Considerada por muitos políticos goianos a "caixa preta" do governo do Estado, a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca de R$ 6 bilhões. Demóstenes avaliou a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão judicial.
"Dependendo da decisão dele, pode ser que essa Celg... essa Celg se salva (sic), viu?", disse. "Eu acho que esse trem pode dar certo, viu? Ele que consegue tirar uns dois... três bilhões das costas da Celg. Aí dá uma levantada, viu?"
Ao que Cachoeira responde: "Nossa senhora! Bom pra caceta, hein?"
Até o fim do século, o ciclo da água pode ficar até um quarto mais rápido, calcula a equipe, coordenada por Paul Durack, do Centro Australiano de Pesquisa do Tempo e do Clima, na Tasmânia. Isso significa que onde chove muito, vai chover mais e onde não chove, nem banhando o santo.
A discriminação racial no Brasil é constitucional, segundo decidiram por unanimidade os ministros do Supremo Tribunal (STF), num julgamento sobre a adoção de cotas para negros e pardos nas universidades públicas
Comentários dos Leitores Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.
Comentário de Celso (pantanaldo@hotmail.com) Em 28/04/2012, 22h40
EU NÃO SOU MEU CORPO FÍSICO
Ao contrpario do Arquimedes, não rendo homenagens ao STF, pelo direiro de pensar que essa corte não é merecedora de tal. Existe, ao meu pobre entender, para dirimir dúvidas e não para se render aos artificialismos da demagogia ou das polêmicas que por vezes podem render louros. Assim penso e é o meu direito de assim pensar. No caso evidente, lamento e fico triste ao perceber o quanto somos atrasados em relação ao conviver como irmãos, não respeitando cada qual como é, diferenciando seremos humanos pela pigmentação da pele e não como ser essencial, pois em cada corpo, seja de cutis branca, preta, amarela, etc, habita uma alma que por razões que só a dividande conhece, necessita evoluir.Conforme o poema de Geoffrey Hodson, eu não sou meu corpo físico, eu não sou o desejo que o afetam...
Comentário de Arquimedes Estrázulas Pires (estrazulas10@gmail.com) Em 28/04/2012, 09h24
Lentes Coloridas II
Já na reta de chegada à marca dos 70 anos de idade, sinto imensa satisfação por jamais haver frequentado caminhos marginais à lei e à ordem. Costumo acatar, como cidadão lúcido, que busco ser, as decisões que emanam das Cortes de Justiça do meu País. No entanto penso que, neste caso específico, a história haveria de ser mais bonita para as futuras gerações se os negros passassem a merecer dos governos do Brasil do meu tempo, atenções que os tornassem integralmente iguais aos cidadãos de todas as etnias que povoam esta bendita Terra de Santa Cruz.
E assim, por necessário reconhecimento de seus direitos e de sua igualdade, tivessem acesso a qualquer porta, de qualquer instituição - de ensino ou não - sem essa de "lhes concedermos privilégios pra que nos perdoem por tudo quanto erramos em relação a eles, no passado". Mas será que já não praticamos mais daqueles mesmos erros de séculos atrás?
Será mesmo que o acesso à Universidade - por cotas raciais - resgata a dívida moral que ainda nos liga a todos eles?
Em que porcentagem terão eles – os brasileiros negros - a oportunidade real de vestir uma toga ao final de um curso universitário, ainda que por força da lei que os acolhe em regime de cotas?
Em que ponto e dimensão o regime de cotas raciais os torna – verdadeiramente – iguais aos demais brasileiros, tal os preceitos da nossa Constituição, em seu Artigo 5º?
Em que medida o regime de cotas raciais eliminará a hipocrisia política que sói acontecer em períodos eleitorais, quando ao candidato tem interessado muito mais o voto do que a cor da pele ou a condição social do votante?
Perguntas que continuam sem as merecidas respostas.
Rendo minhas homenagens ao STF e seus Ministros, porque os tenho como sede e agentes maiores da Justiça em meu País. Mas da forma como aplicaram o remédio, em vez de acabar com a ferida acabaram por torná-la crônica. Se, como está entendido e decidido, o regime de cotas não privilegia etnias e classes sociais em detrimento de outras, como bem coloca o editorial de “O Estado de São Paulo”, como ficam os brancos pobres, os descendentes dos primeiros colonos que pra cá vieram ao “final” da escravidão e que em dado tempo também sofreram entraves raciais, os brancos analfabetos, os moradores de rua, os desassistidos, de um modo geral?
Porque, cá entre nós, todos são cidadãos carentes de atenções governamentais e, portanto, discriminados pelos próprios governos, entes políticos que têm sobre seus ombros o dever de zelar pelos preceitos democráticos que nos catalogam como “rigorosamente iguais perante a lei”.
Mas enfim, o que está feito está feito. Porém, se me for permitido, desejo apelar ao STF e aos seus Ministros, para que exijam dos governantes brasileiros, ações naturalmente humanas e absolutamente independentes de ações judiciais, como esta, em relação a todos os cidadãos, independentemente de cor de pele, de etnia, de ideologia, de credo ou de condição social.
Especialmente quando a decisão tiver a ver com educação. Um povo sem educação torna-se presa de si mesmo e, por ignorância de fatos vitais à própria nação a que pertençam, acabam agindo inutilmente e em desserviço da própria história.
Monteiro Lobato diz que "um país se faz com homens e livros". Pergunto-me, muitas vezes, de que servirão os livros, na feitura de um país, se a história não contemplar todos os seus cidadãos com o mesmo direito de aprender, sem necessidade de cotas raciais, sociais ou de que gênero sejam, pra que os livros tenham, então, a devida importância na construção da personalidade dos homens?