A Jabuti investiga a contratação, nos últimos quatro anos, de escritórios de advocacia com verba pública federal do Sesc/Senac no valor de R$ 180 milhões.
Segundo Danielle Paraiso de Andrade, em 2012, durante uma reunião no Senac, um advogado disse que o problema era polÃtico e indicou o escritório de Roberto Teixeira "como capacitado para manter Orlando na presidência do Sesc e Senac Rio".
A ex-mulher relatou que o advogado informou que Roberto Teixeira "poderia resolver a questão por ter boa relação" com o então presidente do conselho fiscal do Departamento Nacional do Sesc, que assinava os pedidos de intervenção e denúncias.
Danielle Paraiso de Andrade disse que, "em relação a Roberto Teixeira, a cada nova ação que surgia havia um novo contrato de honorários, sempre em valores milionários".
A ex-mulher declarou ao investigadores que "chegou a questionar tais cobranças, eis que entendia que os valores cobrados inicialmente por Roberto Teixeira contemplariam todo o caso, não se justificando uma cobrança a cada nova ação".
A ex-mulher de Orlando narrou que para fazer os pagamentos regularmente, "o setor de contas a pagar da Fecomercio precisava dos documentos para atestar a prestação dos serviços, devendo ser arquivado o contrato que lastreava o pagamento".
“Contudo, nas contratações dos escritórios de advocacia, o pagamento era realizado apenas por ordem do presidente Orlando Diniz, sem observar o procedimento previstoâ€, afirmou.
Assessoria de Comunicação do Teixeira, Martins Advogados
COM A PALAVRA, ORLANDO DINIZ
“As acusações que recaem sobre Orlando Diniz são infundadas. Ele vai esclarecer todos os pontos levantados pela PF e pelo MPF e o devido processo legal deve provar sua inocência.
Orlando Diniz sempre colaborou com as investigações e esteve à disposição para esclarecimentos junto à s autoridades.â€
COM A PALAVRA, O ESCRITÓRIO BASÃLIO, DI MARINO E FARIA ADVOGADOS
“Nota de esclarecimento
Diante das notÃcias veiculadas na mÃdia impressa e eletrônica, que mencionam integrantes do Escritório BasÃlio, Di Marino e Faria Advogados, prestamos os seguintes esclarecimentos:
A FECOMERCIO, entidade privada, contratou, no âmbito de complexo contencioso com a CNC, o Escritório para integrar o grupo de escritórios que já atuavam na defesa de seus interesses, em fevereiro de 2014. Desde então, estamos atuando, com êxito, em 48 casos relevantes, considerando processos originários no Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro e a elaboração de recursos perante o Superior Tribunal de Justiça.
O requerimento formulado pela Força Tarefa da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, bem como a decisão proferida pela Justiça Federal, que culminaram na prisão do Presidente da FECOMERCIO, não dirigem e nem cogitam qualquer acusação contra o Escritório BasÃlio ou seus integrantes. Apenas relatam o fato de que o Escritório foi contratado, em conjunto com outros, para a defesa dos interesses da FECOMERCIO.â€