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CURTO & GROSSO
Edição de 23/12/2004
Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br
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Desesperado pela iminência de ficar sem mandato pela primeira vez em quase trinta anos e, pior, diante da perspectiva concreta de ter sua carreira política encerrada, por conta de uma série de bandalheiras na Prefeitura de Cuiabá...
...”Bríncipe” Auad – que já está com os bens indisponíveis, por força de ação que lhe é movida pelo Ministério Público Federal – perdeu completamente a compostura, na noite da última terça-feira, durante a inauguração de uma obra que homenageia a Sra. Amália Curvo de Campos – mãe dos ex-governadores Júlio e Jaime Campos.
A ira do “bríncipe” – por outra: a nova bravata do ainda prefeito -- desta vez teve como alvo o Tribunal de Contas de Mato Grosso, onde sua prestação de contas já teve três votos desfavoráveis.
-- Querem enlamear a minha vida! – passou a gritar o prefeito, para espanto geral dos presentes e, com o destempero que lhe é peculiar, ameaçou:
-- Aquele Tribunal não passa de um bando de incompetentes e despreparados! Lá, ninguém tem moral para colocar Roberto França contra a parede e vou arrebentar quem tentar fazer isto comigo!
-- Tenho muita bala pra queimar! – finalizou o prefeito, com os olhos esbugalhados, diante de pelo menos uma centena de convidados, desconcertados com a cena.
Os conselheiros Branco de Barros e Júlio Campos – presentes à solenidade – não tussiram e nem mugiram.
Explica-se o gesto desesperado do prefeito – useiro e vezeiro neste tipo de ameaças que não assustam a mais ninguém:
As contas da Prefeitura de Cuiabá receberam, conforme dissemos, três pareceres contrários.
Opinaram pela reprovação os conselheiros Antonio Joaquim, Ubiratan Spinelli e Walter Albano.
Na tentativa de salvar a pele do ainda prefeito, o conselheiro Branco de Barros pediu vistas e interrompeu a apreciação.
Restam opinar o próprio Branco de Barros, Júlio Campos – ambos presentes à tal solenidade -- e José Carlos Novelli.
O presidente, Ary Leite de Campos só vota em caso de empate.
Em tese, as contas ainda podem ser aprovadas.
Acontece que um dos conselheiros que ainda não votaram -- José Carlos Novelli – resolveu viajar...
Trocando em miúdos, isto significa que o ¨bríncipe¨ Auad e sua caravana foram solenemente para o brejo.
A única “solução” possível – inaceitável, mas possível – é fazer com que algum dos três conselheiros que já opinaram reveja seu voto.
A pressão começou naquela mesma noite, com uma conversa de pé-de-ouvido entre o prefeito e o ex-governador Jaime Campos, que indicou Ubiratan Spinelli para o TCE e que aceitou a ¨incumbência¨ de ¨virar o voto¨ do conselheiro.
Ubiratan Spinelli assume pela segunda vez a presidência do TCE no dia 31 do próximo mês de janeiro.
Esperamos que comece com o pé direito, dando o primeiro passo no sentido de resgatar a credibilidade daquela Corte.
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