Segundo apurou o Estado, se fechar um acordo de delação premiada, Palocci detalhará, com provas, a movimentação financeira de campanhas eleitorais petistas e indicará quando e onde valores foram entregues ao partido e quem foi o responsável pela operação.
PUBLICIDADE
Ao contrário do que dizem dirigentes do PT e apoiadores de Lula, um advogado e dois amigos de Palocci afirmaram que ele está “lúcidoâ€, “sereno†e “aliviado†com a confissão a Moro.
Ao assumir para Moro que era o “Italiano†nas planilhas da propina da Odebrecht, petista fez as investigações avançarem diretamente rumo ao ex-presidente e complicou ainda mais a situação jurÃdica e polÃtica dele.
Nos bastidores, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad seria o preferido de Lula para concorrer ao Planalto caso ele próprio seja inviabilizado.
Trata-se de uma referência ao que muitos classificam como falta de jogo de cintura polÃtica da presidente cassada Dilma Rousseff.
Na avaliação de dirigentes da sigla, principalmente os alinhados à tendência majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), tanto Haddad quanto Dilma são “incontroláveisâ€.
Para desestimular Haddad de disputar voos mais altos, um grupo do PT ofereceu a ele a candidatura ao Senado.
DiscÃpulos do fogo amigo contra o ex-prefeito dizem, ainda, que o ex-ministro Jaques Wagner – hoje secretário estadual na Bahia – tem mais “perfil†para entrar no lugar de Lula, se for preciso.
“O foco do PT, agora, deve ser lutar pela revisão da sentença que o condenou injustamente e descaracterizar o depoimento de Palocci, que não tem fundamentoâ€, afirma o ex-prefeito.
No PT já surgiram algumas vozes pedindo a expulsão do ex-ministro, mas a cúpula do partido afirma que o assunto não foi discutido e que, se entrar em pauta oficialmente, vai obedecer a todos os trâmites com a garantia da ampla defesa.