CURTO & GROSSO

Edição de 10/11/2005

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br

“Meu Rei” e robusta comitiva marcham hoje para Ribeirão Cascalheira, para mais uma encenação básica, ao lado do ministro dos Transportes e da petelhada:

A assinatura de mais um convênio para a pavimentação da BR-158.

Well...

Se bem conheço o meu gado...

...Na véspera da próxima eleição, volta todo mundo, para nova enganação, digo, convênio...

...Se bem conheço o meu gado.

Por falar em “enganação”...

Faltam, agora, 13 dias – o número do PT – para a prometida inauguração do asfalto na BR-163, até Santarém, conforme “garantiu” o (ainda?!!!) ministro Ciro Gomes – o “Gostosão da Caatinga”, com o aval de Soja Majestade, do companheiro-presidente Lula, da companheira-senadora Serys e do companheiro-aeronauta Carlos Abicalil...

...Se não acontecer nenhum imprevisto, evidentemente.

KKKK!!!

E por falar em “evidentemente”...

Para abreviar o tempo de exposição negativa na mídia e o conseqüente desgaste perante a opinião pública, Bríncipe Auad está quase convencido de que o melhor pra ele é o relator abrir mão do prazo regimental de 24 dias úteis para análise documentos anexados à sua defesa...

...E ter suas contas, referentes ao exercício de 2004 -- último ano da Era das Coxinhas com Tubaína -- julgadas pelo pleno do TCE, preferencialmente na próxima quarta-feira, 16, logo depois do feriado.

Imagina contar com aliados super-híper-ultra-poderosos no Palácio Paiaguás e fora dele, para reverter o quadro até aqui amplamente desfavorável.

Conselheiro-relator Walter Albano apontou 50 irregularidades graves -– 20 delas insanáveis – e se posicionou contra a aprovação, mesmo parecer do Ministério Público Estadual.

Até o momento, Bríncipe Auad conta com apenas um voto certo a seu favor – o do conselheiro Júlio Campos, em atenção a pedido do ex-imperador do Reino Encantado de Vadjú, Jota Veríssimo --, tudo em nome daquela velha amizade dos alegres tempos de infância e mocidade na rua 24 de Outubro.

O conselheiro Branco de Barros -– também pressionado por Jota Veríssimo -- está no veremos, desconfiado com o repentino apoio do primo à candidatura de seu filho, Maninho, a deputado estadual.

O conselheiro Ary Campos vota contra, porque não tem desconfiança alguma -– tem a certeza de que o também primo Jota Veríssimo ao lançar Maninho de Barros para disputar uma cadeira na AL, quer mesmo é bombardear a candidatura de seu filho, Campos Neto...

Os conselheiros Antonio Joaquim e José Carlos Novelli devem acompanhar o voto do relator e o parecer do MPE -- contrários à aprovação...

...E o presidente Ubiratan Spinelli – que votou contra quando foram a plenário as contas de 2003 -- só precisa se manifestar em caso de empate.

Traduzindo:

Salvo altas reviravoltas no caso – e bota “altas reviravoltas no caso” nisto! – Brincipe Auad tá na pica do saci, porque não vai ser nada fácil virar este placar adverso...

...Adverso para o suplicante, claro, porém plenamente de acordo com o que revelam os números e com o que espera a opinião pública, que já não suporta mais ver os “medalhões” sempre escapando de fininho, depois de aprontar todas.

A conferir.

Ainda o TCE:

Coral do Tribunal de Contas de Mato Grosso se apresenta hoje à tarde no plenário do TCE de Goiás, sob a batuta do maestro Marçal.

Veja na seção Tá ligado?

Utilidade Pública:

Há dez dias falta água na Alameda Júlio Müller, em Várzea Grande, onde fica o distrito industrial da cidade.

Por conta disto, as empresas estão sendo abastecidas por caminhões-pipas, ao preço de 70 reais cada e os moradores obrigados a fazer cota para rachar a despesa extra.

Na Prefeitura, apenas a “explicação”:

A peça quebrada do motor está em falta no mercado.

Murilão, Murilão...

Trata de dar jeito no corpo, mermão!

Leitura dinâmica:

Ex-ministro dos Transportes confessa que usou caixa 2 em todas as campanhas que disputou até hoje...

Anderson Adalto foi mais longe:

Chamou de cínico quem não admite que levou dinheiro por fora.

Palmas pela sinceridade.

Só um reparo:

Pena que não ressalvou os políticos de Mato Grosso...

Aquele país onde tudo é muito bem pranejado e só tem santinho.

KKKK!!!

Por falar em pranejado...

(Ainda?!!!) secretário Yênes Magalhães – aquele que não consegue sequer planejar uma esquina – quase três anos depois, descobriu que Mato Grosso não tem planejamento – o que estamos afirmando aqui há trocentas luas.

Mais:

Ameaça trabalhar, a partir do ano que vem -- depois do Carnaval, claro, como manda as nossas mais lídimas tradições -- um pranejamento de longo prazo, tendo como horizonte o ano de 2025, isto depois de ouvir os mais variados seguimentos.

Pelo seguimento que toca a este pobre marquês – a mais alta nobreza – lá vai nossa sugestão:

Que tal começar pela demissão do secretário, por comprovada falta de competência?

KKKK!!!

Por falar em “incompetência”...

Sem ter mais como sustentar a hilariante versão da ¨crise¨ que só existe em sua cabeça-soja, “Meu Rei” acionou a “Valorosa” para vender uma nova versão para a não mesnos hilariante “queda na arrecadação estadual”, que serviu para “justificar” a tesourada no duodécimo dos demais poderes.

Agora é a elevadíssima sonegação fiscal – ou seja: a próprio incompetência em gerir a máquina, pois o secretário de Fazenda passa mais tempo de papo pro ar ponteando sua viola de 12 cordas que, propriamente, interessado no que se passa sob suas barbas.

Ora, ora, ora, ora!...

Sonegação e corrupção sempre houve e sempre haverá. Até as economias mais avançadas do mundo trabalham com a expectativa de evasão de receita aí na faixa de “civilizados” 10%.

No Brasil – aquele estranho país vizinho a Leste de Tordesilhas --, antes da petelhada chegar ao poder, a coisa andava pela faixa de 20% -- o famoso “delta”.

Aqui, a coisa degringolou, pois já tem empreiteira montando acampamento antes de ser publicado o edital de concorrência e aspone com salário de 1.200 reais comprando fazenda, como nos “bons tempos” da Era Dantesca.

Pior:

Para tirar o seuzinho da reta e ficar bem na fita, Soja Majestade se vale de fornecedores de opinião para “esclarecer” que os demais poderes gastam muito e gastam mal e que a redução do duodécimo ocorreu “a pedido” do setor produtivo...

Francamente, “Meu Rei”...

Aí já é forçar a Natureza!

Compartilhe: