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CURTO & GROSSO
Edição de 24/06/2003
Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br
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Leitura dinâmica:
Maggi anuncia reforma da igreja do Bom Despacho...
Eleita como símbolo de Cuiabá, a do Bom Despacho é a única em estilo gótico, em todo o mundo, com forro no teto...
...Esquisitice -- ou seria ignorância, mesmo? -- perpetrada no governo Júlio Campos, quando a igreja passou pela última reforma.
Para quem não sabe, as construções góticas não podem ter forro para não prejudicar a acústica.
Rezar para que esta heresia arquitetônica seja reparada.
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Vieram a público no último domingo trechos do longo depoimento – são cerca de 50 páginas -- prestado ao Ministério Público Federal e à Justiça Federal pelo gerente do Grupo Colibri, Nilson Teixeira – um dos auxiliares mais próximos do comendador João Arcanjo Ribeiro, acusado de comandar uma organização criminosa com base em Mato Grosso e, de acordo com o MPF, com ligações com as máfias chinesa e espanhola.
Como de hábito, mais uma batelada de cheques, promissórias e outros documentos foram mostrados, comprovando o envolvimento dos nomes citados na nova denúncia veiculada em primeira-mão pelo programa Fantástico da TV Globo -- como de hábito.
Até parece que as informações disponíveis no Ministério Público Federal e a Justiça Federal em Mato Grosso são “exclusivas” do programa – mas isto é outra história.
O importante é que o gerente de João Arcanjo acrescenta aos nomes conhecidos já arrolados no inquérito alguns outros, entre os quais gente da copa e cozinha do ex-governador – os ex-secretários Carlos Al Mallone e José Carlos Novelli -- e o do próprio ex-governador Dante Martins de Oliveira, este último, como de hábito, lincado ao Grupo Gazeta&Planeta.
Importante porque, até agora, toda a pauleira vinha se concentrando exclusivamente sobre o Poder Legislativo estadual.
Ora, seria muita ingenuidade imaginar que alguma factoring -- empresas conhecidas pelos cuidados de que se cercam para efetuar empréstimos --, ao longo dos últimos oito anos tenha mantido negócios com as mesas diretoras do Legislativo estadual...
... Um poder que não arrecada, que até está proibido de legislar sobre matéria financeira e que, a rigor, conta apenas com os recursos referentes ao repasse do duodécimo constitucional – qualquer coisa parecida com 5 milhões de reais/mês, no caso da de MT...
...Operações estas que alcançam valores milionários, bem acima daquele limite constitucional, sem qualquer tipo de garantia por parte do Executivo, que é quem arrecada e faz os repasses.
Não há como fugir dessa realidade.
Como estamos dizendo desde o início desta história – a exemplo do caso Filinto Müller no Tribunal de Nuremberg – continua faltando alguém na Arca de Noé.
Exatamente para quê e realmente para quem foi destinado tanto dinheiro, é a resposta que a população espera resultar dos inquéritos e das ações em curso no Ministério Público Federal e na Justiça Federal de Mato Grosso.
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Além do ex que virou motorista e levou a madame para pescar no último final de semana, as novas revelações do MPF ao Fantástico deixam numa saia justíssima o governador Blairo Maggi, com todo o seu discurso pseudomoralista.
A conferir a reação de Maggi diante do envolvimento no caso do nome do secretário Chefe da Casa Civil, deputado Carlos Brito.
Vai demitir Brito (PPS), como fez com o ex-deputado Zanete Cardinal (PFL), no caso da “caixa-preta da Secretaria de Transportes ou vai contemporizar, como vem fazendo com o sub-secretário Elismar Bezerra, tão complicado no TCE e no MPE quanto o ex-prefeito de Sinop, Adenir Barbosa, indicado para a Secretaria de Saúde, mas que sequer chegou a assumir o cargo?
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A conferir, também, o comportamento do MPE. Depois de ameaçar com um pedido de afastamento do conselheiro Júlio Campos – filmado na convenção do PFL, cabalando votos para o filho – irá adotar idêntico procedimento com relação ao conselheiro José Carlos Novelli?
Novelli é aquele ex-chefe do finando DVOP; aquele mesmo que se sente desobrigado de se abster da apreciação das contas do ex-chefe que o indicou para o TCE, mas – pelas declarações do gerente Nilson – não se sentiu nem um pouco desobrigado de continuar participando do “esforço financeiro” – vamos dizer assim --, da frustrada candidatura do ex-governador para o Senado, embora esteja legalmente impedido de fazê-lo.
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Só para constar:
Até agora, em meio à farta papelada apreendida pela Polícia Federal nas várias ações realizadas desde o dia 5 do último mês de dezembro, quando foi desencadeada a “Operação Arca de Noé”, não apareceu nenhuma certidão de crédito, dessas compradas por 30% e trocadas por 100% do valor de face.
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Garantidas a união da família, na pajelança do TCE (Veja nesta última seção) e a neutralidade de dois adversários – um histórico, outro que flutua ao sabor dos ventos (Leia nas Criticas Construtivas do último sábado)...
...Jota Veríssimo quer, agora, ganhar no grito, ou seja: impor a candidatura única de seu candidato, Arilson Arruda, exigindo que Bráulio Mággico fique fora do processo eleitoral naquele outro país vizinho...
...E, também, em Cuiabá, onde o candidato do prefeito Roberto França é Marcelo Oliveira – o Marcelo Padeiro --, primo-irmão do presidenciável que virou motorista de madame.
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Coincidência ou não...
O fato é que, na Várzea Grande, pela segunda vez consecutiva Jota Veríssimo conta com os valiosos préstimos do procurador ... Rosa, ex-presidente do diretório municipal tucano, agora em idêntico posto no PPS – que, para variar, reivindica o direito de ser o candidato à Prefeitura, embora não tenha nenhuma densidade eleitoral.
Desta feita, Rosa está tentando barrar o nome do ex-deputado federal Murilo Domingos...
...Mesmíssima coisa que tentou, na última eleição municipal, contra o também ex-deputado federal tucano Lino Rossi...
...Comportamento que, pelo excesso de coincidências – Jota Veríssimo é sempre o beneficiário das “rebeldias” de Rosa – já está dando na vista.
Pode até não ser, mas que está parecendo quinta-colunice, está.
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Da série “Perguntar não ofende”:
Ao defender o “direito” de o prefeito Roberto França indicar o candidato em Cuiabá, como é que fica aquela garantia que Jota Veríssimo deu ao deputado Sérgio Ricardo, que deixou o PMN para ser o candidato do PFL?
Fica como dissemos desde o início: de cacique acabou reduzido a índio querendo apito, posto que virou mais uma “bosta de cachorro” – tratamento dispensado por Jota Veríssimo aos aliados de uma maneira geral.
Pelas costas, claro.
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A propósito, Jota Veríssimo esteve semana passada – pela quarta vez – no Microdistrito industrial de Várzea Grande, prometendo asfaltar 170 metros de rua, coisa que vem “ameaçando”, sempre em véspera de eleição, há três mandatos como prefeito e um como governador.
Estava acompanhado de Arilson Arruda, claro, que assumiu para si a tarefa, coisa que já ouvida do vice Carlos Gomes, quando esteve lá para ser apresentado como o candidato oficial, no final do primeiro mandato de Jota Veríssimo.
Só rindo:
Quá-quá-rá-quá-quá!
-- Quem riu?
Quá-quá-rá-quá-quá!
-- Fui eu!
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Numa fase em que todos os colegas empreiteiros estão contando moedinha, o irmão empreiteiro do secretário e candidato de Roberto França está investindo pesado na construção de um luxuosíssimo conjunto de quadras de tênis, que vai da rua Rui Barbosa à Marechal Deodoro, no bairro da Pólvora.
Não se espante o eleitor se, para a clínica da inauguração oficial das pistas de saibro –- coisa de fazer inveja ao conjunto esportivo de Rolland Garros --, o inconstante tenista Guga for o convidado para abrilhantar o evento.
Em tempo: para a execução da obra, foi necessário o aterramento de uma nascente que desagua no Córrego Mané Pinto, detalhezinho que não representou qualquer empecilho, já que o irmão-candidato também manda e desmanda na Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Aliás, se Marcelo Padeiro conseguisse tapar buracos e vazamentos nas ruas com a mesma “competência” com que concorre parar ver nascentes aterradas, seria realmente um candidato imbatível – parentescos à parte.
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Só para constar:
Está-se desenhando para 2004, na disputa pelo Paço Couto Magalhães, em Várzea Grande, o mesmíssimo quadro existente no Palácio Paiaguás um ano antes das eleições gerais de 2002.
Até a soberba -- traduzida na “invencibilidade” que o prefeito Jota Veríssimo anda tentando vender -- é a mesma, sem citar o exterminador-marqueteiro, claro.
Como se sabe, a soberba atrai um antídoto inevitável, a humilhação, conforme aprendeu o presidenciável que virou carregador de malas em Brasília.
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