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CURTO & GROSSO
Edição de 06/04/2004
Marcos Antonio Moreira -- clickmt2004@yahoo.com.br
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Quinze fiscais de tributos da Prefeitura de Cuiabá entregaram os cargos na última quinta-feira.
No dia seguinte, sexta-feira, o pagamento da bugrada saiu.
Acontece...
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Como nos “bons tempos” da Era Dantesca, bastou uma despretensiosa notinha aqui nesta bat-coluna a respeito da intrigante falta de notícias sobre apreensões de cocaína na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia – para o tema merecer manchete de capa do ex (?) Diário Oficial Cover...
...Com altas explicações -- “logísticas”, porém nada lógicas -- para o fato.
Garimpo triste!
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Primeira-dama de Barão de Melgaço não é uma figura muito popular entre os fotógrafos.
Tem por norma encomendar cobertura de eventos e “esquecer” de pagar, segundo reclama um profissional “premiado” duas vezes.
Coisinha mais feiiinha!
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Sucessão em Cuiabá – 1:
De uma coisa o deputado Sérgio Ricardo não pode reclamar:
Apunhalado pelas costas, no PFL, isto ele nunca foi.
As divergências com Jorge Pires sempre foram “no limpo”, de peito aberto, sem esta de bater e esconder a mão.
O deputado deixou o pefelê porque preferiu não correr o risco de “bater chapa” com o empresário na convenção, seduzido pelas “garantias” de Roberto França no PPS.
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Aproveitando a balada:
Salvo reviravolta no caso, Sérgio Ricardo já foi “deletado” no PPS, apesar de todas as “garantias” do prefeito Roberto França, que anunciou para o próximo dia 12 “dar um basta no oba-oba”.
Quanta hesitação!
Por que não já, agora?
Entenda o caso:
No próximo dia 12, deverá ser formalizada a candidatura de Marcelo Oliveira, o “Marcelo Padeiro” – "primo" do ex-governador com o mesmo sobrenome --, “plantado” no PMDB, mas homem da mais absoluta confiança do prefeito...
...Tendo como candidato a vice o neobotinudo Mauro Mendes –- ex-lua preta da Era Dantesca – proprietário da abençoada empresa Vilmetal, digo, Bimetal.
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Escanteado, Sérgio Ricardo deverá fazer o que antecipou a este pobre marquês na última esbarrada que tivemos: apoiar um candidato adversário do prefeito e do governador.
Que não será o deputado federal Wilson Santos (PSDB)...
...Porque é exatamente isto que Roberto França e Blairo Maggi esperam que ela faça.
Entenda o caso:
WC, digo, WS foi, na Assembléia, e continua sendo, no Congresso, um dos principais lobistas no Grupo Amaggi...
...E primeira opção de Roberto França, pelas razões já explicadas trocentas vezes aqui nesta bat-coluna.
Aliás, não foi sem motivos que o secretário municipal de Transporte Urbano, Josué de Souza -- que não é candidato a nada -- deixou o cargo na última sexta-feira:
Vai coordenar a campanha de Wilson Santos.
O mais provável é que Serginho fique sem partido por algum tempo e, no palanque e na Assembléia Legislativa, passe a engrossar o coro do PT.
Fora do PPS, pode retomar o discurso contra as multas do Detran de Maggi e dos “amarelinhos” de França, que lhe garantiram popularidade e os mandatos de vereador e deputado estadual.
Depois, é só prosseguir com o trabalho de formiguinha nos bairros e encher a burra de votos para federal, em 2006, complicando a situação de França – que também será candidato à Câmara Federal, na próxima eleição – na única base eleitoral do prefeito, a Baixada Cuiabana.
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Com o “descarte” de Sérgio Ricardo, “graças” à “coordenação" do presidente do diretório regional, o PPS, que há pouco mais de uma semana estava rachado em dois, agora fica dividido em três pedaços:
-- Os descontentes de Carlos Brito...
-- Os desamparados de Sérgio Ricardo, aglutinados no tal Mover -- já contemplados com cargos na “futura administração”...
-- E a “Turma do Holerite” – os milhares de DASs encastelados na administração municipal, cuja única ocupação e preocupação é “levar o nome” e achar “genial” qualquer atitude do prefeito, por mais destemperada, estapafúrdia e desastrosa que seja.
Por conta da extraordinária – e bota “extra” e bota “ordinária” nisto! – “capacidade de articulação e de aglutinação” do prefeito da Capital e presidente do diretório regional do PPS...
...O PPS fica sem candidato à Prefeitura da Capital...
"Em compensação", consegue reunir Oliveira e Bezerra no palanque dos botinudos.
Só rindo!
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Com Sérgio Ricardo e o PPS fora, ficam no páreo WC, digo WS (PSDB), Alexandre César (PT), Jorge Pires de Miranda (PFL), Berinho Garcia (PTB) e Marcelo Padeiro (PMDB).
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Sucessão em Cuiabá – 2:
Serviço Reservado do Site Bom “grampeou” o seguinte telefonema do prefeito Roberto França para o ex-senador Carlos Bezerra:
RF -- Grande Bezerra! Tive mais uma daquelas idéias geniais! He-he-he-he!
CB -- Sei... Mais uma daquelas suas idéias “geniais”... Ran-ran-ran-ran!...
RF -- Negócio seguinte: você sabe que eu “prantei” no seu PMDB o camarada de minha mais absoluta confiança! He-he-he-he!
CB -- Ran-ran-ran-ran!...
RF -- Agora só falta você me dar aqueles cinco minutinhos do PMDB no horário eleitoral gratuito! He-he-he-he!
CB -- Só falta!... Ran-ran-ran-ran!...
RF -- Então, quiquieu faço? He-he-he-he! Coloco na cabeça de chapa esse meu chegado, indico um vice do PPS da confiança do “Bráirio” e a gente ganha a eleição e continua mandando na Prefeitura de Cuiabá! He-he-he-he!...
CB -- Pois é... A “gente” ganha e continua mandando!... Ran-ran-ran-ran!
RF -- É isso aí! Roberto é Roberto! E Roberto França é foda! He-he-he-he!
CB -- Cooomo nãaaaao! Ran-ran-ran-ran!...
RF -- Fechado, então?!!! He-he-he-he!
CB -- Só tem um detalhe, prefeito...
RF -- Detalhe é comigo mesmo! Roberto França pensa em tudo! He-he-he-he!...
CB -- E eu, como é que fico nesta história?
RF -- Continua na fila do INSS! Hé-hé-hé-hé!
CB -- Boa! Muito boa esta! Ran-ran-ran-ran!
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Brincadeiras à parte...
É com este modelito de “argumento” que o prefeito Roberto França imagina convencer o ex-senador Carlos Bezerra a tirá-lo da embrulhada em que ele próprio se enredou.
Puta velha no trecho, é evidente que, para consumo externo, o ex-senador e presidente do diretório estadual do PMDB pode até “concordar” com o areglo...
Pode até “renunciar” ao cargo que nunca teve.
Mas, obviamente, vai tentar tirar o máximo proveito da situação...
...Inclusive e sobretudo para fazer acelerar uma definição da petelhada em Brasília, no tocante à ambicionada presidência do INSS – sem o que, neca de apoio em Cuiabá.
A propósito:
No PMDB, Carlos Bezerra só confia em dois nomes.
Pela ordem: Elarmin Miranda e Totó Parente.
E estamos conversados.
Não tem garapeiro, não tem verdureiro, não tem padeiro, não tem pra mais ninguém.
Se bem conheço o meu gado, goste ou não, é um destes dois nomes da confiança dele, Bezerra, que o PPS vai ter que engolir – para prefeito ou vice
...Se quiser ficar com os preciosos minutos do PMDB no horário eleitoral gratuito, na hipótese de fracassar uma composição com o PT...
...Hipótese remotíssima agora que dispõe deste trunfo que o prefeito Roberto França graciosamente lhe entregou...
Isto, na Capital.
Em Rondonópolis, então, serão “outros quinhentos”.
Certamente, Bezerra – e qualquer outro no lugar dele agiria da mesmíssima maneira -- vai insistir na negociação de um pacote englobando as prefeituras de Cuiabá e Rondonópolis, numa espécie de “operação casada”...
...Na hipótese remotíssima, repetimos, de, agora, a nomeação para a presidência do INSS não sair e fracassar uma aliança com o PT.
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Pelo que o e-leitor está notando, a “dobradinha” PMDB/PPS ainda promete!
Promete mais choro e ranger de dentes para o prefeito e para a Turma da Botina, claro.
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Cunhado do governador monopoliza venda de autopeças para a frota do governo de Mato Grosso.
Entenda o caso:
A distribuidora de autopeças Fasa – com sede em Curitiba e filiais em diversas cidades de Mato Grosso e que até há pouco tempo constava no site do conglomerado como sendo uma empresa do Grupo Amaggi...
...É a fornecedora praticamente exclusiva da tal “Oficina Única”, contratada, via pregão eletrônico, para prestar serviços de reparos e manutenção a toda a frota do governo de Mato Grosso – qualquer coisa parecida com dois mil veículos.
Até a invenção da tal “Oficina Única” pela Secretaria de Administração, os serviços eram partilhados por diversas pequenas empresas do setor contratadas, também via pregão eletrônico, pelas demais secretarias de Estado.
Com a centralização, as micro e pequenas empresas ficaram de fora, porque não dispõe de espaço físico nem pessoal suficientes para demanda tão volumosa.
Muitas destas micro e médias empresas, porém, haviam investido em tecnologia de ponta, treinamento de pessoal e novas ferramentas, sendo que algumas até ampliaram suas instalações, visando melhorar a qualidade dos serviços, agilizar o atendimento e reduzir o tempo de entrega, quando foram surpreendidas pela decisão.
Mais surpresos, ainda, ficaram os empresários quando constataram que o preço na tal “Oficina Única”, em alguns casos é até três vezes superior ao estabelecido na chamada “Tabela Audatex”, que é utilizada inclusive pelas empresas seguradoras de automóveis.
Na “Oficina Única”, localizada na avenida Gonçalo Antunes de Barros, antiga Jurumirim, não só o preço, também o tempo de entrega aumentou: veículos antes reparados em um ou dois dias, no máximo, agora, demoram até 15 dias para serem entregues.
De acordo com os empresários do ramo, isto acontece porque a Oficina Única, “visivelmente”, não tem estrutura para atender toda a frota estadual.
Mais grave: a centralização dos serviços em uma única oficina em Cuiabá acabou criando um problema no interior, segundo eles.
Assim, se um simples cabo de vela pifar, o veículo tem que ser guinchado até Cuiabá, não importa onde o veículo esteja – se no Aripuanã ou em Porto Alegre do Norte, a 1.300 km da Capital.
A menos que o servidor publico banque o conserto com recursos próprios.
Embora, legalmente, não haja nada de errado no fato de uma empresa do cunhado do governador fornecer uma empresa terceirizada pelo governo...
...Acontece, em Mato Grosso acontece...
...Os concorrentes do ramo de distribuição de autopeças reclamam, porque minguaram os negócios com seus tradicionais clientes – os donos das pequenas oficinas.
Estranham, ainda, o fato de a distribuidora Fasa praticar preços e oferecer condições de pagamento, para a Oficina Única, que eles não podem praticar, sob pena de falência: 20% de desconto nas peças originais e até três meses de prazo.
Especialista consultado pelo Site Bom também estranhou e foi curto e grosso em seu diagnóstico:
-- Ou as peças não são originais ou tem imposto sendo sonegado.
Com a palavra quem de direito.
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