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DE ÚLTIMA!

Em vídeo, Geddel Vieira Lima fala sobre fazendas de Lula e Dilma?
21/02/2018 - João Pedroso de Campos - Blog Me Engana Que Eu Posto - Veja.com

Tem sido compartilhado no WhatsApp nos últimos dias um vídeo falsamente atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) em que ele, supostamente acometido por um câncer, faria acusações contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

Durante uma sessão de quimioterapia, o ex-ministro teria gravado um relato em que “orienta” a Polícia Federal a buscar por fazendas de Lula e Dilma no Pará, no Acre, no Rio Grande do Sul e até na Argentina.

“Acho que uns 2% do território do Pará tá [sic.] nome do Lula, daquele Dantas, que era dono da Brasil Telecom, e do Lulinha”, diz o homem que seria o emedebista baiano, preso em Brasília desde setembro de 2017.


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“Larga mão desse sítio aí, esse sítio é uma titicazinha, e o tríplex é um apartamento lá em Guarujá, coisa pouca”, teria continuado ele.

Como se verá adiante, não é Geddel Vieira Lima quem aparece no vídeo.

Geddel Vieira Lima não fez nenhum vídeo com acusações contra Lula e Dilma e não é ele quem aparece nas imagens.

Notório pelos 51 milhões de reais encontrados pela PF em um apartamento em Salvador, o ex-ministro está detido no presídio da Papuda, na capital federal, há cinco meses.

Se Geddel tivesse, indevidamente, tido acesso a um celular – como muitos presos nas cadeias brasileiras – e feito um vídeo com estas acusações contra dois ex-presidentes, não faltariam reportagens sobre o assunto na imprensa profissional.

Não há, contudo, nada publicado sobre o assunto em veículos de mídia confiáveis.

Da mesma forma, nunca veio a público qualquer informação de que Geddel estaria com câncer.

Isso porque ele, simplesmente, não tem a doença.

O acusador de Lula e Dilma, na verdade, chama-se Celso Moessa de Lima, um tenente aposentado da Polícia Militar de Mato Grosso que vivia em Goiânia e morreu em março de 2017.

Como se vê nas imagens, publicadas em março de 2016, Moessa lutava contra um câncer.

Em outro vídeo, em que ostenta os mesmos óculos escuros, o policial militar aposentado se apresenta:

“Oi, meu nome é Celso Moessa, moro em Goiânia, sou paranaense, filho de paulista”.

O alvos da publicação, novamente, foram Lula e Dilma, assim como em muitos outros vídeos no canal dele no YouTube.

Sobre as propriedades de que Lula seria dono no Acre, no Pará e na Argentina, e Dilma, no Rio Grande do Sul, estas informações só são encontradas nos vídeos de Celso Moessa, que, por sua vez, não cita de onde tirou as acusações.

Não há nenhuma informação publicada na imprensa profissional sobre as tais fazendas dos ex-presidentes e não existe nenhuma investigação em curso sobre o assunto.

Lula responde a três processos da Operação Lava Jato que apuram suposta propina recebida por ele por meio de propriedades.

Um trata do tríplex do Guarujá, doado ao petista pela OAS e reformado pela empreiteira em benefício do petista, ao custo total de 2,2 milhões de reais.

Neste caso, Lula já foi condenado em duas instâncias da Justiça Federal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de segunda instância, impôs ao ex-presidente pena de 12 anos e um mês de prisão.

Em outra ação, o petista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no suposto recebimento de 12,9 milhões de reais em propina da empreiteira Odebrecht, por meio das compras de uma cobertura vizinha à de Lula em São Bernardo do Campo e de um imóvel que serviria como sede ao Instituto Lula.

Este caso deve ser concluído em breve pelo juiz federal Sergio Moro, que toca os processos da Lava Jato em primeira instância e já ouviu testemunhas de defesa, de acusação e os réus.

O terceiro processo do gênero trata do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), frequentado pela família Lula da Silva e reformado por um “consórcio informal” composto pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Schahin ao custo de 1 milhão de reais.

Assim como nas outras ações, o ex-presidente responde pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio.


  

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