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Cuiabá MT, 23/11/2024
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Curto&Grosso O que ainda será manchete


CURTO & GROSSO

Inscreva nosso RSSEdição de 20/03/2006

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br


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Governo de Mato Grosso virou uma verdadeira zorra.

Segundo o insuspeito diagnóstico de Éder de Moraes Dias -- com a modéstia que lhe é peculiar -- só escapa a MT Fomento, presidida pelo próprio Éder de Moraes Dias...

...

Mais uma vez São Pedro desmoraliza o ¨multiuso¨ da Usina dos Mansos: chuvas constantes nas cabeceiras e na bacia do rio Cuiabá obrigaram a abertura das comportas do reservatório da hidrelétrica e, com isso, moradores de bairros localizados em áreas de risco de inundação na Capital, Várzea Grande, Santo Antonio de Leverger e, sobretudo, Barão de Melgaço, são alertados para procurar abrigo em casas de parentes ou prédios públicos.

Este e muitos outros ¨boatos¨ exclusivos, em instantes -- ou assim que Dona Infernet permitir -- só aqui nesta bat-calúnia.

Enquanto espera, leia mais um de nossos Recuerdos de Chacororé:

(...) E agora que o volume de água no rio Cuiabá passou a ser ¨regularizado¨ por um burocrata a serviço de Furnas, através das comportas da Usina dos Mansos, aí é que a lebre vai pestear de vez.

Falar em Manso, além de turbinar algumas empreiteiras, entre os ¨múltiplos usos¨ da usina oficialmente construída para ¨regularizar¨ as águas do rio Cuiabá está a de gerar tranqüilidade e perenizar a esperteza de todos aqueles que, ao longo dos anos, invadiram áreas proibidas no trecho compreendido entre o Parque de Exposição e o bairro Praieirinho.

Pra quem não sabe, logo depois da grande enchente de 1974, a Defesa Civil delimitou a área em que estaria proibida qualquer tipo de construção, devido às enchentes cíclicas. Na ocasião, todos moradores do antigo Bairro do Terceiro foram removidos para o atual Novo Terceiro.

Não demorou muito para aparecer na área de alagação um loteamento espiritual - o atual bairro Praeirinho - e, depois dele, uma série de outros empreendimentos imobiliários e construída toda sorte de edificações - residenciais e comerciais.

Pode até ser que quem comprou lotes, construiu sua casa ou instalou outros empreendimentos naquele trecho, não soubesse de que se tratava de uma área proibida para edificações.

Mas quem vendeu sabia perfeitamente o que estava fazendo. Inclusive os prefeitos e governadores que desde então se sucederam nos Palácios Alencastro e Paiaguás, que não só autorizaram a ocupação da área proibida como facilitaram as coisas, implantando obras e serviços de infra-estrutura, entre as quais a hoje valorizadíssima Avenida Beira-Rio.

Nesse contexto, a usina de Manso veio a calhar. Improvisou-se uma ¨justificativa ecológica¨ --- a ¨regularização das enchentes¨ - e uma nova embalagem para a obra, o tal ¨uso múltiplo¨ e todos serão felizes para sempre.

Assim, quem comprou e construiu de boa fé na área proibida fica livre de prejuízos futuros provocados pelas enchentes; premia-se a esperteza de quem vendeu e livra-se a cara dos governantes que permitiram, facilitaram e até -- direta ou indiretamente -- se beneficiaram do arreglo.

Quanto às conseqüências nefastas que a conveniente -- e bota conveniente nisso! -- ¨regularização das enchentes¨ vai provocar nos pantanais de Santo Antonio de Leverger, Barão de Melgaço, Mimoso e Poconé, já é outra história.

SuperSiteGood, 27 de dezembro de 2000 -- lá se vão mais de cinco anos -- pleno auge das comemorações alusivas à conclusão das obras da Usina dos Mansos.






   

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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de Hernando Salazar (hernando_salazar@bol.com.br)
Em 20/03/2006, 13h13
E o mestre, onde está?
Vale a pena consultar o mestre em hidrologia, Domingos Iglesias, a respeito do cenário atual (rio cuiabá, manso e chuvas)...

Aliás, por onde ele anda, alguém sabe dizer?

Ah que saudades dos 'relatórios iglesias'...

Comentário de Daniel (marmidan@yahoo.com.br)
Em 20/03/2006, 10h05
É esperar para ver
Naturalmente que estou numa posição confortabilíssima para afirmar isso (no alto, no centro da Vadjú), mas alarmes às vezes são alarmistas demais...

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Diretora Executiva: Kelen Marques