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Delator cita Temer, Renan, Maia, ministros e parlamentares
10/12/2016 - JAILTON DE CARVALHO - O GLOBO

O ex-vice-presidente de Relações Institucionais do grupo Odebrecht, Cláudio Melo Filho, revelou em delação premiada que entregou dinheiro em espécie no escritório do advogado José Yunes, amigo e assessor especial do presidente Temer, durante a campanha eleitoral de 2014.

O pagamento faria parte de um repasse de R$ 10 milhões que, segundo narrou Claudio Melo na delação, Temer negociara “direta e pessoalmente” com o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, numa reunião no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, dois meses depois do início da Lava-Jato.

Em nota, Temer diz que repudia “com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho”. “As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente”, diz a nota.


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Melo não se limitou a apontar para o PMDB. Também denunciou como destinatários de pagamentos da Odebrecht os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha; o secretário executivo do PPI, Moreira Franco; o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR); o líder do PMDB no Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE); o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT).

Também aparecem na lista de Cláudio Melo a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) e o deputado Marco Maia (PT-RS), entre outros. As informações foram divulgadas pelo Jornal Nacional e confirmadas pelo GLOBO. Segundo Melo, a Odebrecht fazia pagamentos em troca de apoio dos políticos a interesses privados da empresa. Entre os principais arrecadadores do partido estavam Padilha e Moreira Franco. Ele sustenta, no entanto, que Temer, em pelo menos uma oportunidade, também pediu dinheiro.

O pedido aconteceu numa reunião entre Temer, o então presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht e Padilha, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidência da República, em maio de 2014. O local da reunião, um palácio do governo, teria sido escolhido para realçar a importância do pedido de contribuição financeira a maior empreiteira do país. “Michel Temer solicitou direta e pessoalmente a Marcelo Odebrecht apoio financeiro para as campanhas de 2014”, disse Melo.

Na mesma reunião, Marcelo Odebrecht concordou em atender ao pedido de Temer. Logo depois, os operadores entraram em cena. Segundo Melo, parte dos R$ 10 milhões foram entregues em espécie no escritório de Yunes. O executivo disse ainda que, do total combinado entre Temer e Marcelo Odebrecht, R$ 6 milhões seriam para a campanha de Paulo Skaf, presidente da Fiesp e candidato do PMDB ao governo de São Paulo em 2014.

Os R$ 4 milhões restantes teriam como destinatário Padilha, responsável pela distribuição do dinheiro entre outras campanhas do partido. Padilha nega ter cuidado de recursos. “Não fui candidato em 2014. Nunca tratei de arrecadação para deputados ou para quem quer que seja. A acusação é uma mentira. Tenho certeza que no final isto restará comprovado”, alega o ministro, via assessoria.

Esta não é a primeira vez que o nome de Yunes aparece na Lava-Jato associado a supostas movimentações financeiras de Temer. Em uma das perguntas endereçadas ao presidente, o ex-deputado Eduardo Cunha levanta suspeita sobre a relação entre os dois e um suposto caixa dois. “O sr. José Yunes recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição de Vossa Excelência ou do PMDB, de forma oficial ou não declarada ?”, indagou Cunha.

O ex-deputado fez a pergunta a Temer no processo em que é acusado de receber propina para intermediar a venda de um campo seco de petróleo no Benin para a Petrobras. Temer é uma das testemunhas arroladas pela defesa do ex-deputado, que está preso em Curitiba.

O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, vetou esta e mais outras 20 perguntas do ex-deputado. A explicação foi que as questões não estavam relacionadas diretamente com o processo contra o ex-deputado. Se quisesse, o presidente poderia responder as perguntas fora dos autos, mas até agora não o fez.

OUTRO LADO

O secretário de Comunicação da Presidência, Márcio Freitas, negou que emissários da Odebrecht ou de qualquer outra empresa tenha entregue dinheiro vivo no escritório de Yunes. Segundo ele, de fato Temer pediu contribuição financeira para Marcelo Odebrecht, e o empresário concordou em atender ao pleito, mas todos os recursos foram declarados.

— Esse dinheiro jamais foi entregue no escritório de José Yunes. Ele não arrecadou para aquela campanha. Os recursos solicitados (por Temer) foram doados e declarados à Justiça Eleitoral — disse Freitas.

Amigo de Temer há 40 anos, Yunes foi tesoureiro do PMDB em São Paulo. Hoje é assessor especial de Temer no Palácio do Planalto. Procurada pelo GLOBO, a Odebrecht respondeu que “não se manifesta sobre negociação com a Justiça”.

Mais de 80 procuradores da Repúblicas foram destacados para interrogar os 77 executivos da Odebrecht que fizeram acordo de delação premiada. Os depoimentos começaram esta semana. Advogados e investigadores fizeram planos para concluir o trabalho ainda este mês. Mas, antes mesmo da primeira rodada de interrogatórios, eles começaram a rever as metas. A expectativa agora é que, com muito esforço, concluam os trabalhos em janeiro.

Os delatores estão sendo interrogados em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba, entre outras cidades.


  

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