CURTO & GROSSO

Edição de 09/12/2005

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br

Te cuida, Onofre Ribeiro!

Entenda o caso:

Troféu Motosserra de Ouro à parte, consultor-professor Alfredo “Stroessner” Menezes, em artigo no ex(?) Diário Oficial Cover, diz que Soja Majestade é um “ambientalista-modelo”, digno de ser imitado.

Aliás, não é nada difícil “imitar” o agora neo-mega-turbo-ambientalista-modelo, conforme prega o didático articulista.

-- Basta herdar um império empresarial que movimenta meio bilhão de dólares/ano – império este que inclui milhares e milhares de hectares de terras públicas “legalizadas” a preço de bananinha em fim de feira...

-- Bancar políticos de todos os partidos, ideologias, credos e sexos para defender os interesses do grupo no Executivo e Legislativo...

-- Fazer amizade fácil com integrantes do Ministério Público e do Judiciário...

-- Passar sete anos tecendo loas ao Sumo Sacerdote da Era Dantesca e tirando o máximo de vantagens, claro – com “direito” inclusive de nomear os titulares da Secretaria de Agricultura...

-- Depois de desfrutar a grande, improvisar um “rompimento” com a administração anterior e sair candidato ao governo...

-- Torrar declarados 20 milhões de reais na campanha, fazendo promessas que jamais teve intenção de cumprir...

-- Aproveitar-se do governo para “limpar” um comprometedor passado na área ambiental, com “direito”, inclusive, de “compensar” áreas devastadas no valorizadíssimo Cerrado da Bacia Platina por áreas intocadas de floresta, nos cafundós da Bacia Amazônica, onde realiza ¨ecológicas¨ experiências ¨científicas¨ com queimadas...

-- Brigar por uma usina que vai desfigurar um dos principais nichos ecológicos de Mato Grosso e do país...

-- Insistir na implantação de uma hidrovia para transportar soja e inseticida no Pantanal...

-- Tentar passar a perna nos índios, para plantar soja nas reservas...

-- Cooptar os mais respeitados fornecedores de opinião...

Enfim... é muito fácil “imitar” o neo-mega-turbo-ambientalista-modelo Bráulio Mággico.

Francamente!

Menos, Alfredão!... Menos!...

Assim, já é forçar a Natureza, mermão!

Leitura dinâmica:

Manso opera sem licença e descumpre acordo...

Já que perguntar não ofende:

Alguém viu a Curadoria do Meio Ambiente por aí?

Maggi reduz Consema a penduricalho e decisão sobre Usina da Morte será da Assembléia.

Ora, ora, ora, ora!

Se a decisão legalmente cabe à Assembléia Legislativa, conforme alega agora o secretário-promotor ou promotor-secretário, porque o sr. Marcos Machado Ex-Tarabini convocou o Consema?

Para torrar dinheiro público à toa e fazer de idiotas seus integrantes?

Só pode.

E o zeloso Curador de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual – que despacha diariamente com o secretário-colega-promotor ou colega-promotor-secretário -- não sabia desta escapatória legal?

Uma de duas:

Se sabia, foi conivente.
Se não sabia, é incompetente.

Em quaisquer dos casos, como “especialista” em Direito Ambiental, o senhor Domingos Sávio Barros contribuiu para fazer de paspalhos os professores da Unemat e da UFMT com os quais assumiu o compromisso de compartilhar o parecer sobre o empreendimento, quando, na reunião-deboche do Consema da última quarta-feira, insistiu para que o pedido de vistas do processo ficasse consignado como de sua autoria.

Resumindo:

Além de um RIMA forjado, ao portfólio do projeto da Usina da Morte deve ser acrescentada também a palhaçada que foi a tal reunião do Consema.

Evidente que o caso não vai se esgotar com a previsível decisão favorável da AL, onde o governo de Soja Majestade, invariavelmente, conta com o apoio de 21 dos 24 deputados -- isto quando as mensagens do agora neo-mega-turbo-ambientalista-modelo não são aprovadas por unanimidade..

Decisão política, portanto.

Afinal, todo o processo está eivado de ilegalidades, ensejando sucessivas batalhas jurídicas.

Isto sem falar na inviabilidade econômica do empreendimento.

Tanto que, até agora, para o leilão do próximo dia 16, não se apresentou nenhum interessado na energia da Usina da Morte...

...Pela simples e boa razão de que ninguém é louco de arrematar algo que o vendedor não vai poder entregar justamente no período em mais estará em falta – durante a seca, quando a hidrelétrica, forçosamente, terá de ser desligada...

...Se a Curadoria de Meio Ambiente do Ministério Público não esquecer de fiscalizar, claro, como acontece na Usina dos Mansos – que há três anos opera com a licença ambiental vencida.

Prestenção, bugrada!

Junte-se aos bons na comunidade clickmt no seguinte endereço: www.orkut.com/Community.aspx?cmm=6850955

Todo mundo lá!

Prestenção, traveiz!

Leia amanhã, nas Críticas Construtivas, só aqui neste bat-canal:

Soja Majestade ultrapassa os limites da irresponsabilidade.

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