capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 29/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.772.200 pageviews  

Hoje na História Saiba tudo que aconteceu na data de hoje.

DE ÚLTIMA!

MST invade fazendas de Blairo Maggi, Ricardo Teixeira e amigo de Temer
25/07/2017 - ESTADÃO CONTEÚDO

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocupou, na manhã desta terça-feira, as fazendas do coronel João Baptista Lima, amigo do presidente Michel Temer, do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, do ministro da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento, Blairo Maggi, e do senador Ciro Nogueira (PP-PI). Os terrenos são localizados, respectivamente, nos municípios de Duartina (SP), Piraí (RJ), Rondonópolis (MT) e Teresina (PI).

O grupo alega que as manifestações foram realizadas em terrenos ligados a pessoas que têm relação com esquemas de corrupção: "Os latifundiários que possuem estas áreas são acusados, no cumprimento de função pública, de atos de corrupção, como lavagem de dinheiro, favorecimento ilícito, estelionato e outros".

Em maio deste ano, o coronel Lima foi apontado por delatores da JBS como o responsável por receber R$ 1 milhão de propina paga pela empresa na campanha eleitoral de 2014. De acordo com o diretor Ricardo Saud, Temer recebeu R$ 15 milhões para distribuir a seus aliados. Em 2 de setembro daquele ano, R$ 1 milhão desse total foi entregue "conforme orientação direta e específica de Temer" na empresa Argeplan, em São Paulo, diretamente ao coronel.


PUBLICIDADE


Lima já havia aparecido em outra tentativa de acordo com a Justiça. Em 2016, quando José Antunes Sobrinho, um dos sócios da Engevix, tentou fechar sua delação na Lava-Jato, a revista “Época” revelou que a Argeplan e a AGF Consulting tinham ganhado concorrência de R$ 162 milhões para as obras de Angra 3, em 2012.

O coronel teria convidado a Engevix, como subcontratada. Sobrinho disse ter se encontrado duas vezes com Temer e o coronel, no escritório do então vice-presidente, em São Paulo, para tratar do assunto. Em seguida, Lima teria cobrado R$ 1 milhão, que seria destinado à campanha de Temer em 2014. O coronel e o ex-presidente negam as acusações.

Cerca de 300 manifestantes ocuparam a fazenda Santa Rosa, do ex-presidente da CBF, de acordo com a Polícia Militar de Piraí.

"Ricardo Teixeira não só desencadeou todo um sistema de estelionato sobre o futebol e lavagem de dinheiro no Brasil, segundo estimam procuradores do Ministério Público Federal, como sua expertise em corrupção no futebol é pauta do FBI e da polícia Espanhola", informou o MST em nota. "Muitas destas lavagens de dinheiro passam pelo contexto da aquisição e valorização especulativa de grandes extensões de terras", completa.

Reportagem publicada pelo GLOBO em 2015, dizia que a fazenda Santa Rosa tem cerca de 920 mil m², onde o cartola criava ao menos 500 cabeças de gado. Em um leilão de 2011, por exemplo, Teixeira arrecadou R$ 1,3 milhão com a venda de vacas e bezerros filhos de "raçadores da linha de frente do gado leiteiro nacional", de acordo com uma publicação especializada. A propriedade conta com um casarão colonial e um heliponto.

A Justiça da Espanha enviou uma ordem prisão contra Teixeira para a Procuradoria-Geral da República (PGR) na última semana. O principal argumento dado pelas autoridades espanholas foi de que o cartola seria responsável por formar uma "organização criminosa" que teria desviado milhões de euros da seleção brasileira e da CBF.

Teixeira é acusado de lavagem de dinheiro em conluio com Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona e ex-diretor da Nike, patrocinadora da seleção. O ex-presidente da CBF teria obtido benefícios na comercialização dos direitos de transmissão de 23 amistosos da equipe. Sem foro privilegiado, ele deve ter o caso analisado por procuradores do Rio de Janeiro.

O mandatário também é investigado pela Justiça dos Estados Unidos por susposto envolvimento com esquemas de corrupção da Fifa. Os norte-americanos o acusam de fraude, lavagem de dinheiro e de receber propina para beneficiar empresas de marketing esportivo.

"MOTOSERRA DO ANO"

Outra fazenda ocupada pelo MST foi a SM2, do ministro Blairo Maggi, localizada na BR-163, em Rondonópolis, no Mato Grosso. O MST acusa o ministro de "estar envolvido em conjunto de denúncias de uso das legislaturas, como o de senador, para legislar em causa própria e para o fortalecimento das empresas de agronegócio".

A nota dos sem-terra lembra que, em 2006, o Greenpeace concedeu a Maggi, dono de um império agropecuário, o prêmio "Motosserra do ano, por elevados danos ao meio ambiente".

No Piauí, o alvo dos sem-terra foi o senador e presidente do PP Ciro Nogueira. Cerca de mil pessoas invadiram a Fazenda Junco, em Teresina. Segundo o movimento, a área é improdutiva. O MST reivindica que ela seja desapropriada e destinada à reforma agrária.

Nogueira foi denunciado pela PGR por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O dono da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou em delação premiada que entregou R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo a um assessor do senador em 2013.

Além das propriedades de políticos, o MST ocupou uma fazenda do grupo Nutriara no Paraná e bloquearam os acessos do Centro de Lançamento de Alcântara no Maranhão.

De acordo com Alexandre Conceição, membro da coordenação nacional do MST, as ocupações desta terça-feira fazem parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária. Os sem-terra reclamam da aprovação da medida provisória 759, que mudou regras da regularização fundiária no Brasil, e da aprovação da CPI da Funai e do Incra, que apontou supostas irregularidades em demarcação de terras para reforma agrária, indígenas e quilombolas.

Segundo o movimento, as duas medidas proporcionaram "ganhos ao grande capital atuante nas terras brasileiras, por meio do grilo de terras e anistia à dividas de grandes proprietários" e criminalizaram movimentos sociais que lutam pela distribuição do acesso à terra..

- Estamos mobilizados, para denunciar e lutar contra esse governo Temer que, junto a bancada ruralista, está loteando o Brasil para os estradeiros e desmontando a reforma agrária, privatizando os lotes e legalizando a grilagem de terra. Grilagem é crime, e eles querem legalizar o crime - disse Conceição, ao site do MST.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
23/04/2023 - Vergonha! Lula foge de solenidade do Dia dos Cravos
17/01/2022 - LEGENDAS TORRAM VERBA DO FUNDO PARTIDÁRIO
17/01/2022 - Investigado, governador do Acre atribui aumento do patrimônio à inflação
25/12/2021 - JORRA DINHEIRO PELO LADRÃO NO PALÁCIO ALENCASTRO
23/12/2021 - AO TODO FORAM LAVRADOS 14 AUTOS DE INFLAÇÃO
23/12/2021 - Exportação de jumentos para China cresce no Nordeste em meio a fome, caça e animais contaminados
18/12/2021 - É DO BALACOBANCO (OPS!, BACO) A FACÇÃO MANO VÉI
16/12/2021 - ORCRIM DO PALETÓ TEM ATÉ ASSALTANTE DE BANCOS
13/12/2021 - ROUBAR MUIIITO COMPENSA!
10/12/2021 - Proposta trata garimpeiro e pecuarista como comunidades tradicionais, igual a indígenas e quilimbolas
08/12/2021 - MP aponta prescrição e opina por arquivamento de denúncia contra Lula no caso do triplex do Guarujá
05/12/2021 - Fiscalização flagra infrações em mais de 60% dos postos de gasolina. Veja como escapar de fraudes
05/12/2021 - Fiscalização flagra infrações em mais de 60% dos postos de gasolina. Veja como escapar de fraudes
25/11/2021 - Ministério diz que EUA ensaiaram ataque nuclear contra a Rússia neste mês
24/11/2021 - ORCLIM MUNICIPAL TOCAVA ESQUEMA PAPA-DEFUNTOS
23/11/2021 - Ação apreende produtos irregulares para alimentação animal
02/11/2021 - QUADRILHAS ATACAM NAS BRs E PROPRIEDADES RURAIS
02/11/2021 - MST fala em fim de trégua e retoma ocupações de terras
30/10/2021 - Novo golpe do PIX pode levar empresas à falência; saiba se proteger
29/10/2021 - Vetado PL que criava auxílio financeiro para órfãos da Covid-19 em MT

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques