CURTO & GROSSO

Edição de 07/08/2010

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Pesquisa de intenção de voto encomendada ao Ibope para -- porém não necessariamente pela TV Centro-América e pelo jornal de Diário de Cuiabá -- para publicação no primeiro final de semana do mês de julho foi engavetada "a pedidos", vamos simplificar assim.

Digamos que Soja Majestade, o candidato "imbatível" ao Senado e o governador que tenta permacer no cargo, não enfrentavam "um bom momento" em junho, quando foram coletados os dados, ainda por conta do cavernoso escândalo das máquinas e "sugeriram" um tempo para empreender algumas ações. Foram atendidos, claro.

Como se recorda, na pesquisa de junho, referente ao desempenho no mês de maio, auge da lambança-açu sobre rodas, o primeiro desabou 19 pontos percentuais e o segundo entrou em viés de baixa.

Por "empreender algumas ações", entenda-se, colher os frutos do tal comício, digo, "governo itinerante"...

- Expurgar da mídia o milionário caso dos maquinários, trancando a ação na Justiça...

- Repercutir a cooptação da ainda companheira senadora Serys Ex-Slhessarenko -- na esperança de uma reconciliação, ainda durante a campanha, com o deputado federal Carlos Abicalil...

- Capitalizar ao máximo o apoio dos deputados José Riva e Pedro Henry, do PP, que indicaram o vice...

- E, no final de julho, sob os acordos, digo, acordes de uma música que o Médio Norte e o Nortão querem ouvir, capitalizar eleitoralmente o lançamento do edital de duplicação do trecho Rosário Oeste/Posto Gil -- uma espécie de cereja no bolo.

Enquanto isto, o governador-candidato proporia ao prefeito da Capital, Chico Galindo, a estadualização do PAC/Saneamento e "resolveria" de uma vez por todas a interminável greve dos servidores do Judiciário, tudo para "bombar" os números da pesquisa Ibope deste primeiro fim de semana de agosto.

Porém -- sempre tem um "porém" ou vários --, embora o script tenha sido seguido à risca, o fato é que o "governo itinerante" teve mais foguetório que resultados práticos...

- Como um morto-vivo, o caso das máquinas insiste assombrando: misteriosamente, segundo números cada vez mais contraditórios do próprio governo, o prejuízo ao Erário, como que por encanto, "caiu" de 44 milhões para 33 mi, o que levantou ainda mais suspeitas...

- A companheira Serys fez charminho e tal, não resistiu a meia hora de conversa substantiva com o super-companheiro Pagot, mas impôs uma condicionante que (ainda) mantém: não sobe no palanque do companheiro Abicalil, escolhido pelo PT para disputar a "sua" cadeira no Senado...

- Para "ajudar", o primeiro-suplente do candidato-proto-aloprado ao Senado, o empresário-milionário Altevir Magalhães, conforme denunciamos aqui, promoveu uma operação-abafa na mídia na tentativa de esconder o covarde empancamento de um deficiente visual em uma loja de sua rede de supermercados...

- Riva e Henry desceram do muro e entraram na campanha, porém, logo depois, o primeiro teve o mandato cassado e o segundo considerado inelegível, por conta da ficha suja...

- Factoide à parte, conforme adiantamos aqui, a concorrência do trecho Rosário/Posto Gil já tem vencedor. Mais: dificilmente fica pronta nos dois próximos governos -- serviu apenas para garantir a obra para um empreiteirão amigão...

- O prefeito Galindo, como era de se esperar, refugou o brete no quesito "estadualização do PAC"...

...E a greve dos servidores da Justiça, como todo mundo sabe, segue aí, firme e forte.

Para saber se, depois dessas ações no mês passado, as coisas melhoraram, pioraram ou ficaram do mesmo tamanho para "Meu ex-Rei" e Silval, só resta aguardar os resultados da pesquisa Ibope deste mês de agosto, que deve sair esta noite na TVCA e na edição de amanhã do "DC".

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Coluna "À parte" daquele jornal que tem 109,5% no Ibope não registra e nem komenta, pelo segundo dia consecutivo, as andanças e conquistas de Soja Majestade -- aquele "imbatível" candidato ao Senado.

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O deputado Mauro Savi (PR), que tem base eleitoral em Sorriso, quer fincar raízes em Cuiabá. Ele é autor do projeto de lei que transforma em museu o casarão onde morou dona Bem-Bem, uma das precursoras da festa de São Benedito. Nascida Constança Figueiredo, dona Bem-Bem realizou festas memoráveis na rua Barão de Melgaço. Ela é a mãe do ex-deputado Rodrigues Palma (PR), segundo suplente do candidato a senado Blairo Maggi (...) A proposta de Savi é guardar, preservar e expor ao público o acervo de obras literárias, de documentos, objetos de arte, objetos decorativos, coleções, gravuras e quadros, entre outros elementos culturais pertencentes a dona Bem-Bem, que retratam a tradição e cultura da época (...) O casarão colonial onde vivia dona Bem-Bem foi construído em 1848 e hoje é tombado como patrimônio histórico. O prédio de propriedade privada está em bom estado de conservação. O projeto já foi lido em plenário e agora tramita na Assembleia -- informa e komenta edição de hoje do "Diário de Cuiabá".

Não seria melhor deixar tudo como está, por conta dos filhos e netos -- todos bem-resolvidos financeiramente -- que têm cuidado muito bem do casarão e de seus "ingredientes"?

...Se deixar por conta do governo, além do previsível sumiço das peças mais valiosas do acervo, duas ou três temporadas de chuva depois, estará tudo desabado...

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Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

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Dizia Cícero que a amizade é antes de tudo confiança. Para que a relação entre duas pessoas se aprofunde o pressuposto é ver com simpatia o outro no seu modo de ser.

Do contrário, há uma distância impeditiva de vir a prosperar o afeto. Essa distância não existe numa relação de igualdade, na qual cada um se torna solícito em face do outro, que se transforma não apenas na pessoa a ser conhecida, mas compreendida.

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Um verdadeiro clube dentro de casa!





Fotos ilustrativas

Click aqui para mais informações

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O primeiro debate entre os candidatos a presidente da República, transmitido pela TV Bandeirantes, surpreendeu pelo tom amistoso com que se trataram os participantes - mas isso não bastou para vencer a monotonia do encontro e muito menos para atrair a atenção do grande público.

Os quatro candidatos que participaram do debate trataram de problemas que são praticamente consensuais na agenda política atual - saúde, segurança pública, educação e infraestrutura.

Foi uma discussão sem ataques pessoais, jogadas ensaiadas de marketing e frases feitas destinadas a causar impacto na audiência eleitoral.

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Tudo indica que o governo está escondendo o jogo com relação às contas públicas. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, afirma categoricamente que o setor público (União, Estados, municípios e empresas estatais) cumprirá a meta de superávit primário de 3,3% do PIB. O ministro Guido Mantega, porém, já deixou entrever que podemos não chegar à "meta cheia".

Isso pode significar que, nos últimos meses de 2010, ou seja, decorrido o período eleitoral, o governo fará o arranjo que lhe parecer mais conveniente para disfarçar o descumprimento da meta. Para muitos analistas, a dúvida está em saber que tipo de casuísmo contábil o governo vai colocar em prática este ano.

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