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Cuiabá MT, 24/09/2024
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Curto&Grosso O que ainda será manchete


CURTO & GROSSO

Inscreva nosso RSSEdição de 04/06/2005

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br


00:00



Prestenção, bugrada!

Por conta de um chá de bico na tripa de Dona Infernet, pra ver se desembucha, excepcionalmente vamos repetir hoje a calúnia, digo, a coluna de ontem...

...Respeitado inclusive um nosso equívoco: misturamos duas figuras do imaginário popular -- Saci e Curupira.

O primeiro tem uma perna só e o segundo tem os pés virados para trás, conforme alerta de nosso impávido conselheiro Mister Kit Carson, curupirólogo e saciólogo de skol, digo, escol...

...O que, substancialmente, não muda nada -- aliás, até reforça o que foi dito.

Até amanhã, domingo, Dia Mundial do Meio Ambiente, quando, como é de lei, ¨o pau cai a foia¨.

Segue a transcrição, ipsis verbi:



Acuado, para ceder os anéis e poupar os dedos, Soja Majestade Meu Rei empunhou e estreou sua ¨Motosserra de Ouro¨ ontem mesmo, na poda do secretário de Meio Ambiente...

...Em descarada tentativa de tirar o seuzinho da reta da pica do Saci, digo, do Curupira, como se a devastação não fosse uma ideologia de governo...

...Com o não menos descarado propósito de favorecer o Grupo Amaggi e multinacionais associadas, via monocultura da soja.

As frases de Meu Rei ¨Esse negócio de floresta não tem futuro¨ e ¨Mato Grosso não vai se desenvolver catando coquinho¨ não deixam margem para dúvidas.

E a própria ¨solução¨ encontrada, também não poderia ser mais eloqüente e reveladora:

Além da ¨Motosserra de Ouro¨ no Paiaguás, Meu Rei agora tem um ¨Machado¨ na Fema -- o promotor Marcos Machado.

KKKK!!!

Tudo o que acontece e desacontece na Fema -- desde a sua criação -- se dá com o conhecimento, com o consentimento, com a recomendação e até sob ordens do governador do Estado.

O mesmo acontece e desacontece no Ibama, onde o número de implicados é bem maior, porque compromete desde quem indicou o superintendente, passa pela dadivosa ministra e chega ao próprio presidente da República – que é o chefe do bando.

Não há escapatória possível:

Ou se pecou por ação ou se pecou por omissão, aqui e lá.

A esfarrapada desculpa de marido traído -- aquele que é sempre o último a saber --, pode até ser docilmente engolida pela “Valorosa” e fornecedores de opinião amestrados, mas definitivamente não cola, nem aqui nem lá e nem na China.

Bem a propósito, é sintomática a manchete desta sexta-feira do ex (?) Diário Oficial Cover:

Corrupção invade Fema e Ibama -- como se a Polícia Federal e/ou o juíz que expediu os mandatos de busca e as ordens de prisão fossem os corruptos...

Garimpo triste!

Isso dá bem uma idéia do tipo de leitura que vem por aí na ¨Valorosa¨.

Abre parêntese:

Com a ressalva de que não conseguimos acessar a edição da Folha do Estado, por obra e graça de Dona Infernet, a única coisa sensata publicada a respeito da “Operação Curupira” foi o artigo de Eduardo Gomes no Diário de Cuiabá -- que, por sinal, trabalha como um cavalo e que para complementar o boião estatutário ainda se vê obrigado a vender coquinho, perdão, a vender água de coco na rua. E o pior de tudo é que nosso amigo Brigadeiro não pode reclamar, porque se fosse vender bolinho ou leite de soja, aí, sim, é que estaria ferrado!

Fecha parêntese.

De volta ao estradão:

As demissões do secretário de Meio Ambiente e do superintendente do Ibama no Estado soam, portanto, tão ¨sinceras¨ quanto a “indignação” do camarada que encontrou a mulher transando com o outro no sofá e “resolveu” a questão... vendendo o sofá.

Aliás, o próprio nome da tal operação -- Curupira -- é emblemático: falta uma perna.

Prova provada de que a coisa foi improvisada, de que se trata de algo apenas cosmético e de que só vai chiar na pica do saci a arraia miúda, está em declaração oficial -– não desmentida -–, estampada em todos os sites e jornais, qual seja, a de que a bandalheira no Ibama de Mato Grosso e na Fema acontece há 14 anos.

Ora, ora, ora, ora!

E por que, então, não foram presos os titulares do Ibama e da Fema durante todo esse período?

Por onde andava a Curadoria de Meio Ambiente do Ministério Público durante todos esses anos?

Está mais que na cara que toda essa encenação tem o deliberado propósito de livrar o companheiro presidente Lula do foco da CPI dos Correios – que se afigura devastadora.

Casualmente -- acontece! --, este último tema sequer foi tocado no noticiário do Jornal Nacional da TV Globo de ontem à noite -- desesperada tentativa de desviar o foco da mídia sobre a CPI ou seja, de tentar tapar o sol com a peneira.

Também está mais que nacara que a demissão de Moacir Pires – que por duas vezes entregou o cargo e o governador não aceitou --, objetiva dar a impressão para a mídia nacional e, sobretudo, internacional de que algo mudou.

Não mudou e nem vai mudar absolutamente nada em termos de filosofia e de ideologia ambiental, sintetizadas nas frases Esse negócio de floresta não tem futuro e Mato Grosso não vai se desenvolver catando coquinho.

O mais ridículo de tudo, porém, é o indisfarçável clima de comemoração no ninho da tucanalha e aliados enrustidos – por “aliados enrustidos”, leia-se o PFL do ex-imperador Jota Veríssimo.

Só pra chatear:

A devastação, este ano, é o segunda maior da história.

O recorde absoluto, com 29 milhões de hectares de florestas devastadas, ocorreu no período 94/95 ou seja, no último ano do governo Jota Veríssimo e no primeiro ano da Era do Desfrute, cujo portfólio na área ambiental é simplesmente tenebroso, dantesco.

Voltaremos à carga.



Enquanto espera a edição de amanhã, participe de uma eleição em dose dupla: para escolha do felizardo vencedor do Motossera de Ouro, promovido pela ONG Greempeace, que ¨esqueceu¨ de incluir a ministra Marina Silva...

...E também do verdadeiro culpado pela devastação em Mato Grosso, em enquete em nossa página inicial, com direito a deixar sua opinião a respeito, logo abaixo, no ícone Comentar.






   

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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de leléu (beleleu@uol.com.br)
Em 04/06/2005, 21h11
Veja encaçapa PT de Mato Grosso
Mas agora o que qué esse, xô minino. A PF patrolou o Julier? Acabo de ler a Veja que circula neste fim de semana, com a capa falando dos cupins da ação policial de quinta em MT e outros estados. Sabe no colo de quem a bomba estoura? No do PT de Mato Grosso, mais precisamente no Alexandre César e no Abicalil, mas mancha toda a petezada. E pensar que o juiz que expediu os mandados da PF é o Julier, simpatizante e ex-militante do PT, tão amigo de Alexandre César que estava de carona quando o procurador atropelou e matou um homem numa rodovia de MT. Leia a seguir a íntegra da matéria de Veja:

"Cupins, como explicam os dicionários de entomologia, são insetos que vivem em comunidades populosas, gostam de viver nos trópicos e se alimentam de madeira e plantas vivas, causando grande prejuízo e destruição. Na quinta-feira passada, a Polícia Federal (PF) desbaratou um ninho de cupins vorazes em Mato Grosso.
A Operação Curupira prendeu 102 pessoas – entre madeireiros, fiscais do Ibama e outros funcionários públicos – acusadas de colocar abaixo quase 2 milhões de metros cúbicos de árvores em troca de propinas e lucro fácil, só nos últimos dois anos. A ação policial provocou alívio entre os defensores da mata e os brasileiros que não suportam mais assistir ao crescimento da corrupção no país, mas – como não se pode fazer uma omelete sem quebrar os ovos – deverá causar também mais um constrangimento para o governo federal.
Pelo menos três dos detidos na operação foram nomeados pelo atual governo e pertencem aos quadros do PT. No comando do roubo da floresta, segundo a PF, estava o número 1 do Ibama em Mato Grosso, Hugo Werle. Gerente executivo do órgão, Werle é membro do conselho fiscal do PT no estado e foi o arrecadador extra-oficial de fundos de campanha do partido nas últimas eleições municipais em Cuiabá. Essa informação foi confirmada a VEJA por dois dirigentes petistas do estado.
Em diversos dos mais de 1 000 diálogos interceptados pela PF ao longo das investigações, participantes da quadrilha se referem a Werle como o manda-chuva do esquema. Outros dois petistas acusados de envolvimento na quadrilha da madeira são Marcos César Antoniassi e Ana Lúcia da Riva. O primeiro, gerente do Ibama na cidade de Juara e presidente do diretório municipal do partido em Novo Horizonte do Norte, é acusado de emitir falsos laudos de vistoria atestando a existência de madeireiras-fantasma – criadas apenas para ampliar a cota de desmatamento dos empresários. Ana Lúcia da Riva, gerente do Ibama na cidade de Sinop, é filiada ao PT e casada com o presidente do diretório municipal do partido em Alta Floresta. Sua prisão não foi fruto das investigações da PF. Ocorreu a pedido do Ministério Público Federal, que também determinou a prisão de Antonio Hummel, diretor de Florestas do Ibama, em Brasília, e de Moacir Pires, braço-direito do governador Blairo Maggi (PPS) na área ambiental.
Os três são apontados pelo MP como participantes da quadrilha.
Hugo Werle é professor doutor em geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso. Em seu relatório, a PF diz que ele "usou o seu prestígio como gerente do Ibama para angariar fundos para campanha política" – mais especificamente a do candidato do PT à prefeitura de Cuiabá, Alexandre Luis Cesar. Um diálogo interceptado pela PF às vésperas do segundo turno das eleições, no ano passado, mostra alguns dos métodos usados pelo gerente do Ibama para engordar o caixa da campanha petista.
Na conversa, sua secretária, Ivana, diz ao madeireiro Elvis Cléber Portela, preso na Operação Curupira sob acusação de ser uma das peças-chave do esquema: "Preciso vender o convite de um jantar do Alexandre para você". Em seguida, pede ao madeireiro que dê "certeza" de que vai comprar o ingresso, "porque a lista que eu tenho aqui eu tenho de passar tudo para o professor Hugo".
Em outro diálogo, gravado pouco depois, o mesmo madeireiro reclama com um colega do preço do convite para o jantar, mas diz que é necessário ajudar "a eleição do cara" (Alexandre Luis Cesar), sob pena de Werle perder o cargo no Ibama. Werle, como demonstram as investigações da PF, sabia arrecadar também para si.
Em 2002, tinha patrimônio declarado igual a zero. No ano seguinte, quando assumiu a gerência do Ibama, declarou ao Imposto de Renda ter amealhado 246.000 reais. Em 2004, seu pé-de-meia já estava em 426.000 reais, segundo informou ao Fisco, de acordo com a PF. Tudo isso ganhando pouco mais de 6.000 reais por mês. Gaúcho, ele foi indicado para o cargo pelo deputado Carlos Augusto Abicalil, membro do diretório estadual do PT em Mato Grosso."

Comentário de BINLATEM (AUUAU@AUAU.COM)
Em 04/06/2005, 20h20
PULGAS
QUE AS PULGAS DE MIL CAMELOS INFESTEM A SACAO DO TAL E-LEITOR E QUE SEUS BRAÇOS ENCURTEM PARA NÃO PODER COÇA-LO....

Comentário de E-leitor (eleitor@eleitor.com.br)
Em 04/06/2005, 15h12
Agora pronto!
Mas tá cheio de Engracadinhos metidos a Jose Simao nos comentarios desse site que tá ficando dificil hein? Um engracadinho até que dá pra passar, mas...

Comentário de surrealista (xant@sebastiao.com.br)
Em 04/06/2005, 10h34
Elementar
Perumba às favas ecripiscências mil. Elobrogaram ela e tu, cotia não.

Considerando móruas das estápias pliênias, entamoebam tudo e briam nada. Em suma: fermitação estuprimática de mariates.

É um caso a se pensar...

Comentário de ieu uai so tche vôte (hahahehehe@kakaka.com)
Em 04/06/2005, 10h30
Por isso eu digo...
Eu sou eu e quem não é?

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