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CURTO & GROSSO
Edição de 25/06/2001
Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br
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Uma lancha pertencente a dois empresários teve o motor arrancado e a popa da embarcação danificada por uma árvore submersa no lago da Usina de Manso.
O acidente aconteceu no último feriadão e, felizmente para as pessoas a bordo, não deixou vítimas porque a lancha, no momento do choque, estava se dirigindo para a margem.
Ainda no feriadão, um turista passou por sérios apuros quando o casco do jet-sky que pilotava também se chocou com um galho submerso.
Apesar das repetidas denúncias que fizemos à época do fechamento das comportas da hidrelétrica, na coluna Críticas Construtivas, a Fema, o Ibama e o Ministério Público nada fizeram para prevenir o perigo enfrentado agora pelos turistas.
Contando com a conivência das autoridades, Furnas e empreiteiras associadas na construção da usina desrespeitaram várias exigências contidas no EIA/Rima do empreendimento, entre as quais a retirada obrigatória da vegetação da área a ser alagada, antes do fechamento das comportas.
Não conseguimos manter contato neste final de semana com os proprietários da lancha danificada para saber qual providência legal pretendem adotar -- se é que pretendem adotar alguma.
Como o dano foi provocado em razão da incúria da autoridade pública, os donos da lancha e do jet-sky podem acionar o Estado e as autoridades da área -- ou ambos -- para ressarciar os prejuízos que tiveram.
Idêntica providência poderá ser adotada por qualquer outra pessoa que vier a sofrer algum dano -- material ou físico -- em acidentes futuros.
Acidentes semelhantes têm ocorrido com preocupante regularidade, principalmente nos finais de semana, no lago de Manso.
Até agora, felizmente, não foram registrados casos fatais, mas isto é apenas uma questão de tempo. Lamentavelmente.
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