CURTO & GROSSO

Edição de 19/01/2012

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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"Indeusde" o final do ano passado, o (ainda?!!!) secretário de inSegurança Pública, o ex-delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado -- que se imagina vítima de uma campanha sistemática "em certos setores da mídia" e fora dela -- está seriamente propenso a pedir demissão, se aposentar e voltar para Goiás.

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Como manchete principal, o jornal Valor informou na terça-feira que o Tesouro Nacional estuda novos aportes ao BNDES. As grandes dimensões e a forma como aportes desse tipo ocorreram nos últimos anos justificam o destaque.

Segundo a matéria, o BNDES teve dessa fonte R$ 22,8 bilhões em 2008, R$ 100 bilhões em 2009, R$ 105 bilhões em 2010 e R$ 55 bilhões em 2011, dos quais R$ 10 bilhões ainda por liberar.

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Considerando que a empresa que embolsou tal comissão é fantasma, o "Estado", pelo "menas", sem mais considerandos, pediu a indisponibilidade dos bens de quem fez a cagada milionária?

Já que perguntar não ofende: quando é que o Ministério Público vai pedir a devolução daqueles R$ 1,6 milhão que a Ageporca/Semcopa entregou assim, de boa, para o grupo Gazeta&Planeta?

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Para se ter uma idéia do prêmio, com este dinheiro todo dá pra comprar, no Brasil, mais de 600 carros populares. Já naquele belo país a Oeste de Tordesilhas onde acontece coisa que até no Paraguai dá cadeia, dá pra comprar... quase dez "Land Rovers" sem blindagem -- só política, of course.

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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

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Sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a lei complementar regulamentando a Emenda 29, que define porcentuais mínimos de gastos públicos na área de saúde, reduz o espaço para a prática de um tipo de malandragem administrativa, por meio da qual administradores públicos lançavam despesas diversas como sendo gastos com saúde, apresentando-se, desse modo, como cumpridores dos limites legais para aplicação nessa área e preocupados com o bem-estar da população.

A regulamentação define com mais nitidez quais são as despesas que podem ser atribuídas à área de saúde. Já os vetos parciais da presidente a passagens do texto aprovado pelo Congresso eliminam deformidades a ele acrescentadas durante sua longa tramitação, buscando preservar a racionalidade na gestão dos recursos públicos.

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Para enfrentar um problema que é realmente sério -- as fraudes na atribuição de pontos referentes a infrações a quem realmente as cometeu na direção de veículos -- o Conselho Nacional de Trânsito escolheu um sistema absurdo de medidas, em resolução baixada em 2010, mas que só a partir do próximo mês de julho será aplicado.

O sistema irá complicar a vida de uma quantidade de motoristas que nada têm a ver com as fraudes e querem apenas identificar corretamente os responsáveis pelas infrações, para não terem registrados em suas CNHs pontos indevidos que podem acarretar-lhes punições injustas.

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Imagine o caro leitor, a prezada leitora qual seria a reação geral diante da notícia de que um alto servidor dos Poderes Executivo ou Legislativo recebeu R$ 150 mil em adiantamento salarial para reformar o apartamento de cobertura danificado pelas chuvas?

Ou se os órgãos de fiscalização constatassem "movimentações atípicas" de mais de R$ 855 milhões nas contas bancárias de parlamentares, ministros, servidores e familiares?

Escândalo, CPI, demissões, cassações (talvez), condenação pública, convocação de protestos via internet, diagnósticos de crise institucional, desmoralização, um bafafá.

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