de que o PT atuou junto ao Schahin pela liberação do empréstimo.

"Em suma, há provas que apontam para o fato de que a operacionalização do esquema se deu, inicialmente, por intermédio da transferência dos valores de Bumlai para o Frigorifico Bertin, que, por sua vez, repassou a quantia de aproximadamente R$ 6 milhões a um empresário do Rio de Janeiro envolvido no esquema."

O empresário do Rio, ainda segundo a Procuradoria, fez transferências diretas para a Expresso Nova Santo André, empresa de ônibus controlada por Ronan, além de outras pessoas físicas e jurídicas indicadas pelo empresário – entre eles, o então dono do "Diário do Grande ABC", de quem Ronan comprava o periódico.

Os investigadores suspeitam que uma parte das ações do jornal foi comprada com dinheiro proveniente do Schahin, por meio de contratos simulados.

MARCOS VALÉRIO

De acordo com as investigações da PF, uma das empresas de ônibus de Ronan recebeu R$ 2,9 milhões de uma firma de "agenciamento", a Remar.

A operação guarda relação com um depoimento prestado em 2012 pelo pivô do escândalo do mensalão, o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, segundo o qual houve uma operação política em 2002 com o objetivo de comprar o silêncio de Ronan Pinto sobre denúncias de irregularidades na Prefeitura de Santo André.

Na época do seu assassinato, em janeiro de 2002, Celso Daniel era coordenador da pré-campanha de Lula à Presidência e revelações sobre irregularidades na prefeitura poderiam impactar a campanha do petista.

26ª FASE

Luiz Eduardo da Rocha Soares, alvo da 26ª fase da Lava Jato que não havia sido encontrado, se entregou e irá para a PF de Curitiba nesta sexta com os demais presos.

Ele é apontado pela abertura e movimentação de contas de off-shores seguindo orientações de executivos da Odebrecht.

OUTRO LADO

A defesa de Ronan Maria Pinto afirmou, em nota, que o empresário sempre esteve à disposição das autoridades para "esclarecer com total tranquilidade e isenção as dúvidas e as investigações do âmbito da Operação Lava Jato, assim como a citação indevida de seu nome. Inclusive ampla e abertamente oferecendo-se de forma espontânea para prestar as informações que necessitassem."

De acordo com o texto, o empresário mais uma vez "reafirmará não ter relação com os fatos mencionados e estar sendo vítima de uma situação que com certeza agora poderá ser esclarecida de uma vez por todas".


  

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