Atendendo a pedidos -- foram três --, vamos começar pelo lado bão da coisa -- aforante o inédito precedente de nossa esquadra no sentido de esculhambar até grampo telefônico autorizado pela Justiça, através do refinada tática bororo da "barriga de aluguel", claro.
A contar deste momentoso episódio juiz de vara criminal adotará como norma passar o pente-fino em todas as solicitações de quebra de sigilo telefônico e, antes de autoriza-las, checar na operadora a quem realmente pertence tal ou qual número. Simples assim.
OUTRO LADO
Por oooutro lado, segue cada vez mais rocambolesco o enredo desta pajelança, cuja única única vítima foi a dupla Chitãozinho & Xororó, com show marcada para o mesmo dia e hora do programa Fantástico que propagou a informação, após insistentes chamadas.
Só apareceram uns gatos pardos -- cerca de 100 abnegados -- no megashow de 15º aniversário de Várzea Grande. Se bem que uma segunda vertente debite o fracasso ao cacique e primeiro-damo Jotaverissimossaurus, que faria discurso de "adevertença ao praneta".
Seja qual tenha sido o motivo, alguns fatos são irrefutáveis, a saber: a - por dever de ofício, acusado, PTX, e acusador, ex-secretário de Segurança, Nunseiquelá Zaque, não são jejunos no qüesito. Ambos são promotores, um federal, outro estadual.
b - Maioria dos grampeados é de adversários políticos do governador: deputada Janaína Riva, o jornalista Muvuca, o advogado da chapa PT/PMDB, para citar os mais evidentes. De contrabando "se aparece" uma suposta amante do agora ex-chefe da Casa Civil, o primo Paulo Taques.
c - Quem e porque foi arrolado o nome desta última criatura na lambança é -- e deve permanecer -- um mistério insondável. Livre de suspeita, nesse particular, estão somente os Ps-2 da Polícia Militar -- o Serviço Reservado da PM -- aleatoriamente escalados para a escuta.
A bela Janaína e a fera Muvuca, por coincidência, foram dois dos candidatos escolhidos por este pobre marquês na eleição passada -- Fábio Garcia e "Tio" Welington completaram a quadra. À exceção do colega de copo e cruz, todos saíram vitoriosos.
Recorde-se que em seu primeiro programa eleitoral Muvuca declarou-se dependente de "tóchico". Daí a ser tipificado na arapongagem como um facinoroso traficante... francamente! O saite dele pode lá não ser aqueeela Brastemp, mas não é uma droga de livre acesso.
VAI E VORTA
Judicializada agora a coisa está, ou seja, a cada passo do processo, volta tudo ao topo do noticiário, com direito a "entenda o caso". Virou carma. Isto é: de nada adiantam operações abafa e aquele conversê de petralha, tipo "CPI dos Grampos irá paralisar Mato Grosso".
Quanto ao vice Caíque Favaro, igualmente bisbilhotado, recorrer à bateção de pé básica, como manda a liturgia do cargo, é o que resta pra quem não acredita que o percentual de jogos do campeonato baiano que termina empatado não foge à média.
TORPEDO
Até em juízo, sob o amparo da Constituição, ninguém é obrigado a produzir provas contra si próprio. Assim, na lata, às claras, como fez Lula ao mentir descaradamente a Sérgio Moro. Porém, no entendimento de Rodrigo Janot, da PGR, e Luiz Fachin, ministro do Supremo, luminares do "Direito Criativo", esse "selviço" pode ser terceirizado a qualquer aspirante a delator...
...Ao aceitar como "provas" de obstrução de Justiça, corrupção passiva e prevaricação uma gravação de péssima "catiguria" -- editada, sabe-se agora --, como a que foi produzida, por debaixo dos panos e sem conhecimento e consentimento de Temer, por Joesley Batista, da JBS, "condenado" a passar o resto de seus dias numa cela-VIP na Quinta Avenida, NY.
ARGHHH!!!
PRESTENÇÃO!!!
TEM NOVA ENQUETE
EM NOSSA 1ªPÁGINA
VÔOOTE!!!
Pivô do escândalo do mensalão, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, saiu nesta sexta-feira, 19, em defesa do presidente Michel Temer. Para Jefferson, Temer foi vítima de uma “trapaça” armada pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Quando o salutar debate de ideias perde força porque os interlocutores são tratados como inimigos em potencial, está formado o meio de cultura ideal para o florescimento dos arautos do caos e da irresponsabilidade.
Se estiverem certos os peritos que asseveram à Folha que o áudio que registra a conversa entre Joesley Batista e Michel Temer sofreu mais de 50 cortes, estamos falando de dois crimes -- explica o professor Reinaldo Azevedo.
Em 1985 apresentei à Comissão Afonso Arinos, da qual fazia parte, um diagnóstico da estrutura partidária brasileira.
No ano seguinte a Editora Brasiliense publicou esse texto como um livrinho, intitulado "Partidos Políticos e Consolidação Democrática: o Caso Brasileiro".
Meu argumento era mais enfático, mas no essencial não diferia do antigo entendimento de que o Brasil não chegara a formar um sistema de partidos à altura de suas necessidades.
Em perspectiva histórica e comparada – escrevi logo na primeira linha –, o Brasil é um caso notório de subdesenvolvimento partidário.
PRESTENÇÃO!!!
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Comentário de Arquimedes Estrázulas Pires (estrazulas10@gmail.com) Em 20/05/2017, 10h10
Tudo passa e também vamos passando
Pelo tempo que esvoaça na folhinha.
É impossível imaginar, nessa linha,
Que da morte possamos ir nos livrando.
Morte é vida, inda que pareça o contrário,
No cenário da existência, que é eterna.
É fraterna essa certeza, de ordinário
E é necessário voltar à Casa Paterna.
Sentimos, porque a saudade é terrível!
Mas é impossível não trocar a roupa velha.
Quem se ajoelha na descrença incorrigível,
Aos sem alma, como a estátua, se assemelha.
Kid Vinil, o bom e alegre roqueiro
Ao mundo inteiro deixa um legado de arte.
Agora parte pra um mundo verdadeiro
E sem picadeiro; onde só os bons fazem parte.
*** *** ***
As crises institucionais – e o Brasil vive neste momento uma das mais agudas de toda sua história – não costumam estar atreladas à agenda ou muito menos à vontade dos governantes.
Têm curso e ritmo próprios. Implacáveis. Desafiá-los não costuma dar certo.
O presidente Michel Temer o fez: disse que não renuncia, embora a crise já o tenha renunciado.