CURTO & GROSSO

Edição de 17/10/2002

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br

Calma, gentem!

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Quando Regina Duarte disse que tinha medo de Lula, estava só representando.

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É uma atriz, afinal.

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Que por um belíssimo cachê, faz propaganda de qualquer merda...

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Sem ofensa à merda...

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Que serve para adubar o solo...

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Entenda o caso:

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Atores e atrizes globais, cantores e apresentadores que apareceram e ainda vão aparecer "apoiando" Serra no horário eleitoral gratuito têm uma razão muito forte.

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Como é público e notório, atores e atrizes reforçam o orçamento doméstico produzindo espetáculos de teatro cuja produção, montagem e deslocamento Brasil afora exige recursos vultosos, em termos de patrocínio...

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O mesmo acontece com os apresentadores de TV, para manter seus programas no ar e com os cantores populares, quando organizam turnês pelo país e exterior.

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É aí que entra a Petrobras, a Caixa Econômica Federal, os Correios e quejandos.

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Entra, não...

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Já entraram, viabilizando financeiramente programas e projetos.

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Regina Duarte e quem mais do meio artístico aparecer pedindo votos para o candidato de FHC no horário eleitoral gratuito nada mais está fazendo que retribuir os favores oficiais que já receberam.

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Natural, portanto, que tenham medo...

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...De perder a boquinha.

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Leitura dinâmica:

Saddam é reeleito com 100% dos votos...

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Era o sonho de consumo daquele presidenciável que virou marido de deputada...

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Uma "democracia" na qual o "sim" pede para o governante ficar e o "não" pra não sair.

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O PTBdoD não conseguiu eleger ninguém e, desde a última terça-feira, a sede do diretório estadual foi desativada e transferida, a título precário, para o apartamento de uma filiada.

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Falar em PTB, não convidem para a mesma gloriosa jornada cívica o ex-vice-governador Osvaldo Sobrinho e o ex-presidente Homero Florisbelo...

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O deputado estadual Gilney Vanna (PT), dá tratos à bola para entender o posicionamento dos "esquerdistas" do PSDB de Mato Grosso -- todos apegados à réstia de esperança representada pela agonizante candidatura de José Serra, o delegado tupiniquim do capitalismo selvagem...

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Já tem vivaldino se apresentando em repartições públicas estaduais na condição de "convidado" para ocupar este ou aquele cargo e requisitando todo tipo de informação.

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Para ver se cola...

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Se não colar, já têm a desculpinha na ponta da língua: vão dizer que foram convidados, mas não aceitaram...

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Até segundo aviso, a única pessoa autorizada pelo futuro governador a percorrer as repartições públicas estaduais em busca de subsídios atende pelo nome de Cloves Vetoratto, coordenador da equipe de transição, ninguém mais.

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Assim mesmo, deve avisar antes e se apresentar como tal.

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A propósito, a tal equipe de transição promove esta quinta-feira à tarde a primeira reunião de trabalho da semana, já que boa parte puxou o carro e esticou o final de semana, por conta da Padroeira.

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Interessante...

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Além do queijo, digo, QG, no bairro Santa Rosa, onde despachava o candidato ao governo, senador Pés de Barro, todos os candidatos -- majoritários e proporcionais -- trataram de instalar comitês próprios.

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Aliás, até o presidenciável José Serra tinha -- e ainda tem -- o seu, em Cuiabá.

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Todos, vírgula...

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Menos o presidenciável, depois senatoriável e ministro putativo que virou marido.

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Acima dos comuns dos mortais, não se permitiu esse tipo de iniciativa, elementar em qualquer campanha política.

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Confiando que a eleição seria apenas homologatória, o presidenciável que virou marido de deputada ou reunia a executiva do partido em seu escritório particular -- onde apenas têm acesso "poucos e bons"...

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Ou em seu próprio apartamento -- aquele de andar inteiro que vale apenas vinte e poucos mil reais.

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Era de um desses endereços que expedia "ordens superiores" para a tucanalha, depois de consultar Al Mallone.

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A propósito, a última dessas "ordens superiores", dada na véspera da eleição, era no sentido de a tucanalha e partidinhos satélites votar apenas em um nome para o Senado...

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Um espanador de pena chamuscada de tucano para quem adivinhar qual...

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