O Edifício Solaris, na Praia das Astúrias, no Guarujá, endereço do triplex que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à condenação em primeira instância, vive o seu próprio drama ou como dizem alguns moradores e veranistas o seu próprio “carma” e “maldição”.
Li e reli algumas entrevistas de Rodrigo Janot nos últimos dias. Confesso que nada do que ele disse me tocou, me sensibilizou em relação ao seu trabalho na Procuradoria.
Fala friamente sobre os fatos que ocorreram em sua gestão à frente do órgão e em nenhum momento puxou para si a responsabilidade de apurar os crimes da dupla Lula/Dilma.
Fez-se distante dos males que os dois petistas causaram ao país, ao contrário do juiz Sérgio Moro que condenou o ex-presidente a nove anos e meio de cadeia.
Recusou-se a se defender das insinuações de Temer de que estaria na caixinha da JBS, acusação que teria merecido resposta à altura de quem não tem culpa no cartório.
Se Rodrigo Maia for presidente, terá chegado ao cargo com 53 mil votos. Em algumas configurações partidárias esse número não chega a ser suficiente para eleger um deputado.
Parte da delação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba desde outubro do ano passado, já foi aceita pelo Ministério Público Federal.
E é nela que reside a revelação que mais assombra seus ex-colegas da Câmara: a lista dos que receberam dinheiro para votar a favor do impeachment de Dilma.
Reconduzido ao posto de relator do projeto que cria um novo programa de refinanciamento de dívidas (Refis), após ter desfigurado a primeira proposta enviada pelo governo ao Congresso, o deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) voltou a incluir, no novo texto, condições mais vantajosas para as empresas.
A trajetória de vida de Luiz Inácio Lula da Silva é marcada pela vitimização. Até certo ponto, a condição lhe teria sido determinada pelas adversidades que afligem tantos milhões de brasileiros como ele.
Só mais tarde, quando a malandragem já estava suficientemente desenvolvida para capturar o potencial político daquela condição, é que nasceu a persona pública de Lula, a eterna vítima.
O desembargador Carlos Eduardo Thompson, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, afirmou em entrevista à Rádio BandNews FM que até agosto de 2018, antes da eleição, o processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sergio Moro estará julgado em segunda instância.
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Comentário de Arquimedes Estrázulas Pires (estrazulas10@gmail.com) Em 14/07/2017, 12h06
Bárbaro!
Bárbaro, insensato e medonho!
O Brasil tem urgência no reinício da temporada de produção de bons exemplos.
O mundo nos observa e nós precisamos ofertar boas razões pra que a juventude e as futuras gerações tenham boas razões pra nos considerar - a todos nós! - pessoas dignas de fazer parte da história.
Como tenho dito, não há como mudar a história se não forem mudadas as mãos que a escrevem.
Com respaldo na minha condição de cidadão cumpridor dos seus deveres, aposentado e septuagenário, digo: Um ano é muito tempo pra julgar processo de tamanha importância para a Nação Brasileira!
Não será um engano? Não será agosto de 2017 que, aliás, já é bastante tempo?