Nosso Serviço Reservado -- aquele que não usa faiá --, não é lá nenhuma Brastemp, mas também num passa vexame diante da Lava-Jato, cujo departamento de operações é muito mais estruturado, é claro.
Tanto que teve acesso à gravação do diálogo entre o presidente Temer e o ainda ministro da Agricultura Bráulio Mággico, em que este último fez de conta que pediu demissão do cargo na Esplanada.
Apesar dos ruídos do resfolegar de mãos do presidente e do nhéeec-nhec-VIP de rangideira provocado pela botina do Herdeirinho Mimadinho zanzando nervoso, dá pra ouvir nitidamente o que se segue:
– MT: Tudo bem, meu jovem?
- BM: É...
– MT: Amém, Jesus!
- BM: Pra ser franco, vim aqui pedir demissão.
– MT: Trouxe a carta?
– BM: Que carta?
– MT: A de demissão, porra!
– BM: ...E precisa?
– MT: Como demiti-lo-ei, então? Verba volant, scripta manent!
– BM: Verba, eu manjo... Esse "Mané Nunseiquelá" aí, não é da Aprosoja, garanto.
– MT: !!!
– BM: ???
– MT: Mudando de pato pra ganso...
– BM: Esses são da minha alçada!
– MT: !!!
– BM: Essa história da Carne Fraca, vivente, me deixou injuriado, bá!
– MT: ...
– BM: E agora mais essa do pixuleco...
– MT: Levou ou não?
– BM: Falam que botei na minha gibêra 12 milhões da Odebrecht, uma merreca. Tá pegando mal pracarái na turma lá da Forbes...
– MT: Pegou ou não?
– BM: Não sei de nada... Tá tudo declarado e aprovado pela Justiça eleitoral...
– MT: Sei... E aquela outra história?
– BM: Num tô sabendo...
– MT: A de que passa a perna até na Santa... E tem ainda aquela que os donos de frigoríficos estão empurrando nos supermercados carne de vaca e de búfalo, que custa pra eles 20% menos, sem nenhum desconto para a rede varejista e que Vossa Excelência faz vistas grossas...
Dos perversos efeitos da irresponsabilidade fiscal dos governos lulopetistas, os mais significativos foram a reversão da queda da desigualdade e a estagnação do desenvolvimento humano, constatadas por estudos recém-publicados.
Se era preciso alguma prova de que a promessa demagógica de felicidade instantânea e sem sacrifícios pereniza a mediocridade e compromete o futuro do País, a prova aí está.
A notícia caiu como uma bomba estraga-penteado no mundo fashion. A maison francesa Balenciaga, uma das três grandes remanescentes da era de ouro da haute couture – as outras são Chanel e Dior – apresentou um novo modelo de bolsa.
Pode pertencer a qualquer uma que desembolse 2.145 dólares (cerca de 6. 750 reais) pelo mimo e é basicamente idêntica à sacola de compras da popular marca sueca de móveis de baixo custo IKEA, que custa o equivalente a 1 dólar.
A delação dos dirigentes da Odebrecht não trouxe tantas novidades para quem leu os vazamentos. No entanto, a forma como se apresentou – vídeos dos delatores, riqueza de detalhes e algumas surpresas – trouxe grande impacto mesmo para os que conheciam os dados principais da trama.