Defesa da JBS fala que empresa sofre retaliação 22/06/2017
- Alexa Salomão e Josette Goulart - O Estado de S.Paulo
O escritório de advocacia Bottini & Tamasauskas, que atua na defesa da JBS e participou das negociações do acordo de leniência de todo o grupo J&F, controlador da companhia, considera que seu cliente está sendo vÃtima de “retaliação†do governo.
“Consideramos que, sim, a empresa vem sendo perseguida porque decidiu colaborar com as autoridades para o esclarecimento de crimesâ€, diz a nota enviado pelo escritório ao Estado.
O frigorÃfico JBS teve o bloqueio de seus bens solicitados pela Advocacia-Geral da União. De acordo com fontes, a medida seria uma retaliação.
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O escritório destaca uma lista de ações de órgãos públicos que ilustrariam seus argumentos.
Em outra frente, segundo o escritório, a Petrobrás lançou mão de uma cláusula anticorrupção para extinguir o contrato de fornecimento de gás para a Âmbar, outra empresa do grupo, e anunciou a cobrança de uma multa da ordem de R$ 70 milhões.
A mesma Advocacia-Geral da União (AGU), que pediu o bloqueio de bens da empresa na quarta-feira, 21, já havia dito que iria processar a JBS e pediu acesso ao acordo de leniência.
Há ainda dois outros processos de fiscalização externa abertos para fiscalizar empresas de auditoria que trabalharam para a JBS.
O escritório destaca ainda que se noticia que o Refis do Funrural corre riscos de não ser aprovado porque uma das beneficiadas seria a JBS e que a Receita Federal apertará o cerco contra a empresa.
Muitas incertezas rondam a empresa e a capacidade de pagamento de dÃvida fica comprometida, na medida em que multas bilionárias vão sendo aplicadas.