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Cuiabá MT, 23/11/2024
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Tema Livre Só pra quem tem opinião. E “güenta” o tranco


CURTO & GROSSO

Inscreva nosso RSSEdição de 01/07/2003

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br


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Leitura dinâmica:
Advogada faz concurso para gari no Rio de Janeiro...

E ainda tem gente que se comoveu com o “drama” da moça ou que viu no episódio o retrato pronto e acabado do desemprego no país.

Entenda o caso:

É golpe.

Certamente ela vai estar entre os primeiros colocados e, tão logo saia a nomeação no Diário Oficial, pede a reclassificação, porque tem nível superior.

E o Rio de Janeiro ganha um burocrata a mais e um gari de menos.

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Falar em gari, os que trabalham para a Cidade Ambiental, estão sendo tratados a ferro e fogo pelo novo gerente da empresa, Rogério Linares Neto, um capixaba que parece nutrir uma bronca especial para com os funcionários cuiabanos.

Os métodos nazistóides do novo gerente contrasta com o tratamento que recebiam do antigo patrão e agora um dos sócios da empresa, Joaquim dos Santos.

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Ainda o lixo:

Enquanto na Capital de Mato Grosso os garis cuiabanos são tratados aos berros, em Várzea Grande eles passam o dia empoleirados em caminhões da Prefeitura sem uniforme e sem nenhum equipamento de proteção, tais como máscaras, luvas, botas e capacete.

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O nascimento de toda criança é sempre um momento mágico, festivo, singular, especial. Mas o de Isabela foi mais, mesmo para Dona Valdete, 40 anos, mãe de 10 filhos e, claro, também para o marido, Isaías Domingos de Campos, o “Mosquinha”, 47, trabalhador braçal, analfabeto, salário mínimo – pai de outros seis, frutos de relacionamento anteriores.

Não sem motivos: Isabela veio ao mundo no primeiro minuto do dia 1º de janeiro de 1983 e a esperá-la, na porta da maternidade do Hospital Geral, além do pai aflito, uma equipe de jornalismo da TV Centro-América.

Foi assim que Isabela chegou: iluminada pelos holofotes da TV, envolvida pelos afagos da mãe; centro das atenções de médicos e enfermeiras; entre os abraços, saudações e cumprimentos ao pai e em meio à alegria e ao espocar de champanhe e dos fogos de artifício que coloriam os céus na chegada do novo ano – e dela.

O que se viu na TV, depois, foi uma sucessão de promessas: enxoval, bolsa de estudos, casa, poupança, plano de saúde, emprego – uma vida de princesa, enfim.

Depois daquela reportagem que emocionou os telespectadores, restando exatos seis meses para Isabela completar a maioridade civil, como e onde estão, agora, os personagens – reais -- desta história?

Malik Didier, o repórter, vítima de um dos tantos acidentes na estrada Cuiabá/Chapada, está morto e virou nome de escola.

Isabela está linda -- como lindas são todas as morenas com tintura de sangue guaná.

A mãe, Valdete, continua dona-de-cada, entretida com a numerosa prole.

O pai, “Mosquinha”, está desempregado, por conta da falência da cerâmica Dom Bosco, em Várzea Grande, onde perdeu os melhores anos de sua vida e onde, ainda, nos últimos meses, no lugar do salário – mínimo – recebia tijolos.

“Mosquinha” bate-cabeça procurando emprego, nada fácil na idade dele e para quem continua analfabeto e, para piorar, com um olho vasado por uma lasca quando rachava lenha, porque não tinha gás em casa.

O Grupo Zahran – dono das repetidoras da TV Globo em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e da maior rede distribuidora de gás GLP do país -- manobra, agora, nos bastidores palacianos em Cuiabá, Campo Grande e Brasília, visando garantir, também, a concessão para distribuição do gás natural canalizado – uma ameaça a seus negócios.

Quando à Isabela, o enxoval ela herdou do irmão mais velho, paninhos repassados ao mais novo.

Se Isabela e seus irmãos estão hoje abrigados sob um teto foi porque parte dos tijolos que o pai não conseguiu passar adiante serviram para a construção de uma casa nos fundos do terreno da família, na Alameda Júlio Müller.

Da casa prometida na data de seu nascimento, nem uma lona preta.

Os estudos – 1º e 2º graus -- Isabela completou numa escola pública. E parou por aí, sem recursos para pagar cursinho ou bancar faculdade particular.

Da bolsa de estudos, nem um lápis e a borracha – certamente – o Grupo Zahram aproveitou para apagar a promessa que Isabela ainda sonha ver um dia cumprida.

A poupança se resume às (ainda) generosas água do rio Cuiabá, que complementa o boião da família – dela e tantos outros moradores ribeirinhos.

O plano de saúde são os chazinhos de ervas catadas na beira do rio.

E enquanto procura e não acha emprego, as poucas vaidades Isabela mantém trabalhando eventualmente como diarista – situação análoga a de outras garotas da mesma faixa etária, com idêntica preparação escolar.

A história de Isabela – que tem como testemunha toda a população da Baixada Cuiabana, onde era captado o sinal da TV Centro-América, na época -- contrasta com a imagem de Cirineu que a mesma emissora tentou passar aos telespectadores, na quarta-feira da semana passada, quando exibiu uma longa e melosa reportagem a respeito de uma instituição filantrópica mantida pelo Grupo Zahran.

Coisa mais abjeta!

Não o trabalho de atendimento a moradores de rua a que a instituição se dedica, é claro, mas a motivação: a exploração publicitária do fato.

Só faltou pedir dinheiro.

Ora, ene empresas e até pessoas físicas fazem a mesma coisa, seja mantendo, seja colaborando financeiramente – sem nada descontar do Imposto de Renda --, seja, ainda, dedicando parte do seu tempo como voluntárias ou, então, adotando ou assumindo a educação escolar de crianças.

Sem alarido, sem demagogia barata, exatamente o contrário do que fez o Grupo Zaharan com Isabela Domingas de Campos -- aquela menina abandonada à própria sorte, assim que microfones, câmeras e holofotes da equipe de reportagem da TV Centro-América foram desligados, há quase 21 anos.

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Situação complicada a do deputado Carlos Brito.

Todo mundo quer vê-lo longe da Casa Civil, onde, por conta das trapalhadas e ninguém quer vê-lo por perto da Assembléia, onde todos os colegas deputados torcem pela permanência da primeira suplente, Carla Muniz.

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Conforme antecipamos, depois de passar o outono e o inverno, o deputado Sérgio Ricardo não começa a primavera no PFL, para onde migrou vindo do PMN, sonhando em ser o candidato à Prefeitura da Capital, onde seu novo partido não consegue colocar os pés há 12 anos, mais exatamente desde o final do mandato de Frederico Campos.

Recebeu -- e teve – todas as garantias; recebeu – e teve – toda a liberdade para construir a própria candidatura – liberdade, de resto, de que desfruta todo filiado a qualquer partido – coisa que ingenuamente confundiu com “candidatura natural”.

Por “construir a própria candidatura”, na presente quadra e no atual cenário, entenda-se: no mínimo manter e, preferencialmente, ampliar o arco de aliança da última eleição majoritária.

Trocando em miúdos: além da unidade em torno do seu nome no PFL, Sérgio Ricardo teria que costurar o apoio do PPS, PPB, PSDC, PV, PSC, PAN, PRP, PSD, PRTB, PTN e PTdoB e ainda demonstrar habilidade para conquistar lideranças do PTB, do PMDB, bem como descontentes no PSDB.

Mas não trouxe nem o seu PMN. Chegou escoteiro, impondo definições e estabelecendo prazos.

Ora, no PFL o mais lerdo dá nó em goteira e o mais bobo conserta avião voando.

Muita ingenuidade imaginar que essa gente iria ficar segurando a cabra pra ele mamar sozinho ou, conforme dissemos na coluna “Críticas Construtivas”, mal pegou na mão e já estava querendo beijar na boca e – pior -- “ficar” com a donzela, sem casar.

Se não voltar para o PMN, pode até encontrar algum outro partido que lhe dê guarida, mas vai acabar virando, se tanto, um outro Wilson Santos – aquele que vive pulando de partido em partido ao sabor das conveniências – sobretudo se mantiver o mesmo discurso populista que, se agrada o eleitor mais desatento, afugenta o empresariado.

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Depois de propor a mudança do aeroporto, a matança de jacarés e mudanças no hino de Mato Grosso, só falta o deputado estadual José Carlos de Freitas – para delírio da Turma da Botina -- cismar com os bois do mural do Palácio Paiaguás e querer trocá-los por dois imensos bagos de soja.

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Leitura dinâmica:

Parada Gay reúne dois mil em Cuiabá...

Só dois mil?
Ou a primeira Parada Gay foi um fiasco ou erraram no cálculo ou tão com dó de veado.

Ah, classinha desunida!

Cuiabá e Várzea Grande têm muito mais potencial que isto.

Aliás, estamos considerando seriamente a alternativa de assumir – calma, gentem! – assumir empresarialmente o evento.

Envolvimento emocional nos negócios sempre dá nisto: o inevitável fracasso.

Com um público alvo em alucinante expansão, o Grupo Fazendas Reunidas Perereca considera que com uma gestão empresarial, a Parada Gay é um negócio de muito futuro em Mato Grosso, onde “gente bonita” abunda – e bota “abunda” nisto!

A Parada Gay aconteceu no lugar errado, em época imprópria e faltou articulação política.

Resumindo: sobrou frescura, claro, mas faltou organização e profissionalismo.

Para não reprisar o fiasco deste primeiro ano, para tanto, nossa equipe de planejamento estratégico concluiu que algumas providências precisam ser adotadas com urgência, a saber:

1ª -- Mudar a data para a fase da lua cheia, época em que está cientificamente comprovado, filosoficamente explicado e sociologicamente constatado que a bicharada fica enlouquecidésima.

2ª -- Para “agregar valores” – vamos dizer assim – mudar o local da Parada para a rua 24 de Outubro, onde o evento certamente deve começar cantando pneus e terminar numa grande festa de apoteose.

3ª -- Articular com o governador do Estado e com os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande a decretação de ponto facultativo.

Depois, é só decorar a rua com imensas, monstruosas baratas voadoras, 100% fatais, neste caso, para motivar a ferveção; cortar todo tipo de cortesia e, finalmente, disciplinar a distribuição de credenciais à Imprensa, proibindo beber em serviço – porque naquela balada, naquele clima, aquela purpurina no ar e, oh!, aquelas monstruosas baratas voadoras... Melhor não facilitar.

Tá feia a coisa, bugrada!
Até de passeata de veado e sapatão, o Site Bom tá buscando um jeito de levar vantagem.

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Enquanto o Ministério Público Federal chupa cana, escova os dentes e sopra fogo – tudo ao mesmo tempo -- no MPE continua aquela leseira.

O último caso de repercussão que chegou por lá – a denúncia de extorsão contra o falecido empresário André Maggi --, por lá dormita há quase um ano, mais exatamente desde agosto do ano passado.

Aliás, se bem conheço meu gado, não se espante o e-leitor se, depois desta nota, aparecer alguma notícia nos jornais asseverando que o caso “está andando”.

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Lá se foi meio ano e, 180 dias passados, nada de os pequenos fornecedores do governo – justamente aqueles que não superfaturam e operam com capital de giro minguadíssimo -- verem a cor da grana que Bráulio Mággico prometeu pagar 100 dias depois.

Cadê a Fiemt? Cadê a Fecomércio?
Que tal vestir a camisa do associado e descalçar a botina?

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Por conta de mexidas na tripa do bitcho, o Site Bom só será atualizado às terças, quintas e sábados, até entrar na rede a nova carinha do danadinho, a partir de quando apenas os assinantes terão acesso às colunas Criticas Construtivas, Curto& Grosso e a um novo produto, a seção Serviço Reservado

O e-leitor garante desde já uma assinatura anual, com dois meses de bonificação, se efetuar o pagamento antecipado na Conta Poupança 5554-9 – Agência 3325-1 do Banco do Brasil.

Depois, é só entrar em contato com fazperereca@yahoo.com.br confirmando e-mail.

São 50 reais/ano para as pessoas nornais e 25 reais/ano para jornalistas, estudantes da área de Comunicação, poetas e seres correlatos.

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Leia nesta quinta no Site Bom:

GOVERNO DE MT A SERVIÇO DO BOOM DA SOJA

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