Depois do apresentador Luciano Huck e do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, um novo outsider poderá entrar na disputa nas eleições deste ano.
Em 2016, Datena chegou a pensar em disputar a Prefeitura de São Paulo. Agora, nestas eleições, cogitou se lançar ao Senado, voltou atrás, e nos últimos dias passou a pensar em participar da disputa, inclusive com voos mais altos.
“Eu me proponho a ser candidato ao Senado. Agora, se pintar a possibilidade de ser candidato à Presidência da República, talvez eu tente ajudar o meu PaÃs. Quero ser candidato para ajudar o povoâ€, afirmou Datena.
“É mais uma decisão do partido do que minha. Depende das articulações, dos resultados das pesquisas.â€
Sua candidatura presidencial passou a ser ventilada diante da falta de um candidato com força para enfrentar Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) nas eleições presidenciais.
Como a candidatura de Alckmin ainda não decolou, cresceu a preocupação no Centrão com os rumos da campanha.
Por ser uma figura conhecida dos eleitores, alguns analistas acreditam que Datena possa alcançar de largada 7% ou 8% das intenções de voto e passar Alckmin, que aparece com 5% a 6%, nas pesquisas.
“Quem sabe um outsider não possa fazer alguma coisa?â€, pergunta Datena.
“Só aparece outsider porque quem está aà não está satisfazendo.â€
PASSE
Segundo o cientista polÃtico Marco Antonio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o DEM está tentando apenas valorizar o passe do partido ao ventilar o nome de Datena para a corrida presidencial.
Datena, que já foi filiado ao PT entre 1992 e 2015, e ao Partido Republicano Progressista (PRP) de setembro de 2017 a março de 2018, antes de ingressar no DEM, disse que tem “uma vontade muito grande†de ajudar o PaÃs.
Ideologicamente, o apresentador se considera “mais para o centro†e um defensor da liberdade e da democracia.
“No Brasil, não há liberdade para nadaâ€, disse.
Curiosamente, ao falar sobre o ditador Kim Jong-un, Datena defendeu a Coreia do Norte e afirmou que o paÃs não teve outra opção a não ser se fechar para o mundo diante das agressões perpetradas pelo “imperialismo americanoâ€.