Golpes, ostentação e desperdÃcios já marcaram a carreira de vários atletas.
Recentemente uma consultoria de investimentos analisou a contas de um deles e encontrou um grande desperdÃcio.
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O atleta, cujo nome não foi revelado, tinha a famÃlia em outro Estado e entrou em acordo com uma pessoa próxima a fim de repassar todo mês cerca de R$ 30 mil, com a promessa de que o valor seria investido na construção de uma casa avaliada em R$ 1 milhão, a ser erguida em terreno de bairro nobre.
Uma auditoria nos extratos bancários encontrou informações de que a mensalidade foi paga durante mais de dois anos.
Apesar disso, o jogador não havia assinado contrato com o tal amigo para a prestação do serviço.
Toda a operação foi executada na base da conversa, da confiança nos "parças".
Como o jogador atuava em um clube longe da cidade natal, não chegou a acompanhar a obra.
Não deu outra. Na chegada ao possÃvel empreendimento, não havia casa.
Durante os mais de dois anos de repasses mensais, o terreno tinha somente uma cerca de arame farpado e o inÃcio de uma fundação de casa, com vestÃgios de que a obra estava parada havia meses.
O jogador não conseguiu recuperar o prejuÃzo.
OSTENTAÇÃO
Um jogador que atua no exterior recebeu uma orientação anos atrás para diminuir os gastos no Brasil.
A justificativa foi de que anualmente a estrutura mantida na cidade representava um gasto muito grande com impostos e manutenção do imóvel.
Apesar da sugestão, o jogador preferiu manter seu modo de vida. Ele entendeu que seria interessante continuar com a casa e com os carros por ser mais cômodo e por eles representarem o sÃmbolo da carreira vitoriosa.
Em outro caso parecido, um jogador que ganhava cerca de R$ 200 mil por mês gastava todo o salário no pagamento das parcelas de três imóveis financiados.
Após ser convencido por um amigo a realizar os investimentos, ele decidir procurar ajuda financeira de gestão, pois todos os meses usava o limite do cheque especial e tinha de pagar mais por isso.
Ãdolo do São Paulo e tetracampeão mundial com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, ele admitiu a situação em 2011, em entrevista ao jornal Marca, em que comentou sobre o arrependimento de não ter se organizado com as finanças quando jogava.
“Errei muito na vida. Tive bons momentos financeiros, mas errei. Fiz muita bobagem. Gastei tudo com besteira, com mulheres e grandes carrosâ€, disse na ocasião.
O ex-jogador contou que já comprou mais de 20 veÃculos.
“Gastei com vaidades pessoais. Gastei dinheiro com amigos de ocasião. Por eu ser uma pessoa generosa, muita gente se aproveitou mesmo de mimâ€, completou.
Em 2011, Müller estava morando de favor na casa do jogador Pavão, antigo colega de São Paulo.
Depois do fim da carreira, o ex-atacante trabalhou como treinador, foi pastor de igreja, ficou três anos desempregado e só se recuperou ao retomar a carreira de comentarista esportivo em emissoras de televisão.
Outra fonte de renda que tinha era participar como convidado em amistosos e jogos na categoria master.