capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 23/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.739.793 pageviews  

Tema Livre Só pra quem tem opinião. E “güenta” o tranco


CURTO & GROSSO

Inscreva nosso RSSEdição de 16/05/2005

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br


00:00



Com o desabamento de um lance de arquibancadas na noite do último sábado, durante a abertura do rodeio na 16ª Feira Industrial e Comercial de Várzea Grande, despencou, também, um dos principais palanques do PFL no Reino Encantado de Vadjú.

O acidente -– que deixou 600 pessoas feridas, 50 delas em estado grave, notícia que correu o mundo, distribuída pela agência Reuters --, inviabilizou, ainda, o rendoso negócio com que o deputado estadual José Carlos de Freitas foi “presenteado” pelo ex-imperador Jota Veríssimo, de quem foi vice e a quem rende fidelidade canina.

Para quem não sabe, a Feicovag era utilizada para distribuir favores a eleitores -- ingressos, pontos de venda, etc -- e também como um valioso instrumento de aproximação com empresários e fornecedores, dos quais era exigido -- exigido, isto mesmo! -- participação ou patrocínio.

E para quem não ligou o nome à pessoa, José Carlos de Freitas -– o dono da Feicovag --, é aquele mesmo que propôs, entre outras sandices, a matança de jacarés, o fechamento do aeroporto internacional Marechal Rondon, a mudança do Hino de Mato Grosso e a criação do Dia da Soja.

Entre uma sandice e outra, “amparado” no cargo de deputado e escudado no poderoso padrinho, gastava o tempo forçando o aluguel da mesmíssima estrutura que desabou a prefeituras do interior e a organizadores de festas e rodeios.

Para se ter uma idéia da despreocupação do deputado -– que no momento do desabamento estava tomando uísque, cercado de “otoridades” e convidados na “Tribuna de Honra”, bem longe da patuléia -- basta lembrar que o Corpo de Bombeiros realizou duas vistorias nas arquibancadas – uma quarta e outra na sexta, 24 horas antes da tragédia, portanto --, ambas condenando as instalações, mas nem por isto o deputado se fez de rogado.

No Reino Encantado de Vadjú, para os fiéis vassalos de Jota Veríssimo, é assim: basta um “Você sabe com quem está falando?” para qualquer porta se abrir ou para qualquer norma legal ser “patrolada” -– para usar uma expressão do vocabulário do ex-imperador.

Esta semana, serão convocados a depor todos os protagonistas do pior acidente que Mato Grosso já teve e que manchou de sangue a festa dos 138 anos de fundação da Cidade Industrial.

Resta saber se o ilustre bípede não vai se escudar na condição de deputado e na tal “imunidade parlamentar” para tirar o seuzinho da reta, fugir às responsabilidades e ¨terceirizar¨ a cagada, debitando a culpa nas costas de “laranjas” -– aliás, como já está pintando.

Voltaremos ao tema.



Prefeito WC, digo, WS -– carregado de razão, registre-se --, quer partilhar o ônus do passe-livre estudantil com os governos estadual e federal.

Argumenta o prefeito, que a maior parte dos usuários do passe-livre – qualquer coisa parecida com 60% -- são alunos de escolas estaduais e uma parcela significativa estuda na Universidade Federal e faculdades particulares.

Nada mais justo do que reivindica o prefeito.

A proposta, porém, esbarra na resistência do governador do Estado, que se recusa a bancar a parte que lhe toca sob a cândida alegação de que “andar faz bem pra saúde”.

Para a saúde dos filhos dos outros, por supuesto, pois os filhos de “Meu Rei” vão à escola particular, em Curitiba (PR), a bordo de carros blindados, cercados de todo conforto e protegidos por seguranças.

Ora, ora, ora, ora!

Se andar faz bem pra saúde, por que S. Excia. não marcha a pé de seu apartamento no bairro Goiabeiras até ao Paiaguás, pela manhã, ao meio e à noite -- conforme muito bem lembrou nosso colunista Serafim Praia Grande?

Por que “Meu Rei” também não dispensa o carro blindado e o batalhão de seguranças para cobrir aquele percurso de pouco mais de três quilômetros?

Alguém precisa avisar com urgência o senhor governador que estamos em Cuiabá, onde chove seis meses por ano, o sol do meio-dia é de derrubar carrapato e andar à noite -- para todo mundo e não apenas para jovens e adolescentes --, é meio caminho andado rumo ao necrotério.






   

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
Edição de 14 de Maio de 2005
Edição de 13 de Maio de 2005
Edição de 12 de Maio de 2005
Edição de 11 de Maio de 2005
Edição de 09 de Maio de 2005
Edição de 08 de Maio de 2005
Edição de 07 de Maio de 2005
Edição de 06 de Maio de 2005
Edição de 05 de Maio de 2005
Edição de 03 de Maio de 2005
Edição de 02 de Maio de 2005
Edição de 1º de Maio de 2005
Edição de 29 de Abril de 2005
Edição de 27 de Abril de 2005
Edição de 26 de Abril de 2005
Edição de 25 de Abril de 2005
Edição de 22 de Abril de 2005
Edição de 20 de Abril de 2005
Edição de 19 de Abril de 2005
Edição de 16 de Abril de 2005

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques