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CURTO & GROSSO
Edição de 07/05/2004
Marcos Antonio Moreira -- clickmt2004@yahoo.com.br
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Leitura dinâmica:
PPS vai “investir tudo” para ter o apoio do PFL...
É o contrário.
Entenda o caso:
O PPS acabou em Mato Grosso. Vai virar PDT, depois de outubro.
Talvez antes.
><>///<>///<><
A propósito:
Oficialmente, o encontro foi “adiado”, versão docilmente engolida pela "valorosa" imprensa.
Mas a verdade é bem outra:
Acontece que o tempo fechou ontem à tarde no Palácio Paiaguás, durante reunião a portas fechadas, entre o governador Blairo Maggi e o prefeito Roberto França.
Aos berros, um acusava o outro de implodir o PPS.
O pior de tudo e que os dois têm razão.
Entenda o caso:
Por conta de sucessivas “caneladas inteligentes”, o prefeito da Capital e presidente do diretório estadual conseguiu transformar o processo de sua sucessão em uma espécie de “tango africano”...
...A começar pela frustrada “importação” do deputado federal WC, digo, WS (PSDB) e, depois, pela “bem sucedida” cooptação do deputado estadual Sérgio Ricardo (ex-PMN e ex-PFL)...
...Em detrimento do então secretário-chefe da Casa Civil, deputado estadual Carlos Brito -- com quem está agastado, sabe-se lá por quais razões -- e nome aceito, sem restrições, pelos demais partidos que fizeram parte da coligação Mato Grosso Mais Forte, em 2002.
Não satisfeito com isto, França teve a “luminosa idéia” de, às vésperas do último dia para o troca-troca partidário, “mandar” para o PMDB – partido que não fez parte da coligação vitoriosa em 2002 – seu homem de confiança e candidato do coração, o ex-secretário Marcelo “Padeiro” Oliveira.
Resumo da ópera, cujo final foi antecipado aqui nesta bat-coluna:
Padeiro foi deletado do PMDB, partido onde quem manda, de verdade, é o ex-senador Carlos Bezerra e cujos homens de confiança são, pela ordem, o advogado Elarmin Miranda e o estudante profissional Totó Parente.
Mesmo contrariado, o prefeito teve que ficar então com Sérgio Ricardo – que “passeou” por alguns meses no PFL, onde conta apenas com a “simpatia” do imperador do Reino de Vadjú, Jota Veríssimo...
...Isto porque o funéreo bufão da corte, “Ana” Maria Leite, está de olho gordo em mais um “cliente”, liminarmente dispensado que foi pelo candidato do PFL, o empresário Jorge Pires de Miranda.
Well...
O “pobrema”, é que Sérgio Ricardo não é “engolido” pelo governador, nem lambuzado com óleo degomado de soja, razão pela qual ingenuamente embarcou na natimorta candidatura de Marcelo Padeiro.
Fez pior, o governador:
Aventou a possibilidade de migrar para o PMDB, mas condicionou o desembarque à aposentadoria de Bezerra.
Ora, ora, ora, ora!
Além de emputecer Bezerra, com a declaração, na prática, Blairo Maggi implodiu o PPS no Estado – completando o “trabalho” de França, que cuidou de acabar com o partido na Capital.
A primeira reação veio de Sinop, onde o candidato do PPS – um empresário até bem intencionado -– simplesmente largou mão de tudo.
Afinal, com quê cara e com quê roupa iria à casa do eleitor pedir voto e jurar fidelidade às suas promessas, se nem ele nem o governador, seu “avalista”, sabem, agora, em que partido vão estar a partir de outubro?
A situação não é diferente nos demais municípios, inclusive no da Capital.
Aliás, a coisa começou errada desde o início:
Por deter o comando do Governo do Estado e da Prefeitura da Capital, Maggi e França cismaram que tinham "o direito" de escolher o "cabeça de chapa".
Só rindo!
Por essa ótica, o PPS continuaria mandando e desmandando em Mato Grosso e Cuiabá para sempre...
...E aos demais partidos restaria, apenas, a "nobre" missão de servir de trampolim.
No encontro de ontem, portanto, não se poderia esperar outra coisa ou seja: um jogar a culpa no outro e o tempo fechar.
Como de hábito, Roberto França tentou “ganhar no grito” e, também como de hábito, bastou o interlocutor “bater o pé” para não dar em nada.
A questão, agora, é saber quem deixa primeiro o PPS: Maggi ou França?
Façam suas apostas, senhores!
Particularmente, este pobre marquês aposta em França, por uma questão biográfica – vamos dizer assim:
Afinal, conforme estamos cansados de lembrar aqui, França jamais esteve no mesmo palanque ou ao lado dos mesmos companheiros duas campanhas consecutivas.
O quebra-pau de ontem à tarde no Paiaguás, apenas serve de pretexto para confirmar a escrita.
Voltaremos ao tema amanhã.
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