CURTO & GROSSO

Edição de 27/01/2012

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Projeto de Lei nº 750/2011, que dispõe sobre a politica de gestão e proteção do bioma do Pantanal, patati, patatá, caixinha de fósforo, o caralho de asa e dá outros providenciamentos providenciais -- veja reprodução abaixo -- em seu artigo 16 proíbe por cinco anos a pesca amadora e profissional nos rios do Pantanal brasileiro, ou seja, de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De quebra, arrebenta com o turismo, a começar do Festival Internacional de Pesca, em Cáceres.

Para uma minoria de pantaneiros, que mora na fronteira, nenhum "pobrema": basta remar até a metade das baías Mandioré e Uberaba, em Mato Grosso, ou ir pescar na margem direita dos rios Paraguai e Apa, em Mato Grosso do Sul, que marcam a fronteira do Brasil com o "tchaco" da Bolívia e do Paraguai, respectivamente. Quanto ao resto da bugrada, se aprovado tal projeto, tá no sal.

Que o agora mega-senador-bialoprado-açu odeia bugre de maneira geral e pantaneiro, em especial, é segredo público e já deu sobejas provas a respeito. Isto, só porque não foi desenvolvida, ainda, uma "varieldade" de soja hidropônica.

O que tal projeto revela é que este ódio é doentio, a ponto de querer matar a bugrada de fome, pois, como se sabe, o peixe é a base alimentar da população local. Impedir a pesca é a mesma coisa que proibir o guaraná "ralado no mõ" e, no Sul, o tereré, ou, então, eliminar a bananinha e a bocaiúva da dieta do livramentense e do poconeano.

Curiosa, por outra, convenientemente, o projeto de Soja Majestade não fala em proibir a utilização de agrotóxicos nas áreas lindeiras ao Pantanal, menos ainda em impedir a construção de PCHs nos rios que formam a imensa planície -- que são as verdadeiras causas da tragédia ambiental que desfigura e faz agonizar aquele bioma.

Pelo contrário: pelas linhas transversas, o projeto do menininho mimadinho do rio Bostinha, na prática, libera a construção de mais e mais PCHs nas cabeceiras dos rios formadores, pois em seu artigo 17, o projeto apenas se atém à planície alagável -- onde não existe nenhuma PCH. Quer dizer: está legislando em causa própria, como já virou rotina.

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Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

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Sinop: Homem se aproxima da janela do quarto e atira na cabeça de professor -- informa reportagem do saite "Olhar Direto".

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Após o anúncio do secretário da Copa, Eder Moraes, de que o Fan Fest seria na Morada do Ouro, e da posterior afirmação do governador Silval Barbosa (PMDB), garantido que seria mantido o projeto original, na região do Porto, a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), informou em nota que os 2 locais serão contemplados -- informa reportagem do jornal daquele grupo de comunicação que mais fatura com a violência e, antecipadamente, com a Copa.

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Com a experiência adquirida durante décadas, trabalhadores mais velhos não aceitam ser relegados à inatividade, seja por uma questão de satisfação pessoal, seja porque precisam complementar seus rendimentos.

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A leitura da Ata da 164ª reunião do Comitê e Política Monetária (Copom) deixa a estranha impressão de ter sido escrita pelo ministro da Fazenda -- dado seu estilo otimista --, e não por autoridades monetárias independentes.

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O documento inicial da ONU para a conferência Rio+20, a realizar-se em junho -- comentado neste espaço na semana passada (20/1) --, menciona a necessidade de, na busca de um novo modelo de governança para o planeta, respeitar os direitos de comunidades indígenas, "que têm seus modos sustentáveis de uso de recursos naturais frequentemente marginalizados", levando-as a "altas taxas de pobreza".

Não é uma afirmação gratuita. Vários estudos internacionais e brasileiros -- inclusive do nosso Ministério do Meio Ambiente -- mostram que os formatos mais adequados para a conservação da biodiversidade está nas áreas indígenas, mais eficazes até que os de áreas protegidas por lei.

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